DISLEXIA: DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM
Por: Ednelso245 • 29/6/2018 • 1.562 Palavras (7 Páginas) • 323 Visualizações
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da leitura”, assim, referindo-se as crianças que tinham um distúrbio para aprender a ler.
Segundo Giacheti e Capellini (200), citados por Rota e Pedroso (2006, p. 153), afirmam que a dislexia é:
Um distúrbio neurológico, de origem congênita, que acomete crianças com potencial intelectual normal, sem déficits sensoriais, com suposta instrução educacional apropriada, mas que não conseguem adquirir ou desempenhar satisfatoriamente a habilidade para a leitura e/ou escrita.
Hoje em dia o melhor conceito para a Dislexia é um transtorno específico de aprendizagem da leitura de origem neurológica, descrito pela dificuldade na habilidade de decodificação e soletração, fluência e interpretação.
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) a definição utilizada é a de 1994 da International Dyslexia Association (IDA): “Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem caracterizado pela dificuldade de decodificação das palavras simples, mostrando uma insuficiência no processamento fonológico”.
Os disléxicos tem um rendimento inferior ao esperado para a idade e que não se caracteriza como resultado direto do comprometimento da inteligência geral, lesões neurológicas, problemas visuais ou auditivos, distúrbios emocionais ou escolarização inadequada.
Vale ressaltar que cada indivíduo é único e que mesmo se tratando de uma mesma patologia, devemos analisar cada caso com um olhar abrangente para tentar identificar o perfil sintomatológico de cada um.
Cada vez mais as crianças estão apresentando dificuldades para desenvolver a leitura e a escrita. Segundo pesquisas, no Brasil e em outros países em desenvolvimento 40% dos alunos apresentam dificuldades na aprendizagem, isso ocorre por diversos fatores, como: causas pedagógicas, sociais e/ou psicológicas.
3.1 ALGUNS TIPOS E SINAIS DE DISLEXIA
Existem diversos tipos de dislexia que podem ser classificada de várias formas:
Dislexia cognitiva ou inata: nasce com o indivíduo. Uma das causas pode ser a compr ovada alteração hemisférica cerebral. No caso do indivíduo ter esta dislexia, terá pouca ou nenhuma habilidade para a aquisição da leitura/escrita, geralmente não chega a ser alfabetizado, e quando chega, tem sérios problemas de compreensão textual.
Dislexia Disfonética (auditiva): dificuldades de percepção auditiva na análise e síntese de fonemas. Maior dificuldade na escrita do que na leitura.
Dislexia Diseidética (visual): dificuldades na percepção visual apresenta leitura silábica. Maior dificuldade na leitura do que na escrita.
Dislexia Mista (auditiva e visual): A dislexia mista mais não é que a junção dos dois tipos anteriores, caracterizando-se pela existência simultânea de "dificuldades fonológicas e visuais" Os disléxicos com estas características apresentam perturbações quer no processamento fonológico quer na ortografia.
Sinais comuns que surgem, principalmente nas crianças que estão na Educação Infantil:
* Atraso ou deficiência na aquisição da fala;
* Dificuldade para entender o que está ouvindo;
* Lentidão para fazer os deveres;
* Faz os deveres rápidos, mas com muitos erros;
* Fluência na leitura inadequada a idade;
* Inventa acrescenta ou omite palavras ao ler ou ao escrever;
* A letra pode ser mal grafada e até ilegível (disgrafia);
* Esquiva-se de ler principalmente em voz alta;
* É impulsivo e interrompe os demais ao falar;
* Utiliza os dedos para contar;
* Confundi direito-esquerda, em cima em baixo, frente-atrás;
* 80% dos disléxicos tem dificuldade em soletração e leitura.
Critérios para um pedagogo observar e diagnosticar a dislexia:
* Se a criança movimente os lábios ou murmura ao ler.
* A leitura silenciosa é mais rápida que a oral, ou mantém o mesmo ritmo de velocidade?
* A criança segue a linha com o dedo?
* A criança faz excessivas fixações do olho ao longo da linha impressa?
* A criança demonstra excessiva tensão ao ler?
* A criança efetua excessivos retrocessos da vista ao ler?
3.2 O TRABALHO COM A CRIANÇA DISLÉXICA
É necessário que haja observações, ou seja, os professores tem a responsabilidade em analisar e investigar essas características, em se preocupar se o aluno tem atitudes visualmente normais, mesmo que seja na entrada da criança a escola, pois mesmo nessa idade de 4 ou 5 anos já irá apresentar algumas perturbações em relação a leitura e escrita, demonstrando as dificuldades existentes para desenvolver essas aprendizagens. Desta forma, o educador poderá mediar o processo de aprendizagem das crianças e estas terem avanços significativos, a partir de suas dificuldades e tendo suas limitações respeitadas
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, deduzimos que quando surgirem receios tanto da família quanto dos educadores de que a criança apresenta características de um disléxico, é necessário que haja um procedimento que encaminhe a mesma para um profissional que seja capacitado nesses tipos de distúrbios ou dificuldades, como o fonoaudiólogo
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