PAper Estágio II Matemática Uniasselvi
Por: Rodrigo.Claudino • 18/4/2018 • 2.009 Palavras (9 Páginas) • 1.987 Visualizações
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Quanto às aulas expositivas, é comum que sejam o único meio utilizado, ao mesmo tempo em que deixam a ideia de que correspondem a uma técnica pedagógica sempre cansativa e desinteressante. Não precisa ser assim. A aula expositiva é só um dos muitos meios e deve ser o momento do diálogo, do exercício da criatividade e do trabalho coletivo de elaboração do conhecimento. Através dessa técnica podemos, por exemplo, fornecer informações preparatórias para um debate, jogo ou outra atividade em classe, análise e interpretação dos dados coletados nos estudos do meio e laboratório. (PCNEM, 2000, p.53)
Dentre os vários recursos existentes que podem ser usados para que se possa transmitir os ensinamentos de matemática de forma mais prazerosa e ao mesmo tempo apresentar resultados satisfatórios no que se diz respeito ao desenvolvimento do aluno, bem como tornar para este a tarefa de aprender, algo mais interessante e descontraído; o recurso do Lúdico se mostra bastante eficaz. Embora haja certa resistência por se tratar de séries finais do Ensino Fundamental, e por ser uma clientela predominantemente adolescente, procura-se propor um ambiente com um tom de seriedade, onde o aluno já deve ter consciência de suas responsabilidades e, portanto, a obrigação de compreender os conteúdos.
Porém, o método tradicional tem sido sempre criticado e questionado, pois para que o aluno possa compreender os conteúdos, ele precisa se sentir atraído pela aula, precisa sentir-se parte integrante do processo de ensino/aprendizagem. E nisto, método tradicional sempre falha, pois nele o aluno não produz conhecimento, não interage, apenas é um mero expectador e receptor de conteúdos prontos. Por essas questões o uso do lúdico nas escolas revela-se uma poderosa ferramenta na assimilação de conteúdo, bem como no combate às práticas tradicionais da educação e, no caso da Matemática, à memorização de fórmulas e aplicações de regras. Como afirmam Smole, Diniz e Cândido (2007, p. 11):
“Em se tratando de aulas de matemática, o uso de jogos implica uma mudança significativa nos processos de ensino e aprendizagem, que permite alterar o modelo tradicional de ensino, o qual muitas vezes tem no livro e em exercícios padronizados seu principal recurso didático. O trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização, que estão estreitamente relacionados ao chamado raciocínio lógico”
Um aspecto muito importante que se precisa levar em consideração é o afetivo, que se encontra implícito no próprio ato de jogar uma vez que o elemento mais importante é o envolvimento do indivíduo que brinca. Ensinar Matemática vai muito além de explanar conteúdos. Entre outras coisas, é fomentar o desenvolvimento do raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade, a capacidade de resolver problemas, ao mesmo tempo em que se promove a socialização entre os indivíduos.
“Nós, como educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. (Oliveira, 2007, p.5)
É consenso entre os educadores que para que o aluno possa assimilar os conteúdos da forma que se espera é imprescindível que o discente esteja verdadeiramente motivado, interessado e se sinta inserido no processo de construção do conhecimento. E a atividade lúdica cumpre este papel de despertar pela interação, independente da faixa etária, como escreve Lopes (2000, pg. 23)
“... é muito mais fácil e eficiente aprender por meio de jogos, e isto é válido para todas as faixas etárias. Desde a infância até a fase adulta. O jogo em si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendizado, que se torna sujeito ativo do processo”
Portanto, o uso do lúdico no ensino não só da Matemática como em qualquer disciplina tem como objetivo trazer para sala de aula um aluno com disposição e descontraído. É fazer com que os alunos associem as aulas à uma atividade prazerosa de aprendizagem, interação e construção de conhecimento. De forma alguma pode ser encarado como um mero passatempo recreativo, para tanto, deve se haver um planejamento bem elaborado, com objetivos bem definidos.
3 VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO
O estágio foi realizado no Colégio Municipal Professor João Arbage, no 9º ano A vespertino composta por vinte e um alunos. No primeiro momento, sentava-me sempre ao fundo para ter uma melhor percepção enquanto o professor prosseguia com a aula.
Neste período notei que o professor, apesar de a escola oferecer alguns recursos, utilizava-se apenas do quadro branco, pincel e livro didático. Percebi também que o professor dominava bem os conteúdos e se esforçava bastante para que os alunos compreendessem o que ele tentava transmitir. Neste momento tive oportunidade de ajudar os alunos na resolução de algumas questões, fato que contribuiu para um rápido entrosamento.
A turma, como foi acima mencionado, tem apenas vinte e um alunos, fato que torna a tarefa do professor mais fácil. De uma forma geral eram respeitosos, porém nem todos conseguiam ficar atentos à aula, como é até normal entre os adolescentes, alguns se dispersavam com facilidade.
Este primeiro momento foi fundamental para o planejamento das aulas de regência, pois a partir da análise, pude fazer juntamente com professor regente um melhor diagnóstico da turma e planejar ações que pudesse promover uma maior interação entre os alunos, para que assim, se sentissem mais parte das aulas, mais interessados e motivados e, consequentemente, assimilassem melhor os conteúdos e superarem as dificuldades.
No período da regência foi bastante proveitoso, pois já estava familiarizado com a turma e a realidade dos alunos. Prossegui com os conteúdos preestabelecidos pelo professor, porém procurei pôr em prática o que eu e o professor planejamos. Após as primeiras aulas de explanação dos conteúdos, realizamos uma atividade lúdica. Promovemos a realização de um Bingo, onde a marcação de um número na cartela se dava por uma resolução de um pequeno exercício e com uma premiação para aquele que preenchesse toda a cartela. A atividade bastante simples, mas o efeito foi gratificante, pois todos os alunos participaram de forma bem entusiasmada e pudemos comprovar que pela
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