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A Alfabetização literal ou de números nas escolas infantis ocorre de maneira mais individualizada

Por:   •  2/12/2018  •  1.387 Palavras (6 Páginas)  •  503 Visualizações

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Para tanto, é necessário que os professores criem e registre, conheçam e se apropriem de processos inovadores e eficazes, que vivenciem suas especificidades e adaptem às suas realidades do cotidiano. Diante desse quadro, o grande desafio da escola e dos professores é organizar práticas pedagógicas para que os alunos, além de aprenderem a ler e escrever, compreendam, interpretem e utilizem a leitura e escrita nas diversas situações de seu cotidiano. Acreditamos que o que estamos propondo possa servir de um de muitos instrumentos que contribua para reverter o quadro assustador de crianças que seguem para ciclos posteriores sem saber ler ou escrever.

Há necessidade de propor aos futuros professores conhecimento acerca da relação entre os processos de alfabetização e letramento que possam auxiliá-los na sua prática pedagógica, inclusive sobre os métodos de alfabetização. Conscientes de que hoje, no movimento que busca a reinvenção da alfabetização, Soares (2004) afirma que é preciso conhecer vários métodos de alfabetização. Este que expomos trata-se de uma brincadeira conjunta onde professor e aluno têm uma relação muito próxima de confiança e estimulação para se avançar para as próximas etapas, a partir resultados práticos dentro do processo de alfabetização.

A responsabilidade da escola é garantir a todos os alunos o acesso aos saberes necessários para o exercício da cidadania, e o método para isso deve estar adaptado à estrutura da escola, aos materiais e equipamentos disponíveis e aos saberes práticos que os alunos levam consigo para a escola. Assim, o aluno tornará capaz de interpretar diferentes textos, de comunicar-se adequadamente e, como cidadão, argumentar e questionar sobre as imposições sociais não discutidas.

PROBLEMA

Partimos da proposição de que é muito significativa a influência do brinquedo e das brincadeiras no desenvolvimento global de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de agir numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos (Vygotsky (1989: 109)

Destaca-se a premissa de que as brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a importância do professor conhecer a teoria de Vygotsky e de estar de acordo total com a proposta desse trabalho de associar alfabetização e brinquedos de forma articulada e planejada, proporcionando o estímulo na crianças, porém, respeitando as etapas do seu desenvolvimento corporal, emocional e cognitivo.

No processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação entre a construção do conhecimento com as condições físicas do local. Não seria possível adotar a prática da alfabetização através das brincadeiras e dos nomes socialmente adotados a elas se não houver total identificação do professor com a prática. Da mesma forma, a escola deve estar de comum acordo com essa metodologia, oferecendo apoio irrestrito.

Muito se tem debatido sobre a progressão de alunos à séries posteriores sem o total ou parcial domínio da alfabetização, principalmente a numérica. No Brasil em 2012, 98,2% das crianças de seis a 14 anos frequentavam a escola, conforme apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Os números indicam ainda que a taxa de escolarização das crianças de cinco e seis anos atingiu 92%. Enquanto isso, o número de crianças e adolescentes entre quatro e 17 anos fora da escola no Brasil caiu 4,8% de 2012 em relação a 2011. No entanto, a questão que queremos contemplar com a proposta desse trabalho não é quantitativa, mas, sim, qualitativa em relação a essa alfabetização. Com que qualidade e propriedade essas crianças e jovens subiram de status de não alfabetizados para alfabetizados?

REFERÊNCIAS:

Analfabetismo no país cai de 11,5% para 8,7% nos últimos oito anos http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34167 acesso em 10/10/2017, às 21h30

BECKER, Fernando. Da ação à operação: o caminho da aprendizagem; J. Piaget e P. Freire. 2.ed. Rio de Janeiro, DP&A, 1997

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1985.

FRIEDMANN, A. O direito de brincar: a brinquedoteca. 4ª ed. São Paulo: Abrinq, 1996.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000

VYGOTSKI, L.S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998ª

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