COMO INTERAGIR COM UM ALUNO DISLÉXICO DENTRO DA SALA DE AULA
Por: Kleber.Oliveira • 23/1/2018 • 4.432 Palavras (18 Páginas) • 474 Visualizações
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Com esse depoimento de Hinshelwood um dos primeiros profissionais da saúde a auxiliar no reconhecimento da Dislexia foi os oftalmologistas após fazerem algumas observações puderam concluir que a dificuldade dessa paciente não estaria nos olhos, mas no funcionamento de áreas de linguagem no cérebro.
Com essa definição Myklebust e Johnson classificaram a Dislexia em duas categorias, dislexia auditiva e visual, portanto.
A dislexia auditiva o disléxico não consegue distinguir os sons das palavras e com isso ele acaba escrevendo errado o que ouvi.
Na dislexia visual o disléxico confunde letras que são parecidas como a troca do “d” pelo “b” e assim sucessivamente.
Mas podemos encontrar outros tipos de dislexia, como a dislexia disfonética aonde a criança tem dificuldade de ler palavras desconhecidas, elas começam a leitura e depois de algum tempo elas passam a adivinhar as palavras tentando adivinhar a seqüência da leitura confundindo, por exemplo, a palavra “menina” por “medida” e “contar” por “comprar” assim sucessivamente. Observam-se erros nas leituras e escrita, do tipo inversões, ou agregações de fonemas ou sílabas.
E podemos encontrar também a dislexia diseidética, é quando a criança lê de forma muito lenta, decompondo a palavra em suas partes, por ter dificuldades de ler globalmente sendo a leitura e a escrita pobre, os erros mais comuns são inversões e falhas nas acentuações.
Contudo, quero deixar um ponto claro: certamente gostaria de viver minha vida sem dislexia e tenho certeza de que seu filho também. Mas, já que não podemos “devolvê-la”, é melhor acreditarmos na antiga máxima: “Se a vida lhe der limões, faça uma limonada”. (FRANK, 2003 p.95).
Apesar da descoberta da dislexia há muitos anos até hoje encontramos muita dificuldade para encontrar alguém para falar da dislexia. Nas escolas de hoje é muito difícil encontrar casos de dislexia, pois na maioria dos casos que a criança apresenta alguma dificuldade ela é tratada como uma criança “preguiçosa”, “burra”, porque é muito difícil esta criança ser tratada como uma pessoa que possua algum transtorno. Por isso que devemos ter profissionais qualificados para tratarem esse transtorno que é a dislexia.
- DEFININDO TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM
Nem todo transtorno de aprendizagem é dislexia. Não podemos confundir as dificuldades de alguns alunos em simplesmente espelhar números ou ter dificuldades para ler, ela é muito mais complexa e extensa do que isso. Muitas vezes a criança com dislexia tem dificuldade de lembrar o sobrenome do seu melhor amigo.
Podemos encontrar um melhor entendimento nos manuais internacionais de diagnósticos de doenças o CID-10 e DSM-IV, que foi elaborado pela organização mundial de saúde (OMS), com o apoio de clínicos e pesquisadores de cerca de 50 países concluída em 1992. Mas já o manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV), foi organizado pela associação de psiquiatria americana, com a colaboração de cerca de 60 organizações mundiais publicado em 1994 sem alterações da nova versão.
Nesses dois manuais basicamente eles apresentam três tipos de transtornos, o da leitura, o da matemática e o transtorno da expressão escrita. Esses transtornos não se diferenciam na forma explicativa tanto do manual do CID-10, quanto no DSM-IV.
O transtorno da leitura é quando a criança não compreende o que esta escrito, obtendo assim certa dificuldade na leitura.
O transtorno da matemática a criança não tem dificuldade só em resolver problemas ele acaba relacionando tudo ao seu redor.
E também o transtorno da expressão escrita é quando se refere apenas à ortografia ou caligrafia, na ausência de outras dificuldades da expressão escrita, geralmente nesse transtorno a um conjunto de erros como em compor textos escritos, evidenciados por erros de gramática e pontuações dentro das frases, e má organização nos parágrafos entre outros erros.
Um transtorno de aprendizagem certamente coloca desafios e obstáculos ao sucesso. Mas asseguro, com minha própria história_que é apenas um dos muitos exemplos_, que esses desafios podem ser enfrentados, e os obstáculos, transpostos. (FRANK, 2003, p.01)
Esses são apenas alguns exemplos de transtornos de aprendizagem, por isso educadores, psicólogos, fonoaudiólogos entre outros profissionais tem que saber diagnosticar corretamente a dislexia para não ser confundida com outro tipo de transtorno que o individuo possa ter.
2.0 COMO DIAGNOSTICAR A DISLEXIA
Para um diagnostico preciso da dislexia, é necessário o acompanhamento de educadores e profissionais da saúde para o tratamento. Uma criança com dislexia é detectada na maioria das vezes nos anos iniciais da fase escolar, é quando a criança começa a apresentar dificuldades no aprendizado, como por exemplo, certa dificuldade em ler estendendo-se para a dificuldade de aquisição da escrita e do raciocínio matemático.
Segundo Robert Frank (2003, p.78), ele relata em seu livro “A vida secreta da criança com dislexia” alguns sinais que a criança possa apresentar no caso de vir a ter dislexia, quais sejam.
As crianças disléxicas elas tem dificuldade em escrever alguns tipos de palavras, em correlacionar e de estruturar uma redação, falta de atenção no que ouve, perde muitas vezes a noção do tempo que deveria fazer as tarefas, e ainda segundo Frank elas obtém certa dificuldade em diferenciar as vogais das consoantes entre outros fatores.
São vários os sintomas que uma criança possa a vir apresentar como relatou Robert Frank (2003), por isso que o diagnostico é fundamental para uma conclusão da dislexia, pois é feito vários testes inclusive o de QI, o que não deve acontecer é simplesmente abandonar essa criança e deixar de fazer o tratamento correto.
Agora não é hora de abandonar as metas, mas de perceber que elas podem exigir mais trabalho e atenção do que você havia pensado. Você ainda pode ter objetivos elevados; apenas bons objetivos!(FRANK, 2003 p.113).
Para a solução de qualquer problema devemos tomar decisões e dessas decisões encontramos a solução, por isso devemos buscar ajuda de profissionais qualificados quando observamos que nossos filhos ou alunos tiverem alguma dificuldade no aprendizado, pois segundo Robert Frank (2003), “se dislexia for
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