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Análise dos livros didáticos de história: História Sociedade e Cidadania; História Moderna e Contemporânea; História

Por:   •  23/12/2018  •  2.592 Palavras (11 Páginas)  •  441 Visualizações

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relacionavam politicamente e socialmente. Trata-se também de estabelecer uma história de formas de representação coletivas e das estruturas mentais das sociedades. São analisados globalmente os fenômenos de longa duração, os grandes coerentes na sua organização social e econômica e articulados por um sistema de representação, homogêneo. Essa nova história também recorre à antropologia histórica.

A nova história cultura é uma nova linha de pesquisa que se difere da história dedicada a estudar as artes, a literatura, a filosofia. Ela não descarta as expressões culturais das classes sociais elevadas, mais prioriza a construção histórica a partir das manifestações das massas anônimas por aquilo que é considerado popular. Existe na nova história cultural a preocupação em retratar os conflitos e as estratificações existentes nas classes sociais, através de uma história plural que apresenta caminhos alternativos para a investigação do problema.

Em 2006, o País investia 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e no mesmo ano o fundo de manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e de valorização dos profissionais (Fundef) foi substituído pelo fundo de manutenção e desenvolvimento da educação básica e de valorização dos profissionais (Fundeb). O investimento que antes era direcionado apenas ao ensino fundamental passou a abarcar também o ensino médio e a educação infantil e, portanto, incentivar e assegurar o acesso à educação a uma parcela ainda maior da população.

2.2 Análise das atividades

O livro traz atividades de fácil entendimento que podem ser compreendidas a partir de análises feitas do texto e das imagens, e além de testes de múltipla escolha, que facilita e dá uma base para o aluno responder tais atividades. Traz também questões mais complexas, que envolvem compreensão/interpretação e aprofundamento, portanto, as atividades são variadas, questões para discutir com outros alunos e reflexivas.

Fonte: livro história: sociedade e cidadania. Essa atividade necessita ser analisada de forma crítica, para assim, ter uma resposta de caráter notável e que seje bastante concisa para quem irá avaliá-la.

Essas atividades propostas buscam desenvolver o senso crítico nos alunos e incentivar atitudes positivas em relação a si mesmos e à coletividade, além de incentivar a tolerância e a prática da cidadania. As questões a serem analisadas são maioria discursivas, que requer uma análise geral do aluno, pois precisa-se ficar atento para responder as questões de forma clara, concisa e objetiva, para não se perder e responder qualquer coisa que não tenha nada a ver com o assunto.

2.3 Análise das imagens

O livro está organizado em unidades temáticas, sendo que cada unidade temática é introduzida por páginas duplas de abertura. Tais páginas, na maioria das vezes recorrem a imagens, as quais os alunos levantarão hipóteses, iniciando assim um diálogo sobre o tema a ser estudado. As imagens utilizadas são as mais diversas: reproduções de pintura e gravuras, cenas de filmes e histórias em quadrinhos, fotos atuais e antigas, desenhos, caricaturas, mapas etc. Desta forma ao questionar essas fontes sobre o que informam e o que omitem, o aluno é estimulado a observar, identificar, associar, comparar e relacioná-las com o conteúdo a ser estudado.

Fonte: Livro História: sociedade e cidadania. As imagens estão representando movimentos que acontecem no Brasil. A primeira imagem representa o desfile 7 de setembro e a segunda representa a reivindicação de direitos dos cidadãos.

3 HISTÓRIA MODERNA CONTEMPOR NEA

O livro analisado “História Moderna e Contemporânea” é da 8ª série do ensino fundamental, da editora IBEP São Paulo, sem data e foi elaborado por Julierme de Abreu e Castro, a obra está organizada em 23 unidades temáticas, alguns temas de destaque como por exemplo, a revolução industrial, a revolução francesa, a primeira guerra mundial e outros. Tem como principais objetivos relatar as principais revoluções na história do homem.

3.1 Análise dos conteúdos

A obra apresenta os conteúdos do estudo de forma introdutória e resumida, caracterizando os principais acontecimentos de cada tema, e apresenta no final de cada capitulo um vocabulário de palavras. O autor relata os fatos históricos através das datas em que ocorreram, dos principais personagens da história. O autor não mostra suas opiniões e críticas, relata a história de forma neutra e clara diante da realidade dos fatos. Ao analisar o livro pôde-se perceber que o livro foi elaborado por via positivista, pois privilegia alguns grandes heróis, algumas datas e fatos e que não se preocupa em expressar-se com clareza e nem identificar uma História voltada para uma abordagem sociocultural que identifique as subjetividades das relações humanas, limitando-se a uma verdadeira narração e apresentação da verdade construída historicamente.

A corrente historiográfica positivista foi influenciada pelo pensamento do filósofo Auguste Comte, que propunha um modelo de história tradicional que sugere a busca de fatos passados numa temporalidade linear. O positivismo pregava a cientifização do pensamento e do estudo humano, visando a obtenção de resultado claros, objetivos e corretos. Acreditava-se num ideal de neutralidade, isto é, na separação entre o pesquisador e sua obra, ou seja, o pesquisador não mostra suas opiniões e julgamentos, apenas retrata de forma neutra e clara uma dada realidade a partir de seus fatos. Os positivistas creem que o conhecimento se explica por si mesmo necessitando apenas seu pesquisador recuperá-lo e colocá-lo a mostra.

O Positivismo reduz o papel do homem enquanto ser pensante, crítico, para um mero coletor de informações e fatos presentes nos documentos, capazes de fazer-se entender por sua conta, ou seja, os fatos históricos falam por si mesmos. Assim, para os positivistas que estudaram a História, esta assume o caráter de ciência pura: é formada pelos fatos cronológicos e o que realmente significam em si. São objetivos à medida que possuem uma verdade única em sua formação e não requerem a ação do historiador para serem entendidos, assim, o papel deste é coletá-los e ajeitá-los, constatando pela análise minuciosa e liberta de julgamentos pessoais sua validade ou não.

A objetividade, a minuciosidade, o detalhe e a dedicação impessoal, portanto, são as grandes lições da escola positivista para o estudo da História no século XIX e no início do XX. Os historiadores que, nessa época,

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