A Influência da Geologia em aspectos do seu funcionamento

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Sua elaboração é separada em setores: setor de preparação, setor de execução e setor concluído. No setor de preparação é visado a infraestrutura básica, que demanda sistemas de: proteção das águas subterrâneas; drenagem superficial de águas pluviais; drenagem e tratamento de líquidos percolados, como o chorume; recolhimento de gases e de monitoramento do lençol freático e do tratamento de líquidos. O nivelamento do terreno e sua impermeabilização adequados também são imprescindíveis para o seu bom funcionamento.

Em sua construção, a área de disposição é recoberta com um revestimento inferior ou de base, composto por camadas de drenagem e impermeabilização. Ao final, no setor concluído, o topo do aterro recebe um sistema de impermeabilização superior, composto por camadas de drenagem e impermeabilizantes. E ainda, o sistema de drenagem superficial é construído sobre essa cobertura final, assim como os drenos verticais para o escape dos gases.

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Figura 1 - Esquema físico de um aterro sanitário

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Figura 2 – Critérios para avaliação das áreas para instalação de aterros

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ROTINA DE OPERAÇÃO

O setor de execução possui a seguinte configuração: no momento da descarga do lixo, este deve ser depositado na frente de serviço com a presença de um fiscal que possa controlar os tipos de resíduos que serão despejados no aterro.

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Figura 1 - Deposição inicial do material

O lixo deve ser espalhado numa rampa de proporção 1 na vertical e 3 na horizontal (1:3), como no esquema:

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Figura 2 - Formato ideal da rampa de deposição

Para compactar o lixo, é necessário um trator de esteira que possa realizar movimentos repetidos de baixo para cima (de 3 a 5 vezes), da seguinte maneira:

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Figura 3 - Espalhamento/compactação

No fim do dia, é necessário que esse novo monte de lixo receba uma cobertura de terra, que também é espalhada com movimentos de baixo para cima.

Diariamente, uma cobertura nova é espalhada, sendo esta preferencialmente de argila, de 15 a 20 cm de espessura. Desta forma, pode evitar-se a presença de vetores como ratos, baratas e aves e que o lixo se espalhe em dias de ventania, além de dificultar a entrada das águas de chuva precipitadas sobre o aterro.

Por motivos óbvios de economia e agilidade para a obra, é desejável que o material de cobertura seja obtido na própria área a ser aterrada.

Uma vez que a capacidade do aterro é esgotada, é realizada a cobertura final com aproximadamente 60 cm de espessura (sobre as superfícies que ficarão expostas permanentemente - taludes). Após este procedimento, deve-se plantar grama nos taludes definitivos, para proteção contra a erosão. Também é recomendado o lançamento de uma camada de cascalho. Os gases produzidos pela decomposição dos resíduos devem ser queimados e os percolados devem ser captados para seu tratamento. Este processo é o chamado setor concluído. Os aterros em setores concluídos devem ser constantemente e permanentemente monitorados para avaliação das obras de drenagem das águas superficiais e de captação dos percolados, observação do sistema de queima dos gases e a eficiência dos trabalhos de revegetação.

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DIFERENÇAS ENTRE ATERROS SANITÁRIOS E LIXÕES

No brasil a destinação final de seus resíduos sólidos se divide majoritariamente entre lixões, aterros sanitários e aterros controlados. O primeiro não oferece nenhum tipo de tratamento ao lixo, os resíduos são depositados a céu aberto sem obedecer a nenhuma lei ambiental. Essa destinação não possui critério sanitário algum de proteção ao meio ambiente, o resultado é que todo esse lixo contamina a água, o ar, o solo, o lençol freático, atraindo vetores transmissores de patologias. Além de gerar grandes danos ao ambiente, os lixões também ganham contornos econômicos e sociais, pois muitas pessoas tiram seu sustento desses locais insalubres, recolhendo o lixo para reaproveitar os materiais, correndo o risco de sofrerem com a contaminação e até mesmo adquirirem doenças.

Já aterros sanitários e controlados apresentam graus diferentes de preocupação com o meio ambiente, sendo o aterro controlado um método intermediário de dispersão do lixo, entre lixões e aterros sanitários, não se preocupando com a impermeabilização do solo, tratamento de gases e do chorume gerado pela decomposição do lixo. Para evitar a proliferação de insetos e animais, minimizando também o odor desagradável do local, o lixo depositado recebe uma camada de terra por cima, como enfatizado na seção 2.2.

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Figuras 1 e 2 – Diferenças entre o destino dos resíduos sólidos

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VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ATERRAMENTO

O aterramento sanitário do lixo, como qualquer outra técnica de destinação dos resíduos sólidos, apresenta características que podem favorecer ou não ou o seu uso. Dentre as vantagens de se utilizar um aterro sanitário como método de dispersão de resíduos sólidos é possível citar fatores como a reutilização do gás gerado como forma de energia renovável. Os chamados aterros sanitário-energéticos são evoluções dos aterros comuns nos quais o chorume drenado é reaplicado, por bombeamento, nas câmaras do aterro. Isso faz com que o grau de biodegradação da matéria orgânica de produção de gás aumente. Este gás drenado, por fim, pode ser utilizado como combustível, já que seu poder calorífico alcança cerca de 5800 kcal/kg.m^3). Isso também auxilia e promove a redução da liberação do gás metano para a atmosfera.

Além disso, os equipamentos utilizados na técnica são de baixo custo e simples operação, facilitando o trabalho.

Evitam também a proliferação de insetos e animais que transmitem doenças.

Contudo,