Resenha crítica do livro Técnicas de Comunicação Escrita

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Há ainda a necessidade de um veículo de transmissão para que a mensagem chegue ao seu destino. O tipo de veículo utilizado irá depender da precisão de cada fluxo comunicativo, o qual envolve diversos fatores, como conteúdo e condições de emissão da mensagem, objetivos do remetente, situação e contexto da comunicação entre remetente e destinatário, condições de recepção da mensagem. Assim nem toda mensagem serve para qualquer veículo.

O quarto e último capítulo trata de alguns elementos para atrair o leitor. Tais como: não sobrecarregar a mensagem; utilizar veículos familiares ao repertório do leitor, assim como linguagem; trabalhar com ganchos “frios”, os quais são marcados por poucas informações, menos precisas ou rigorosas, baixo grau de formalização, rigidez e tensão, menos complexidade, e consequentemente menos esforço para descodificar e mais atração, enquanto os “quentes” contêm um grande número de informações, precisas e nítidas, alto grau de formalização, rigidez e tensão, mais complexo, mais esforço e menos atração; utilizar imagens, gráficos, sistemas visuais ou icônicos, responsáveis por uma descodificação mais fácil; elaborar uma mensagem concisa e econômica; conter um objetivo claro, assim como planejamento e organização das ideias; acrescentar elementos emotivos e poéticos e frases ou termos inesperados.

Esse livro apresenta uma leitura bastante agradável, um gancho “frio”, pois a sua escrita é fácil de ser entendida e bem descontraída, o que atrai ainda mais os seus leitores. É perceptível que o autor tem uma vasta experiência sobre o mundo acadêmico e editorial e pode-se afirmar que todos os seus objetivos foram cumpridos, principalmente pelo fato de utilizar exemplos que tornaram ainda mais claras as suas ideias. Ele já inicia os trabalhos com uma historinha, a qual induz o leitor a continuar sua leitura, pois tudo que segue sempre estará fazendo referência a ela.

A maneira com que Blikstein escreveu, acredito ser algo bem diferente, já que, particularmente, tudo que é didático já associo a um estereótipo de leitura chata e cansativa, o que nesse caso não ocorreu. Além de ter fornecido um importante aprendizado, serviu de lazer a uma mente agitada. Deixo aqui, então, os meus agradecimentos por essa oportunidade e os meus parabéns a esse grande autor.

“Comunicar bem ou, em nosso caso, escrever bem não é luxo, nem exibicionismo, nem ostentação esnobe de conhecimentos gramaticais. Escrever bem é uma questão de sobrevivência”

Izidoro Blikstein

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