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Estagio Progressões de matematica

Por:   •  16/10/2018  •  15.080 Palavras (61 Páginas)  •  316 Visualizações

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Aproveitando, o questionamento de Paulo Freire, que nos impulsiona a rever as práticas pedagógicas, trabalhando com os conflitos inerentes ao processo educacional, com ousadia e coragem, para que possamos romper estruturas endurecidas, possibilitando a apropriação pela comunidade escolar, do pensar e do fazer na Educação.

“Os profetas são aqueles ou aquelas que se molham de tal forma nas águas da sua cultura e da sua história, da cultura e da história do seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu agora e por isso, podem prever o amanhã que eles mais do que adivinham, realizam”.

(PauloFreire –Seminário Nacional Aprendendo/Ensinando-2001)

Como o projeto realizado é referente ao ensino médio, estou aqui para pensar, analisar e compreender o andamento do mesmo.Pois, o ensino da Matemática deve ser organizado, levando em conta a natureza dessa matéria, os alunos aos quais ela se destina e o porquê de ministrar este ou aquele conteúdo.

O ano anterior (2001), tive uma pequena parcela de trabalho no ensino médio onde trabalhei com alunos na área de educação artística, matemática para o terceiro ano do magistério e física para uma turma do primeiro ano do ensino médio.Este contato com o ensino médio me deixou mais preocupada com a educação, com sede de conhecimento, percebi que pouco se sabe, e “é necessário muita competência,”como afirma Lino de Macedo, do Instituo de Psicologia da universidade de São Paulo. “Essa competência pode ser explicada como um saber que se traduz na tomada de decisões, na capacidade de avaliar e julgar”. Ao contrário do que muita gente pode pensar, esse saber articulado ao fazer não é um modismo, garante ele. “A evolução da tecnologia é definitiva e, infelizmente, mais exclui do que inclui.Uma das condições que a tecnologia hoje impôs é o ramo da informática e quem não sabe operar um computador, dificilmente consegue emprego” exemplifica.

No meu ponto de vista, tudo esta evoluindo tecnologicamente, mas a escola não, ou seja, o educador tão pouco. O que a escola vai fazer com esta tecnologia, se ela continua ainda com a técnica do quadro negro, a maioria dos alunos da classe média, já sabem acessar um micro computador, mas a maioria dos professores ainda não teve nenhum acesso, boa parte por apatia a máquina, outros por falta de condições. Então precisamos ser grandes aprendizes.

“Sabedoria não é ter. É saber encontrar”.

(Philipe Meireu).

É necessário que nós educadores saibamos encontrar o saber observando o mundo, as coisas, os nossos alunos, e no ramo da matemática analisar, questionar, experimentar pois nunca existiu receita pronta para fazer os nossos alunos aprenderem e nunca irá existir.Como diz Paulo Freire: “Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível!”

Sabemos que enquanto nós matemáticos (educadores), cientistas e pais, funcionários e líderes educacionais não deixarmos de lado o confronto que existe entre nós e começar trabalhar juntos, procurar soluções para os nossos problemas educacionais em ambas áreas não conseguiremos resolver nada e só piorar a situação.

Desde o início de minha caminhada, percebi que nós professores somos uma classe desunida, nas reuniões percebe-se que cada um faz o seu trabalho conforme favorece o seu lado.

Lendo a revista do professor de matemática RPM nº 44 consta esta contradição entre os matemáticos, como na página 5 deste, segundo parágrafo, diz que um dos pontos de confronto é o uso ou não da calculadora.Onde um dos peritos publicou em 9 de fevereiro de 1999 o seguinte:

“Está na hora de reconhecer que, para muitos estudantes, potencial matemático real, de um lado, e facilidade com algoritmos computacionais, com muitos dígitos, usando papel e lápis, do outro lado, são mutuamente exclusivos. De fato, está na hora de admitir que continuar ensinando essas habilidades aos nossos alunos não somente é desnecessário, mas é contraproducente e, decididamente, perigoso”.

Outra citação está no 4º parágrafo, feita pela comissão A.M.S.

“Gostaríamos de enfatizar que os algoritmos - padrão da aritmética são mais do que apenas meios de obter a resposta - isto é, eles têm um significado teórico além do prático.Todos os algoritmos da aritmética são preparatórios para a álgebra, pois existe (não por acidente, mas em virtude da construção do sistema decimal) uma forte analogia entre a aritmética dos números ordinários e a aritmética dos polinômios”.

Ainda sobre a questão matemática,os reformadores da educação matemática propõem referente à escola média onde contém uma lista dos tópicos que devem receber mais atenção nos quais está o “uso de problemas do mundo real para motivar e aplicar a teoria.Mas o que é um problema do mundo real” e como distingui-lo de um problema verbal tradicional, artificial”? Ninguém sabe ao certo.Para ilustrar quão confusa é a noção de problemas do mundo real, comparemos a recomendação de dar mais atenção a problemas do mundo real, Standards recomenda no seu livro dar menos atenção a problemas verbais do tipo moedas, dígitos e trabalho. Mas, como é impossível dar mais e dar menos atenção a uma mesma coisa, temos que concluir que problemas com moedas não são problemas do mundo real e, portanto, moedas não existem no mundo real.Essa conclusão parece ridícula, mas é um fato que, após a publicação do Standars, alguns educadores deram menos atenção a problemas com moedas. Mas ninguém ofereceu alternativas.Este livro de Standars faz com que nós educadores repensamos na nossa prática educacional, nas pesquisas realizadas, percebi que os livros didáticos sempre apresentam problemas irreais ou reais como:

“Uma pessoa tem 20 moedas no bolso, algumas de 5 centavos, outras de 10 centavos. O valor total é R$ 1,75.Quantas são as moedas de 5 centavos?E de 10 centavos?” .

Se as moedas já foram contadas, não deveria a pessoa que as contou saber quantas moedas de 10 centavos havia?

Vejamos uma outra situação onde é usado problemas do mundo real como costumamos mencionar através de nomes com marcas registradas e que aparecem nos livros textos como:

“O biscoito Oreo é o mais vendido dos biscoitos em embalagens...O diâmetro de um biscoito Oreo é 1,75 polegada.Expresse o diâmetro do biscoito Oreo como fração na sua forma mais simples”.

(Livros textos de matemática temperados

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