Movimento Punk
Por: Hugo.bassi • 26/2/2018 • 9.237 Palavras (37 Páginas) • 317 Visualizações
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1.3 Das questões culturais ..............................................................................16
2. Mudança de Paradigmas ...........................................................................18
2.1 Músicas, Política, Artes, Religião, Filosofia de vida, Manifestações .........18
2.2 O Que é ser Punk?......................................................................................20
3. Identidade Punk .........................................................................................26
3.1 Primeiras Formações, Música, Visual e Protesto .......................................26
3.2 Fanzine e a Consolidação Punk .................................................................30
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................36
REFERÊNCIAS.............................................................................................................37
INTRODUÇÃO[pic 14]
A pesquisa tem como objetivo esclarecer a temática sobre o movimento punk desde a sua formação até o momento de sua consolidação, passando por períodos antecessores ao punk como, por exemplo, o movimento beat e o hippie, para entendermos as relações dos indivíduos em sua maioria jovens adolescentes no contexto da sociedade como um todo.
O intuito do tema não é necessariamente apontar a formação das bandas dentro do movimento punk, quem ganhou mais com isso ou quem perdeu, se foram manipulados ou não, se eram ricos ou pobres, rebeldes sem causa, quem chegou primeiro a se intitular punk, qual local aderiram melhor à causa entre outras coisas, mas sim a necessidade de verificar a motivação que levaram a transformação de todo o contexto do período se consolidando a partir desse momento.
O punk mostra-se fruto de uma junção de estilos tanto musicais como filosóficos e políticos, pensando pelo viés musical, o rock foi o instrumento propulsor do chamado movimento punk, sendo necessário em primeiro momento criar uma alternativa para o estabelecido dentro do âmbito musical, onde a população estava buscando algo que os representavam e naquela altura nada do proposto estava condizendo com as reais necessidades (em sua maioria jovem), ainda sem nenhum tipo de consciência consolidada para entender realmente o que almejavam, então criando a ideia do faça você mesmo instigando e encorajando a todo o momento aqueles indivíduos herdeiros de um sistema político-sócio-econômico em decadência.
1. A Pré-História do Punk
1.1 As Influências Dentro e Fora do Rock. [pic 15][pic 16]
Pensando nas possibilidades que quaisquer manifestações possam surgir, seja ela de caráter político, religioso, cultural, artístico, musical, nem todos os grupos ou indivíduos tiveram a atenção merecida diante da forma de se expressar (com o punk não foi diferente), por sua vez são simplesmente ignorados ou superficialmente avaliados e dado como caso encerrado suas reivindicações, seja por qualquer via especulativa, desde que não atrapalhe os interesses em comum daqueles (ordem política ou social vigente) que por inúmeros fatores estabeleceram regras para justificar e defender determinada situação que lhes favoreceram.
Nesse caso, o assunto a ser tratado é algo que não foge desse contexto, envolvendo um grupo de pessoas que se intitularam como punks insatisfeitas com algumas situações decorrentes no seu momento histórico, os punks expuseram seus ideais, para uns tidos como revolucionários outros nem tanto, mas sim jovens baderneiros cheios de energia em plena juventude querendo chamar a atenção de alguma forma (BIVAR, 2001).
O termo punk ou movimento punk como alguns gostam de chamar, (discutiremos isso no decorrer do texto), está associado a princípio como movimento musical, mas precisamente associa-se ao rock and roll, como uma das vertentes desse ritmo, onde existem tantas outras muito pouco estudadas.
O rock surgido até onde se sabe em meados de 1950 nos Estados Unidos, com influências da música afro-descendente, Blues, Jazz, Country e tocados com os chamados instrumentos de percussão e corda (bateria, contrabaixo e guitarra etc.), tiveram como protagonistas personalidades como Chuck Berry, Little Richard, Elvis Presley, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis, daí em diante se espalhando rapidamente entre a população e atingindo pessoas de todos os lugares do planeta[1].
Para entendermos melhor nosso objeto de estudo, começaremos com o que antecedeu este momento (década de 1970) onde leva-nos a acreditar ter proporcionado essa alternativa dentro do rock and roll. Pensando em todo seu processo histórico até o determinado período de 1977, aonde é possível identificar os primeiros esboços do que seria o punk de modo geral[2].
O rock, desde o seu principio, em meados da década de 1950, já contrastava entre altos e baixos, voltado para uma perspectiva onde apareciam grupos adolescentes que desafiavam as regras pré-estabelecidas na sociedade a qual viviam, e traziam inovações e desafios a ser cumprido dentro deste movimento, deixando legados na moda, política, economia, literatura, entretenimento e em outros campos culturais.
Como base para o começo de um melhor entendimento do punk, começaremos refletindo sobre uns dos personagens que vivenciaram a cena do movimento punk, na passagem do final da década de 1970 e decorrer de anos seguintes. Estamos falando de Antonio Bivar[3] autor do livro O QUE É PUNK, onde traz a trajetória em seus escritos para a influência de uma geração.
Segundo Antonio Bivar, o punk como movimento adolescente teve altos e baixos, mas se manteve autônomo, tendo sempre que enfrentar as investidas do sistema[4] contra ele, usando o truque de soltar outro estilo musical que naquele momento em especial seriam as músicas de discoteca para de forma não direta boicotar a onda punk, ou simplesmente esperasse a ‘’morte’’ por outras vias.
"O punk sucumbiu, mas não morreu. Teve primeiro que deixar passar mais uma onda projetada pelo poder do Sistema. Este, desde o começo seu arquiinimigo, usando de maquiavélico truque, soltou o som das discotecas para abafar o protesto punk. Foi assim o NÃO (destaque do autor) do
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