A Universidade Estadual do Paraná

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A metodologia de ensino em que muitos professores ainda estão “presos”, através da instrução enraizada de uma gramática cheia de normas e termos, é ultrapassada e requer muita atenção para o que devemos ensinar e aprender em sala de aula. São inúmeras as definições desconexas encontradas nas definições de termos dentro da língua portuguesa, o que frequentemente provoca dúvidas nos estudantes, sendo assim o conteúdo que ninguém memoriza.

Por exemplo a palavra mal, que é a oposição da palavra bem, pode ser usada como advérbio ou como substantivo, como advérbio ela aparece em: “O menino comportou-se mal durante a aula”, o mal nesta frase caracteriza-se como algo errado, irregular, e como substantivo pode significar doença, algo prejudicial: “O sarampo é um mal do qual temos que nos prevenir, por isso vacine-se.” E temos ainda a palavra mau, um adjetivo que exprime a ideia de ruim, má índole: “Ele era um mau aluno.” Existem diversos exemplos como esse, de conceitos que são ensinados e cobrados erroneamente de estudantes que deveriam estar aprendendo a interpretar simples documentos, a comunicar-se com a sociedade mediante o uso dos mais diferentes tipos de gêneros e tipologias textuais.

Por essa razão o ensino de uma língua não deve ser fundamentado apenas na gramática, mas sim explorando os mais diferentes tipos de textos em que o aluno terá contato no seu cotidiano, instruindo-o para saber expressar-se e interpretar o mundo ao seu redor, embasado nas práticas de leitura e escrita, desenvolvendo a competência linguística para incluir-se na comunidade letrada.