O Papel da Literatura Infantil

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A linguagem é uma atividade natural e espontânea do ser humano e se inicia aos primeiros meses, quando o bebê imite seus primeiros sons tentando comunicar-se com os que estão ao seu redor. Com o passar do tempo esses balbucios vão se tornando palavras, frases, orações e a criança passa a se comunicar definitivamente com todos que a cerca, quanto mais ela faz uso social da fala e se exercita mais ela se aprimora. É de primordial importância trabalhar a oralidade em sala de aula e isso é possível mediante diversas experiências e atividades propostas pelo professor. Entre elas encontramos diversos gêneros: debates, entrevistas, roda de conversas, diálogos, seminários, exposições, dramatizações, etc. A criança que se expressa oralmente amplia os seus horizontes de comunicação, exercita o pensamento, socializa-se, dá opiniões e sugestões, expõem suas ideias, expressa suas emoções e sentimentos e tem maior facilidade de comunicar-se em qualquer circunstância, além de estar se preparando para um futuro profissional a qual ela poderá expressar seus conhecimentos claramente.

Segundo o psicólogo suíço Bernard Schnewhy, considerado um dos maiores estudiosos sobre o desenvolvimento da oralidade disse: “ Cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral nas diversas situações comunicativas especialmente nas mais formais. Partindo desse pressuposto é preciso elaborarmos estratégias que devem alcançar todas as fases da escolarização e iniciar o trabalho pelas situações comunicativas praticadas em sala de aula, o fundamental é conseguir que em qualquer gênero faça sentido aos alunos”.

Análise sobre a formação do leitor e do escritor

O objetivo do trabalho com a leitura é a formação de leitores competentes e independentes. Para a formação do leitor e escritor o professor deve selecionar o gênero adequado para cada situação proposta, contudo ao ensinar esses conteúdos é preciso oferecer oportunidades reais do cotidiano. É muito importante a participação do professor nas atividades de produção de textos, leitura com seus alunos, e acima de tudo, ele deve ter prazer pela leitura.

Na escola a formação do leitor tem duas facetas: a primeira é o desenvolvimento sistemático e progressivo das habilidades de leitura, ou seja, compreensão, interpretação, inferência, avaliação, etc. Elaborados com textos curtos sobre os quais se propõem questões, exercícios e atividades; a segunda faceta é o incentivo à leitura como prazer e lazer, proporcionando a interação dos alunos com livros de diversos gêneros e que levem o aluno ao prazer da leitura.

“Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito identificando elementos implicitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros já lidos, que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto que consiga justificar e validar a sua leitura, a partir da localização de elementos discursivos”. (PCNPLP, p. 54).

Relevância do papel do professor no processo de ensino de leitura

“O ensino inicial da leitura deve garantir a interação significativa e funcional da criança com a lingua escrita, como meio de construir os conhecimentos necessarios para poder abordar a diferentes etapas da sua aprendizagem. Isso implica que o texto escrito esteja presente de form relevante na sala – nos livros e nos cartazes que anunciam determinadas atividades (passeios e acontecimentos), nas etiquetas (...) – e não de forma indiscriminada”. (Solé. 1998, p.63)

Ao planejar um trabalho de leitura, o professor deve levar em conta: a multiplicidade de gêneros, trazer para a sala de aula os mais variados gêneros para que os alunos conheçam e possam ler; os enfoques principais, desenvolvendo um trabalho de compreensão de texto que envolva o conteúdo, a estrutura e o discurso, convidando o aluno a ir além do que está escrito.

“Ao aprender a escrever, a criança aprende formas e linguagens, processos de escrita e de usos da linguagem. É de supor, portanto que quanto maior a vivência com material escrito, tanto maior a facilidade em compreender os usos da linguagem escrita”. (Kato, 1992, p.20).

Reflexão sobre a importância do ensino de estratégias que favoreçam a compreensão do texto que se lê.

O educador tem um papel fundamental no processo da compreensão de leitura e deve adquirir estratégias de leitura para contribuir na sua compreensão leitora. Para que a criança se torne um leitor eficiente e autônomo é importante que ela aprenda a utilizar as estratégias de leitura usadas pelo leitor. Aprendemos a ler e a escrever quando observamos outra pessoa lendo ou escrevendo. O aluno que vê o seu professor lendo de forma dinâmica e prazerosa vai encontrar motivações para imitá-lo.

Considerações Finais.

Considerando este tema concluimos que é indispensável o contato com a leitura infantil desde a mais tenra idade e os pais devem ser os primeiros a incentivar o desejo e o prazer pela leitura, pois a mesma contribui grandemente para o processo de desenvolvimento da linguagem e da escrita, tornando as crianças leitoras autônomas e competentes.

Este trabalho desenvolveu em nós uma reflexão sobre a importância de desenvolver a oralidade das crianças numa sala de aula, pois, sabemos que a linguagem é uma habilidade determinante na nossa vida, portanto, é o principal instrumento de comunicação em todos os setores e práticas sociais, por isso o professor deve aprimorar e valorizar essa habilidade, pois constitui um recurso precioso de aprendizagem.

É importante também que o professor considere os conhecimentos prévios de cada um e seja um mediador que valorize o aluno

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