CENTRO E PERIFERIA: UM ESTUDO SOBRE A SALA DE AULA.

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fortemente maior que o docente. Cabe salientar, que em sua pesquisa, não é para responsabilizar o professor, mas compreender como funciona o meio escolar que causa essa inclusão e exclusão e que deve ser encarado com uma “cultura”. Os professores da pesquisa acreditam que a reprovação é um meio de distinguir os alunos “bons” dos “maus” e que a causa da reprovação é o desinteresse dos alunos. O que ocasiona a muitos professores acharem normal a reprovação de metade de uma turma.

A pesquisa conclui que o não saber do aluno está também ligado a estrutura da sala de aula e a concepção do professor sobre a educação, o ensino e os alunos. Na sala de professores que não acreditam na aprendizagem do aluno haverá mais alunos na periferia. Na sala que o professor acredita na aprendizagem do aluno terá mais alunos no centro. E os professores que pensam que só alguns poderão aprender, produziram uma sala centro-periférica. “Os alunos aprendem quanto mais os professores os vêem como capazes de aprender.” A conclusão do seu artigo é que existe uma lógica por trás da reprovação dos alunos e não porque os professores não sabem ensinar, diferente de outros pesquisadores da educação que acreditam que os alunos são reprovados porque não aprendem pelo fato do docente não saber ensinar. O professor não ensina pela lógica enraizada culturalmente na nossa sociedade e que está presente na sala de aula e no método da reprovação. Entender essa lógica é essencial para alcançar o sistema brasileiro de ensino.