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As Principais Teses de John Locke e Jean-Jacques Rousseau

Por:   •  14/4/2018  •  1.218 Palavras (5 Páginas)  •  570 Visualizações

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contato com outros grupos distintos, o homem era visto por ele como o “bom selvagem”, mas quando surge o contato com os outros grupos acontece um corrompimento. Para ele, no estado de natureza não existia propriedade privada, e isso livrava os indivíduos da possibilidade de haver conflitos, o estado de natureza terminou com o advento da civilização, da divisão do trabalho, e da propriedade privada, o que acabou gerando a desigualdade e o corrompimento dos corações dos homens por conta dos instintos egoístas, os afastando da igualdade e de uma percepção coletiva, gerando competição e uma hierarquia, a questão dos interesses próprios.

Na busca por uma sociedade justa, igual e que traria bem estar para todos, Rousseau pretendia um contrato social – este contrato social garantiria o direito da coletividade- em que se daria a liberdade natural em troca da liberdade civil através da alienação total da vontade particular, a liberdade seria possível quando houvesse igualdade entre os indivíduos, e a obediência à essas leis propostas no contrato se dariam de forma que o indivíduo fosse submisso à vontade coletiva e, desta forma, à sua própria, a democracia direta – como era com os gregos – seria, para ele, a melhor maneira de adquirir essa igualdade, por isso ele acreditava que o melhor Estado para um povo que se autogoverna não poderia ser maior que uma cidade. O indivíduo era livre para Rousseau pois participaria do processo de criação das leis.

Digo, pois, que outra coisa não sendo a soberania senão o exercício da vontade geral, jamais se pode alienar, e que o soberano, que nada mais é senão um ser coletivo, não pode ser representado a não ser por si mesmo; é perfeitamente possível transmitir o poder, não porém a vontade. [...] a vontade particular, por sua natureza, tende às preferências, e a vontade geral à igualdade. (ROUSSEAU, Jean-Jacques; 2002, p. 36)

O Estado seria limitado pelo poder do povo, ou seja, não teria um soberano como defendia Hobbes, o governo seria apenas um funcionário, o povo que seria o soberano; um corpo político – corpo moral e coletivo -, a união dos homens, por isso ele era contra a ideia de representação, afinal esta representação anularia um indivíduo.

Jean-Jacques Rousseau também defendia que a educação teria papel fundamental na formação do cidadão, como se auxiliasse as pessoas a pensar de uma forma que buscasse mais o bem estar coletivo. Ele era contra o luxo, foi o primeiro a ir contra a propriedade privada, a questionar o princípio majoritário, influenciou também o socialismo.

REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo Civil. Igor César F. A. Gomes (org.) Tradução de: Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. São Paulo: Editora Vozes, 19?.

ROUSSEAU, Jean Jacques. Do Contrato social. VirtualBooks. Formato: e-book/rb, Código: RCM, ed. eletrônica: Ridendo Castigat Mores, 2002, Tradução de: Rolando Roque da Silva.

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