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APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR

Por:   •  10/6/2018  •  2.394 Palavras (10 Páginas)  •  419 Visualizações

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Religiosidade

Científica

Artística

História

Turística

Cultural

Situações de aprendizagem relacionadas três disciplinas – História, Artes, Sociologia

“Para o curador da Catedral, Padre Luiz Eduardo Baronto, a Sé de São Paulo é um referencial coletivo muito importante. Em primeiro lugar, um referencial religioso. Ali é a catedral, onde está a cátedra do arcebispo, é o templo onde a Igreja Particular de São Paulo se reúne em torno do seu bispo para as grandes celebrações. É um lugar de convergência, da vida da Arquidiocese”, disse, recordando, ainda, que a Catedral foi espaço para a realização de importantes movimentos e eventos para a vida política e social do país, como as manifestações pelas “Diretas Já” , na década de 1980, o ato inter- religioso em repúdio à morte do jornalista Vladimir Hersog e a missa de corpo presente do operário Santo Dias.

Ao também recordar a manifestação pelas eleições diretas, a doutora Ana Paula Grillo reforçou que “a Catedral da Sé, em conjunto com a praça de mesmo nome, possuem o que se pode chamar de uma ‘vocação de espaço público’”

(Colaborou Igor Andrade)

Reportagem publicada no Jornal O SÃO PAULO - edição 3109/ 6 a 12 de julho de 2016

Situações de aprendizagem relacionadas à História

Origem

A pedra fundamental da Catedral da Sé foi colocada em 1912, pelo primeiro arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva.

A inauguração, prevista para 1922, durante a comemoração do Centenário da Independência do Brasil, ocorreu somente em 1954. Devido a falta de verbas e a ocorrência de duas grandes guerras mundiais que atrapalharam as importações dos materiais de construção, o templo foi inaugurado após o previsto, nas comemorações do IV Centenário da Cidade, pelo Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, com obra parcialmente concluída.

Construção

A construção da Catedral desde o seu início foi muito difícil devido a suas proporções, pois tudo nela era imenso. O projeto, de autoria do arquiteto Maximiliano Emil Hehi, previa a mesma que a mesma fosse construída em pedras. Om apego ao projeto foi adquirida uma pedreira em Ribeirão Pires (SP). Além dos alicerces, as pedras foram utilizadas no serviço de cantaria, nas escadas e nas principais partes externas de edificação.

O projeto da Catedral esteve sob a responsabilidade de muitos engenheiros e arquitetos, mas o principal deles foi Maximiliano Hehi, que acompanhou a construção por apenas três anos, pois morreu em 1916. A construção passaria por outros arquitetos e também por algumas modificações no projeto original, tais como o mobiliário, os vitrais, a Capela do Santíssimo. Para finalizar as obras, foi convidado o arquiteto Luís de Anhaia Melo. As estátuas, altares, laterais e o altar- mor foram confiados ao arquiteto romano Conde Bruno Apolloni Ghetti.

Situações de aprendizagem relacionadas à Arte

Estilo

O projeto da Catedral foi muito criticado na Semana de Arte Moderna de 1922. As teorias de modernidade nacionalista da época questionavam uma obra com características europeias e ainda mais góticas (medieval) na Cidade. Essas discussões influenciaram em algumas inovações nos detalhes arquitetônicos do templo.

Ao redor de toda a fachada, por exemplo, em vez de gárgulas de pequenos dragões, que são comuns no estilo gótico, encontram-se figuras de animais comuns da fauna brasileira, como um sapo, um porco do mato, um macaco-prego, um gavião e um tatu. Já no interior, em cima dos capitéis, dividindo espaço com as esculturas de Dom Duarte e Pio X, encontram-se peixes, uma garça, um tatu, um tucano, além de flores de maracujá, café e guaraná, o que valoriza o nacionalismo. Apesar de ter um estilo com influência europeia, valorizou e adaptou-se a simbologia, com o país.

Tanto o altar-mor quanto a capela do Santíssimo foram ornados em malaquita, mármore de Siena e lazulita, cujas cores tendem para o verde, amarelo e azul, respectivamente, cores da bandeira nacional. A construção da cúpula também foi bastante discutida desde o início da obra, sendo o projeto enviado até para a Escola Politécnica de Berlim, na Alemanha. Em 1950, o Cardeal Motta pediu novos estudos com relação à colocação da cúpula. Outros projetos foram feitos, prevendo substituí-la por um agulhão e um terraço. Porém, a comissão executiva decidiu pela permanência da mesma.

Arquitetura gótica é um estilo arquitetónico que segundo pesquisas, é evolução da arquitetura românica e que vem antes da arquitetura renascentista. Foi desenvolvida no norte da França durante a Alta Idade Média (900–1300) entre os anos 1050 e 1100, originalmente se chamava "Obra Francesa" (Opus Francigenum), embora a Catedral de Dublin na Irlanda fundada no ano 1030 já pode-se ser classificado como pre-gótico. O termo ’gótico’ só apareceu na época do Renascimento como um insulto estilístico, já que para os Renascentistas a arte gótica é bárbara, sendo tipicamente Medieval. A palavra gótico é em referencia aos godos, nação bárbaro- germano.

A cripta

A primeira parte da Catedral a ser concluída foi a cripta, no subsolo, onde estão sepultados os bispos de São Paulo, o Regente Feijó e o Cacique Tibiriçá, personagens importantes do início da história da cidade. A cripta foi inaugurada em 16 de janeiro de 1919, por Dom Duarte. Destaca-se o seu piso em mármores branco e preto vindo da Europa, especificamente Itália, e as esculturas feitas pelo irmão do Arcebispo Francisco Leopoldo e Silva, em mármore de Carrara.

Órgão e sinos

O órgão foi fabricado em Milão e é o maior da América Latina, com 10.800 tubos. Está desativado desde 1999. Já o carrilhão de sinos, localizado nas torres, é um dos maiores do país, com 61 sinos, sendo 35 adicionados pela tecnologia eletrônica. Passou recentemente por uma reforma geral e está em pleno funcionamento.

Vitrais e mosaicos

Os vitrais da Catedral

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