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RESENHA DE PARTE DO LIVRO “A ORDEM DO DISCURSO”

Por:   •  6/10/2017  •  2.332 Palavras (10 Páginas)  •  691 Visualizações

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A palavra proibida é descrita como a restrição da fala devido à presença de um jogo de poder entre as partes. Pode referir-se às interdições feitas àquelas pessoas pouco relevantes, quando sua palavra pode ser facilmente ignorada ou refutada. Dentro do discurso de exclusão da palavra proibida, este ato é definido como direito privilegiado ou exclusivo do sujeito que fala, além dessa, Foucault também fala de outras subdivisões: tabu do objeto e ritual das circunstancias[r].

A segregação da loucura é abordada como a diferença entre ter razão e ser louco. Aquele que discorre como louco não tem seu discurso levado em consideração, é tido como irrelevante, seu discurso é rejeitado perante a sociedade. Ou seja, o louco tem seu discurso anulado apenas pelo fato de ser louco, mesmo quando tem razão[s].

Quanto à vontade da verdade, o item mais extenso dos três e por vezes o mais complexo também, é tido como a separação, a diferenciação, entre o verdadeiro e o falso. Tem-se como verdadeiro somente aquilo que foi imposto e validado pelas instituições[t].

Posso dizer que o livro é muito interessante, principalmente para aqueles que apreciam a área de ciências humanas[u]. Seus exemplos, por vezes, são complexos e sua linguagem muito rebuscada, por isso necessita de grande atenção para que assim[v] haja uma boa compreensão e interpretação do texto como um todo. Pode-se notar que é um livro que força o leitor a pensar bastante. Indico o livro para aqueles que já têm alguma noção sobre o assunto e desejam aprofundar os estudos.

Bibliografia:

FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso: Aula inaugural do Collège de France, pronunciada em 2 de Dezembro de 1970. 5º edição. São Paulo: Editora Loyola, 1999.

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RESENHA DE PARTE DO LIVRO “A ORDEM DO DISCURSO” – 3º edição

Patrícia Christina Genázio Pereira¹

¹Graduanda em Ciências Ambientais, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

Michel Foucault foi um filósofo francês nascido em Outubro de 1926. Durante sua vida acadêmica estudou Filosofia e Psicologia, escreveu obras muito conhecidas e importantes para o desenvolvimento de várias áreas do saber, como: “A história da loucura”, “A história da sexualidade”, “As palavras e as coisas”, “Vigiar e punir”, “A ordem do discurso”, entre outros.

O livro “A ordem do discurso” é uma reprodução da aula inaugural de História dos Sistemas de Pensamento, no Collège de France, ministrada pelo professor em Dezembro de 1970. Ele foi utilizado como base para elaboração desta resenha que fala sobre as primeiras 21 páginas do livro citado.

Foucault inicia o livro abordando sobre[w] como o discurso aplicado por uma determinada sociedade tem sido objeto de poder e este é usado como um mecanismo de exclusão e interdição de outros discursos e pessoas, aqueles vistos como não “adequados” ao meio[x]. Um indivíduo não tem o direito de dizer o que quer, em qualquer circunstância, para quem quiser; tudo deve ser exposto utilizando as palavras certas, no devido tempo e local, para determinadas pessoa ou instituições, caso contrário seu discurso é excluído, rejeitado e/ou interditado.

Tendo isso em vista, o autor apresenta e exemplifica os três sistemas de exclusão utilizados para interferir e controlar os discursos “indevidamente” proferidos, são eles: a palavra proibida, a segregação da loucura e a vontade de verdade.

A palavra proibida é descrita como a restrição do discurso devido à presença de um jogo de poder entre as partes. Pode referir-se às interdições feitas àquelas pessoas pouco relevantes, quando sua palavra pode ser facilmente ignorada ou refutada. Dentro do discurso de exclusão da palavra proibida, este ato é definido como direito privilegiado ou exclusivo do sujeito que fala, além desta, o filósofo também trata de outras subdivisões: tabu do objeto e ritual das circunstâncias.

A segregação da loucura é abordada como a diferença entre ter razão e ser louco. Aquele que discorre como louco não tem seu discurso levado em consideração, é tido como irrelevante, seu discurso é rejeitado perante a sociedade. Ou seja, [y]o louco tem seu discurso anulado apenas pelo fato de ser louco, mesmo quando tem razão. Quando a sociedade não reconhece e não entende seu discurso, essa questão faz com que sua palavra não possa ser transmitida pra outros e, de acordo com as regras impostas pela mesma, o que não pode ser compreendido ou explicado deve ser separado, marginalizado, rejeitado.

Quanto à vontade da verdade, o item mais extenso dos três e por vezes o mais complexo também, é tido como a separação, a diferenciação, entre o verdadeiro e o falso. De acordo com o Foucault, tem-se como verdadeiro somente aquilo que foi imposto e validado pelas instituições. O professor também faz uma observação de que, antigamente, o discurso era tido como verdadeiro levando em consideração apenas “quem” o discursava e “onde” discursava. Este tipo de discurso verdadeiro tornou-se obsoleto quando, além de levar em consideração o “quem” e o “onde”, adicionou-se o “o que[z]”, em outras palavras[aa], o discurso também começou a ser analisado de acordo com o que se era dito nele. Logo, se todos esses pontos (quem + onde + o que) estão de acordo com as instituições ou com aquele que possui o poder, o discurso declarado deve ser considerado verdadeiro.

Levando em consideração tudo o que foi abordado, posso dizer que o texto é muito interessante, principalmente para aqueles que apreciam a área de Ciências Humanas. Seus exemplos, por vezes, são complexos e sua linguagem muito rebuscada, por isso necessita de grande atenção para que, assim, haja uma boa compreensão e interpretação do conteúdo como um todo. Pode-se notar que é um livro que força o leitor a pensar bastante. Indico a leitura para aqueles que já têm alguma noção sobre o assunto e desejam aprofundar os estudos.

Bibliografia:

FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso: Aula inaugural do Collège de France, pronunciada em 2 de Dezembro de 1970. 5º edição. São Paulo: Editora Loyola, 1999.

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RESENHA DE PARTE DO LIVRO “A ORDEM DO DISCURSO” – Edição Final

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