CURSO PEDAGOGIA: O USO DA LITERATURA INFANTIL PARA A FORMAÇÃO DE CRIANÇAS
Por: SonSolimar • 11/12/2017 • 8.991 Palavras (36 Páginas) • 592 Visualizações
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CAPÍTULO II – A IMPORTÂNCIA DAS HISTÓRIAS
2.1 Como escolher uma história
2.2. Fase de desenvolvimento
2.3 Como contar uma história
CAPÍTULO III – Formas NARRATIVAS
3.1 A Importância do Maravilhoso na literatura infantil
CAPíTULO IV – HistóRIAS E EXPERIêNCIAS COM O PRÉ- LEITOR NA BEBETECA
4.1 Relatos das experiências vivenciadas na sala de aula
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICA e bibliografia utilizada
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INTRODUÇÃO
Escolhemos o tema literatura infantil por percebermos que é fundamental para a formação da criança ouvir muitas histórias desde cedo, desenvolvendo e incentivando vários aspectos que dizem respeito ao potencial criativo das crianças. Levando em consideração um campo de possibilidades que a educação tem para oferecer na formação e no desenvolvimento da criança em todos os aspectos: cognitivo, perceptivo, cultural e social.
O período em que a criança passa na escola é de extrema importância para a construção de sua inteligência, socialização e afetividade. É indispensável que a escola promova um ambiente saudável e motivador de modo que atenda as necessidades das crianças nessa etapa da vida. O uso da literatura infantil tem um papel fundamental não apenas pelo seu conteúdo recreativo, mas também pela riqueza de motivação e de recursos que oferece ao seu desenvolvimento.
Quanto antes às histórias verbais e escritas forem introduzidas no cotidiano infantil maiores serão as chances das crianças desenvolverem o gosto pela leitura.
Através da literatura infantil as crianças estarão motivadas a terem emoções que as permitirão inteirar-se neste mundo de fantasia, contribuindo para o desenvolvimento da criatividade, permitindo criar e ir além de sua imaginação. É necessário diversificar as obras para a Educação Infantil para que as crianças percebam as vastas possibilidades do conhecimento e como a literatura pode contribuir para o desenvolvimento pessoal e intelectual das crianças.
No primeiro capítulo abordamos o início da Literatura Infantil, a Literatura Infantil no Brasil e a função da Literatura Infantil. No segundo capítulo será abordado à importância das histórias, como escolher uma história, e as fases de desenvolvimento e modos de contar uma história. No terceiro capítulo falaremos das formas narrativas e da importância do maravilhoso na literatura infantil.
No quarto capitulo serão abordados os caminhos da pesquisa e os sujeitos observados. Sendo assim, também é proposto ao leitor reflexões sobre a “bebeteca” como um instrumento potencializado na formação de futuros leitores na Educação Infantil, seguida do relato da experiência vivenciada no espaço de leitura com os alunos do maternal e da Escola Municipal CECOIN Chapeuzinho Vermelho.
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CAPÍTULO I - A LITERATURA INFANTIL
A literatura infantil é o fenômeno da criatividade que representa o mundo, o homem e a vida através da palavra. Ela funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível-impossível realização. A literatura colabora para o desenvolvimento emocional, cognitivo e para a identificação pessoal da criança, propiciando ao aluno a capacidade para resolução de diversos problemas, despertando a habilidade criadora, a autonomia e a crítica, que são elementos necessários na formação da criança.
As situações de interação, contato e manuseio de diferentes materiais escritos são importantes para a aprendizagem da leitura e da escrita. Mas será ainda mais enriquecedor se este manuseio e contato forem com histórias de literatura infantil, pois seus desenhos chamam a atenção para a imaginação levando a criança em um mundo que fascina, proporcionando-lhe imenso prazer e interesse.
1.1 O início da literatura Infantil
As primeiras obras para crianças foram publicadas na primeira metade do século XVIII na Europa. Antes disso, no século XVII, foram escritos alguns textos sobre os contos de fada que foram adaptados da cultura e são considerados pioneiros da literatura infantil.
A literatura infantil tem seu inicio através de Charles Perrault, clássico dos contos de fadas, no século XVII. Naturalmente, o consagrado escritor francês não poderia prever, em sua época, que tais histórias, por sua natureza e estrutura, viessem construir um novo estilo dentro da literatura, e veio a nomeá-lo o criador da Literatura da Criança (CARVALHO, 1982, p. 77).
Segundo a autora, Perrault retratava a sociedade da sua época em suas histórias, excitado pela influência do folclore, considerado o fundamento principal da Literatura Infantil daquele tempo. Foi também o responsável em estabelecer embasamento para um novo modelo literário, o conto de fadas, além de ter sido o primeiro a dar aperfeiçoamento a esse tipo de literatura. Entre suas diversas obras, merecem destaques: Chapeuzinho Vermelho, a Bela Adormecida, o Gato de Botas, Cinderela, Barba Azul e o Pequeno Polegar.
Ainda neste mesmo século, contemporâneo de Perrault, encontra-se também, Fenélon, autor responsável por escrever admiráveis obras para a juventude, porém com um único objetivo, o de ensinar e educar, os seus textos transmitiam apenas valores de caráter educacional e, por isso, foram adaptados a fim de atender à educação dos pequenos leitores.
A percepção lúdica da leitura, hoje considerada tão importante para o desenvolvimento da criança não se fazia presente nessas obras, pois a literatura direcionada para o público adulto e infantil era justamente a mesma. Esses dois universos diferentes não eram distinguidos pela faixa etária ou por etapas de maturação psicológica. Como bem afirma Regina Zilberman:
Todavia, a concepção de uma faixa etária diferenciada com interesses próprios e necessitando de uma formação especifica, só acontece em meio
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