Fichamento de Discurso do método – René Descartes
Por: kamys17 • 18/10/2018 • 3.743 Palavras (15 Páginas) • 521 Visualizações
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II. Cidades; essas são aglomerações de construções, e cada uma dessas construções com engenheiros diferentes e assim as edificações ficam desiguais. Além disso, Descartes cita os Funcionários da almotaçaria, que tinha função cuidar e fiscalizar as construções de terceiros, e assim ele conclui como é difícil "tomar conta" do trabalho alheio.
III. O legislador; cita os semi - selvagens, onde ao longo do tempo são criados os regulamentos, então há vários legisladores e em contraposição cita os dez mandamentos e esparta aonde um único indivíduo cria todas as leis, e todas tendem ao mesmo fim.
IV. A ciência dos livros; aqueles que pouco a pouco são montados, por pessoas diferentes e opiniões diferentes não atingirão a capacidade daquele livro escrito por uma única pessoa de bom senso (homem que recorre apenas a sua razão).
V. O homem; não somos perfeitos, pois nem sempre nos guiamos pela nossa razão, o exemplo que ele usa são as crianças, que nos começos das nossas vidas a gente é guiado pelo nosso instinto.
Descartes não propõe com isso a mudança da ciência ou da ordem estabelecida desde os alicerces, mas sim analisar todas as ideais com a razão e assim decidir quais são as maçãs podres, como o exemplo utilizado por ele. Diz também que a sua missão foi construir um terreno que todo dele, e assim buscá-lo em seus pensamentos, e não aceitar as verdades de uma outra pessoa sem antes pensar se aquilo é mesmo uma verdade.
Todos os homens são racionais, porém nem todos são capazes de distinguir o verdadeiro do falso, e assim estes estão fadados a seguir as opiniões dos outros. Com isso ele diz, ele mesmo poderia ser um desses se tivesse tido apenas um mestre por toda sua vida, porém, não foi assim e ele pode notar a diferença que existe entre os mais doutos. Sendo assim, ele se sentiu forçado a buscar por si, suas respostas e não seguir as dos outros.
Contudo, Descartes não impossibilita a veracidade daqueles que um dia fizeram a sua cabeça. Em vez disso, ele busca antes tem certeza daquilo que acredita para então rejeitar os preceitos, antes tidos como verdade. Porém, para rejeitar é preciso antes analisá-los e para isso seguiu os seguintes critérios;
I. Nunca aceitar coisa alguma como verdadeiro, sem antes conhecer como tal, aceitar assim apenas o óbvio.
II. Dividir cada problema em quantas parcelas for possível.
III. Começar pelo óbvio, procurar aquilo que é evidente que é verdade, para depois subir o grau de dificuldade.
IV. Enumerar, revisar e concluir com certeza tudo aquilo que refletiu, "fazer revisões tão gerais, que eu tivesse certeza de nada omitir".
Descartes concluiu, então, que todos os estudos sobre algo pode ser fundamentado na lógica geométrica, pois para ele as coisas se encadeiam sobre os mesmos princípios. Portanto, Descarte começou seu estudo pela matemática, a fim de estudar e ver como elas funcionam, e seguindo seus preceitos, dividir em parcelas, assumir o evidente, enumerar. E foi assim que descobriu a utilidade de seu método, a partir do momento que começou a aplicá-lo em sua busca pela verdade.
Capítulo Três:
René Descartes cria uma moral provisória que contém três máximas.
Primeira Máxima:
- obedecer às leis de seu país e manter sua religião.
- governar-se pelas opiniões mais moderadas e mais práticas de pessoas sensatas com as quais René vai conviver.
- não levar em conta suas próprias opiniões. Verdadeiras opiniões são expressas na prática e não somente na fala.
- René escolhe as opiniões mais moderadas, pois são mais cômodas e não possuem extremos. René Considera o excesso como mal.
- Segundo o pensamento de René Descartes coisa alguma permanece no mesmo estado, uma lei pode definir algo como certo em um momento e você pode aceitar essa definição, mas com o passar do tempo à definição pode mudar e estar errada. Mesmo com este pensamento René não considera violar as leis dos homens e as leis divinas.
Segunda Máxima:
- Ser firme e resoluto em suas ações. Não mudar constantemente de pensamento nem seguir pensamentos extremos.
- Manter um mesmo caminho seguindo uma linha reta de opiniões e pensamentos mais prováveis.
- Segundo René Descartes a razão é muito verdadeira e certa, portanto seguir pensamentos prováveis não é duvidoso, se atingidos pela razão são igualmente certos.
- Libertar-se de todos os arrependimentos e remorsos que possam mudar a linha contínua de um pensamento.
Terceira Máxima:
- Atingir total dominação dos pensamentos, pois eles são o único bem que pode estar inteiramente em nosso poder. Bens externos apesar de desejados podem nunca chegar ao seu poder.
- Ter total poder sobre os próprios pensamentos é a maior riqueza que um homem pode ter.
Razão pela qual René Descartes criou esta moral provisória:
- A ocupação de René Descartes era cultivar a razão e progredir no conhecimento da verdade através de seu método.
- As Três máximas serviram para que René continuasse a se instruir, porém mantendo alguns valores e ideais.
- Mantendo estas verdades e valores, René Descartes busca se livrar de todas as suas outras opiniões.
- René Descartes passa a conviver com outros homens para buscar novas opiniões e se desfazer das suas.
- Ele faz uso do juízo para examinar as opiniões. Bem julgar para bem proceder, julgando da melhor maneira para adquirir as virtudes necessárias.
- René Descartes viaja durante nove anos e observa o comportamento dos homens com os quais convive, reflete, e elimina todos os pensamentos que foram observados nas ações dos homens e que levaram ao erro e ao engano.
- René Descartes reflete através de raciocínios
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