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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

Por:   •  16/10/2018  •  2.923 Palavras (12 Páginas)  •  372 Visualizações

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Sendo assim, a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002 discorre sobre a garantia da difusão e apoio da língua brasileira de sinais por parte do poder publico, como meio de comunicação objetiva e de utilização em comunidades surdas do país. A lei também garante a assistência quanto a saúde através do atendimento e tratamento de maneira adequada aos deficientes auditivos.

Um artigo importante dessa lei (Art. 4o )discorre sobre o sistema educacional federal e os sistemas estaduais e municipais devem incluir ou garantir a inclusão do ensino da Língua Brasileira de Sinais como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Não podendo esta substituir a modalidade escrita da língua Portuguesa.

Apesar das diferenças entre língua de sinais e línguas orais, ambas seguem os mesmos princípios com relação a possuírem um conjunto de símbolos convencionais, ou seja, um léxico e uma gramática que seria um sistema de regras que rege o uso e a combinação desses símbolos em unidades maiores (CHOI, 2001).

O autor ainda explica que a surdez pensada pelo aspecto médico é vista como patologia, uma deficiência. Sendo assim, o surdo é um deficiente, devendo ser tratado através da utilização de aparelhos que amplificam o som ou através do implante coclear seguido de treinamento auditivo intensivo.

É de suma importância que haja um desenvolvimento afetivo, emocional, cognitivo, social e linguístico do surdo. Choi (idem) explica que a educação converte-se em prática terapêutica e tem por objetivo oferecer ao surdo o que lhe falta, a audição e por consequência a fala.

O reconhecimento de que a língua de sinais possibilita o desenvolvimento das pessoas surdas em todos os aspectos, somados à reivindicação das comunidades surdas quanto à adoção da língua de sinais na educação, tem levado, nos últimos anos, muitas instituições a adotar o modelo bilíngue na educação dos alunos surdos. Nesse modelo a primeira língua é a de sinais, que dá suporte ao aprendizado da segunda língua (CHOI, idem).

Quadros (2011) explica que a aquisição da linguagem começa já quando o bebe estabelece os primeiros contatos com o meio em que vive. É um processo espontâneo, que não necessita de intervenção. Mesmo que o processo seja complexo, a criança “sai falando” ou “sai sinalizando” quando a mesma está diante de oportunidades de usar a língua.

ATIVIDADES DIRECIONADAS PARA ALUNOS SURDOS

EM UM PROCESSO DE INCLUSÃO

Faremos uma relação com algumas atividades direcionadas a alunos surdos, partido do princípio que esse se encontra matriculado e frequentando uma sala de aula na escola regular. Escolhemos atividades para o ensino infantil e primeiros anos do ensino fundamental I, porém algumas podem ser adaptadas a outros níveis de ensino.

As duas primeiras atividades são mais complexas, com duração mais prolongada. As demais mais simples, demandando menor tempo de execução.

1.Saco das Novidades

Objetivos: estimular a habilidade de expressão perante o grupo, bem como desenvolver a capacidade de expor os pensamentos de forma clara e organizada, situando-se no espaço e no tempo.

Material: 1 saco de pano para cada criança com no nome da mesma escrito com cola colorida ou tinta de tecido.

Desenvolvimento: a criança levará seu saco toda sexta-feira para casa. Durante o final de semana ela deve colocar dentro do saco um objeto ou material que faça parte de alguma atividade realizada nesse período. Caso não consiga colocar algo concreto, deve colocar uma folha com um desenho da atividade desenvolvida.

- O saco deve ser devolvido na segunda-feira e explorado nesse dia. A criança mostra o que trouxe e deve contar o que significa, que atividade representa, o local realizado, quem estava junto. A criança surda deve fazer o mesmo através da língua de sinais.

- Dependendo do nível de aprendizado da turma, pode-se pedir que façam um registro em grupo ou individual, escrito ou desenhado.

- Montar histórias em quadrinho que podem ser trocadas entre as crianças para que recontem às atividades dos colegas, podendo ser utilizada a língua de sinais, proporcionando o desenvolvimento linguístico e a troca da língua.

2.Cantinhos Diversificados

Objetivos: desenvolver na criança autonomia para realizar tarefas, proporcionar, em um mesmo período de aula, atividades diversas de maneira dinâmica e interessante e atender de forma individualizada as dificuldades de cada criança.

Material: Dependerá do que o professor programar para os cantinhos, podendo ser:

Materiais para artes – papéis, tintas, borracha, lápis colorido, massa de modelar, etc.

Materiais para atividades de língua de sinais – gravura, textos, etc.

Materiais para atividades lúdicas – jogo da memória, bingo, quebra-cabeça, jogos com atividades pedagógicas específicas.

Desenvolvimento: O professor deve preparar atividades que possam abranger as diversas áreas do conhecimento com um ou mais temáticas envolvidas. Os continhos devem conter algum jogo ou brincadeira. Levando em consideração a abrangência que essa dinâmica possui, podemos inserir atividades que alcancem tanto as crianças ouvintes, quanto as surdas, utilizando materiais que permitam o aprendizado da língua de sinais e da língua portuguesa, por exemplo.

- As atividades podem ser realizadas em grupos ou individualmente, dependendo dos objetivos do professor.

- As atividades devem ser distribuídas em carteiras/mesas com a oferta dos materiais necessários para realização.

- Antes do início, o professor deve explicar para todo grupo cada uma das atividades. Como será realizada cada atividade, os materiais q poderão utilizar, quais atividades são em grupo e quais individuais.

- A criança poderá escolher a atividade que deseja realizar primeiro. Sempre que termina uma atividade deve passar para outro cantinho.

- No decorrer da dinâmica, o professor deve sentar com as crianças, individualmente, para trabalhar aquilo que cada um tiver maior dificuldade.

- No final da atividade

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