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CONHECIMENTO, INTERAÇÃO E MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA: Estudo analítico da eficácia dos programas de Formação Continuada do Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal – NTM Mossoró/RN

Por:   •  21/1/2018  •  4.543 Palavras (19 Páginas)  •  486 Visualizações

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No entorno desta pesquisa, foi diagnosticado o impacto da formação continuada na prática pedagógica do professor no acesso, interação e mediação pedagógica das tecnologias existentes na escola, bem como, o detectar dos empecilhos que dificultaram o acesso e a inclusão das tecnologias de informação e comunicação no espaço escolar. Estes dados consolidados foram comparados com as avaliações em nível nacional - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) – e da avaliação municipal – Prêmio Escola de Qualidade, com o intuito de diagnosticar o impacto da formação do Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal – NTM aos resultados avaliativos.

2 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

É difícil, hoje pensar em Educação e Escola sem o envolvimento das tecnologias. O aluno como protagonista já se encontra mergulhado neste mundo do ciberespaço. A escola precisa se aproximar desta realidade e tornar o seu espaço educativo mais moderno, construtivo, reflexivo e colaborativo.

Cita Lira(2010, p.68):

Essas novas maneiras de pensar e de agir dessas novas gerações digitais vão influenciar o futuro dos professores, das escolas e da educação. Será preciso a ampliação de políticas públicas efetivas, que propiciem a inclusão digital de todos os cidadãos. Essas ações deverão ir além do espaço escolar e chegar a outros recantos sociais, apesar de continuar sendo a escola o espaço privilegiado para a aprendizagem da fluência digital.

As competências e habilidades dos alunos da geração net estão mudando. A influência vem de fora das escolas, e, portanto cabe a escola e os seus docentes acompanhar essa evolução. Como fala LIRA (2010, p.68) “Com certeza poderá ser criado um grande

“abismo tecnológico” entre alunos e professores que usam ou não os meios digitais para todo e qualquer fim.”.

Essa é uma realidade e um desafio para os educadores da era digital, que é se apropriar e introduzir os meios digitais no seu planejamento e cabe à escola introduzir isso no projeto político pedagógico.

SAMPAIO (2010, p.86) cita: “o professor tem que se evoluir de acordo com a sociedade e está ocorrendo que a escola é defasada. A escola é estática enquanto o mundo é extremamente dinâmico”. E nesta mesma visão, SANTOS (2002, p.12) afirma: “a realidade que se apresenta à maioria da população revela uma escola ainda distante das exigências impostas pela sociedade tecnológica contemporânea.

2.1 INCLUSÃO DA INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL.

Este tema não é algo novo a ser discutido na educação brasileira, pois desde 1971 se deu início a informática na educação de nosso país. Como cita NASCIMENTO (2009) “Os registros indicam a Universidade Federal do Rio de Janeiro como instituição pioneira na utilização de computadores em atividades acadêmicas”.

Em 1980 iniciou-se as discussões sobre a inserção dos computadores nas escolas públicas do ensino fundamental e médio. Segundo OLIVEIRA (1997) neste ano foi criado a comissão especial de educação “com a responsabilidade de colher subsídios, visando gerar normas e diretrizes para a área de informática na educação”.

Em 1981, ocorreu o I Seminário Nacional de Informática na Educação promovido pelo SEI, MEC e CNPq, neste momento foram discutidos e planejados as diretrizes, bem como, definida a política brasileira da Informática Educativa. Antes deste seminário ainda não se fazia referência a este binômio informática-educação, como cita OLIVEIRA (1997)

“...informática-educação só ocupava espaço no âmbito da burocracia estatal”.

A sólida base teórica que foi sendo construída no Brasil sobre informática educativa, possibilitou em 1989 ao MEC instituir através da Portaria Ministerial n. 549/89, o Programa

Nacional de Informática na Educação - PRONINFE, com o objetivo de “desenvolver a informática educativa no Brasil, através de atividades e projetos articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica, sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos.”

A forma de impulsionar a inserção dos computadores nas escolas não teve modelo universal; cada país acionou mecanismos diferentes, enquanto uns privilegiaram a formação de grande número de professores, como a França, outros buscaram convênios com as empresas privadas, de forma a garantir o maior número possível de escolas com computadores, como no caso americano. No entanto, todos tiveram o mesmo objetivo: melhorar a qualidade das escolas e garantir aos alunos o acesso ao conhecimento de uma tecnologia extremamente utilizada nas sociedades modernas. (OLIVEIRA, 1997, p. 28)

Em 1997, com a implementação do ProInfo, instituído pelo MEC e desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de InfraEstrutura Tecnológica (Ditec), em parcerias com as secretarias estaduais e municipais, que proporcionou um grande impulso no uso da informática como ferramenta pedagógica em todo o país. NASCIMENTO (2009) apresenta o que provocou este impulso:

O ProInfo funciona de forma descentralizada. Sua coordenação é de responsabilidade federal, e a operacionalização é conduzida pelos estados e municípios. Em cada unidade da Federação, existe uma coordenação estadual ProInfo, cujo trabalho principal é o de introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas públicas de ensino médio e fundamental, além de articular os esforços e as ações desenvolvidas no setor sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE). Para apoiar tecnologicamente e garantir a evolução das ações do programa em todas as unidades da Federação, foi criado o Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (Cete).

Aos poucos, surgiram outros programas na área de Informática. Em 2004, iniciou-se o Programa de Informática na Educação Especial - PROINESP, do MEC, visando a oportunizar a inclusão digital e social das pessoas com necessidades educacionais especiais. Em 2007, os avanços em torno da implementação de informática na educação deram um salto com o projeto Um Computador por Aluno - UCA.

Ainda em 2007, o ProInfo, pelo Decreto n° 6.300, de 12 de dezembro de 2007, passou a ser denominado de Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, incorporando o uso de todas

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