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A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da Historiografia

Por:   •  14/10/2018  •  1.197 Palavras (5 Páginas)  •  376 Visualizações

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A seguir no terceiro tópico deste segundo capitulo do livro Burke fala da criação dos Annales, que se deu logo após o fim da Primeira Guerra Mundial com os esforços de Febvre na idealização de uma revista internacional, aqui falada por Burke como sendo, totalmente dedicada à história econômica. No seu caráter original a revista era chamada de Annales d’histoire économique et sociale, onde Bloch e Febvre com a recusa de Pirenne, se tornariam os editores da revista. A primeira revista apareceu em 15 de janeiro de 1929.

Por fim Bloch escreve um ultimo tópico para o segundo capitulo de seu livro que fala da Escola dos Annales. Nele Burke fala sobre a institucionalização dos Annales, ou seja, a consagração da revista como um verdadeiro movimento historiográfico que revolucionaria a historiografia francesa da época. O autor diz que aos poucos os Annales se converteram numa escola histórica. Na Segunda Guerra Mundial, pouco a pouco o movimento foi sendo barrado e a reação de Bloch quanto a isso foi se alistar no exercito para a guerra, enquanto Febvre continuava a realizar as edições da revista, isso tudo ainda usando seu nome e o de Bloch, e posteriormente utilizando apenas o seu. Após o fim da guerra Febvre era o único a editar a revista, e pouco tempo depois foi nomeado para diversos cargos, sobretudo, o de delegado francês da UNESCO, seu tempo ficou tomado e as publicações foram sendo deixadas em segundo plano ate o ponto em que seus projetos dos últimos anos nunca foram concluídos.

Ao final do segundo capitulo Burke uma consideração que gostaria de citar: “Os Annales começaram como uma revista de seita herética. “É necessário ser herético”, declarou Febvre em sua aula inaugural. Depois da guerra, contudo a revista transformou-se no órgão oficial de uma igreja ortodoxa. Sob a liderança de Febvre, os revolucionários intelectuais souberam conquistar o establishment histórico francês. O herdeiro desse poder seria Fernand Braudel”. (BURKE, 2010. p. 48)

De fato é perceptível o quão grande foi o movimento francês dos Annales. Ele para tal época tomou grandes proporções que serviu e serve de inspiração para muitos autores. Foi um marco divisor de aguas da historiografia francesa, onde movimentaram por toda a comunidade internacional uma nova forma de se escrever historia.

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