A PROGRESSÃO CONTINUADA X APROVAÇÃO AUTOMÁTICA

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Ao mesmo tempo em que se intensificam a avaliação de sistemas, que tende, progressivamente, a recair no cotidiano escolar, nota-se a implantação de alternativas de reorganização do ensino rompendo a seriedade e estabelecendo a progressão continuada.

As fundamentações, concepções e práticas de avaliação dessas alternativas contradizem as tradicionalmente adotadas nas escolas. Desse modo, no cotidiano escolar, estão presentes as avaliações internas e também as externas, tal como delimitadas por Vianna (2003):

Quando nos referimos às avaliações internas, temos em mente aquelas realizadas pelas escolas. É evidente que a avaliação na escola é parte do processo formativo, constituindo o trinômio ensino-aprendizagem-avaliação, sob a orientação do professor. [...] As avaliações externas, realizadas quase sempre mediante proposta dos órgãos diretivos do sistema (Ministério da Educação, Secretarias de Estado da Educação), são recomendáveis, na medida em que representam um trabalho não comprometido com a administração educacional e as políticas que a orientam. São avaliações que traduzem uma visão de fora e supostamente isentas em relação a possíveis idiossincrasias próprias dos sistemas educacionais. (p. 17-18)

No estado de São Paulo, a progressão continuada foi à medida que teve maior impacto na avaliação interna, com a organização do ensino em ciclos. O Regime de Progressão Continuada especificamente adotado no Estado de São Paulo/ Brasil, foi implementado a partir de 1998, com base na LDB 9394/96 (BRASIL, 1996). Assim sendo, os professores que lecionariam em ciclos deveriam atuar de forma distinta do sistema até então utilizado, sendo necessário pensar em uma aprendizagem que fosse contínua, respeitando o ritmo do aluno.

A deliberação do CEE 9/97 que instituiu no Sistema de ensino do Estado de São Paulo o regime de progressão continuada, e na Indicação CEE nº 8/97, Delibera que:

Artigo1 - § 3º - O regime de progressão continuada deve garantir a avaliação do processo de ensino-aprendizagem, o qual deve ser objeto de recuperação contínua e paralela, a partir de resultados periódicos parciais e, se necessário, no final de cada período letivo. (INDICAÇÃO CEE Nº 8/97 – CP - Aprovada em 30.7.97)

Segundo o CEE, A nova LDB reconhece e estimula essa forma de organização que tem relação com as questões da avaliação do rendimento escolar e da produtividade dos sistemas de ensino. Trata-se, na verdade, de uma estratégia que contribui para a universalização da educação básica, da garantia de acesso e permanência de alunos em idade própria na escola, controle de evasão escolar e da melhoria geral da qualidade do ensino.

Este trabalho pretende enfocar exatamente o contexto de progressão continuada, buscando analisá-las sob a distorção da mesma. Além do objetivo de compreender a concepção de progressão continuada, visa-se, no trabalho, compreender as concepções de aprovação automática, dando-se o baixo rendimento escolar.

A pesquisa apresentada pretende identificar, por meio de depoimento de um professor coordenador, como as políticas estão dialogando com as práticas escolares de avaliação e a influência que exercem sobre elas. A questão central que se buscou responder foi: Progressão continuada ou aprovação automática?!

2.JUSTIFICATIVA

A escolha do tema foi pela forte opinião que se levanta ao questionar se este sistema da progressão continuada realmente funciona, se esta sendo exercido corretamente, e o que se leva a seu fracasso rotulado como aprovação/promoção automática. A abordagem do tema veio como forma de mostrarmos a diferença entre os conceitos Progressão continuada e aprovação automática e nos aprofundarmos sobre o tema e apresentar soluções, que de certa forma beneficiarão os alunos sem acarretar a uma defasagem escolar, ou defasagem no aprendizado.

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3.OBJETIVOS

Busca verificar as concepções de qualidade e de progressão continuada presentes no ambiente escolar, buscando identificar as possibilidades para efetivar melhoria na qualidade do ensino e como a aprovação automática afeta o ensino de forma negativa

3.1.OBJETIVO GERAL

Compreender como as políticas públicas educacionais interferem no cotidiano escolar a fim de perceber quais mudanças ocorre nas perspectivas dos professores após a implantação da Progressão Continuada como forma de organização escolar.

3.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Analisar as políticas educacionais e modelos pedagogicos.

- Entender a progressão continuada e seus propósitos.

- Compreender a questão dos ciclos de aprendizagem

- Investigar o conceito de Aprovação/Promoção automática.

- Comparar a Progressão Continuada e Aprovação/Promoção automática.

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4.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1.Afinal, o que é Progressão Continuada?

Progressão continuada é uma das formas básicas de ensino nas escolas fundamentais que pressupõe que o estudante deve obter as competências e habilidades em um ciclo, que é mais longo que um ano ou uma série. Nesse sistema de ciclos, não está previsto a reprovação, mas a recuperação, por aulas de reforço. Segundo Neubauer (2001),

Ao término da segunda guerra mundial, muitos países acabaram optando por um novo modelo de educação, adotando o regime de progressão continuada, “para melhor assegurar a permanência com sucesso das crianças na escola e a formação de cidadãos críticos e criativos” (p. 2).

A Progressão Continuada apareceu para a educação escolar brasileira pela Lei Federal nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) como uma resposta do Estado aos problemas educacionais. A LDB propõe a progressão continuada organizada em forma de ciclos, considerando o conhecimento como processo e vivência que não admitem a ideia de interrupção, mas sim de construção, em que o aluno está continuamente se formando, construindo seu conhecimento, a cada ciclo completo mais conhecimento adquirido.

A estratégia de