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Resenha crítica do livro Breve Interpretação da História de Portugal

Por:   •  15/5/2018  •  1.596 Palavras (7 Páginas)  •  504 Visualizações

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No capítulo I da segunda época, o autor aborda a Exploração do Comércio Africano e a Busca do Caminho Marítimo Para a Índia, destacando que o casamento de D. João I com uma filha do Lencastre contribuiu para modificar a corte e as classes dirigentes de Portugal. Os descobrimentos do século XV foram uma façanha de gente, muito precisa dos escopos práticos a que tendia, e do estudo minucioso dos meios adequados a tais escopos: nada semelhante ao aventuralismo com que a pintaram, depois os romântico do século XIX.

No capítulo II, Sérgio trata da Exploração do Comercio do Oriente, enfatizando que desde que Bartolomeu dias passara a ponta meridional do continente de África, o problema do caminho da Índia – o problema náutico e geográfico –, era um problema resolvido. Agora, com efeito, já se não tratava de descobrir: pretendia-se organizar na Índia a compra e expedição das mercadorias, e negociar diplomaticamente, para esse efeito, com os soberanos orientais. O rei, por isso não escolheu um homem do mar para chefe da expedição, mas um nobre, capaz da categoria de seu enviado: Vasco da Gama. A missão de Vasco da Gama, completada pela de Cabral e João da Nova, fez de Portugal o intermediário máximo, e de Lisboa o empório do grande comércio, frequentado por enxames de navios e mercadores de todo o mundo.

No capítulo III, são debatidos os germes da decadência e as tentativas de reforma do regime colonial. Conforme o autor, a formação comunitária e a política do transporte fizeram do poder central o dispensador de todos os bens, o centro de aspiração das energias nacionais; Os problemas econômicos e financeiros anda ligada a questão dos judeus. A situação próspera do Judeu excitava a inveja, o despeito, a cobiça dos Cristãos. Nos domínios da cultura mental, a inquisição suprimiu a possibilidade de um pensamento criador, destruindo, pois, os germes de humanismo científico da grande época dos descobrimentos.

No capítulo IV, o autor trata da exploração agrícola e mineral do Brasil, destacando que a política liberal de Felipe II fora abandonada pelos seus sucessores. Os impostos eram enormes, e não despendidos no País. Isso deixou a fidalguia descontente, enchendo-se a corte de Lisboa de estrangeiros, contra aquilo que se pactuara; e pretendeu-se, por fim, manda-la sair de Portugal a servir as loucuras da política do conde-duque. Os fidalgos, então, começaram a conspirar, contando para rei com o duque de Bragança, e com a França para aliada. Esta saíra da provação das guerras religiosas do século XVI, e convertera-se num poderoso reino. Protegeu a revolução catalã em 1640 e fomentou o descontentamento em Portugal.

No capítulo V, é abordada a intervenção reformadora dos “estrangeiros”, segundo Sérgio, homens de superior inteligência que saíram do País para a Europa culta (muitos deles por temor do santo Ofício), tiveram ensejo de medir a Contra Reforma na mentalidade, e do parasitismo sobre as colônias em toda a vida metropolitana. A riqueza do Brasil sustentava a Coroa e as classes predominantes, que compravam tudo ao estrangeiro. Portugal e suas colônias formam assim um sistema fechado, em que a metrópole, parasitando pudera viver no isolamento em relação às ideias que animavam a Europa. A reforma dos estudos médicos foi uma linha fundamental das tentatívas de regeneração. Consultados os sábios da Inglaterra, disseram que o que cumpria antes de tudo era modernizar a mentalidade, substituindo a mediévica orientação das classes predominantes pelo espirito crítico e esperimental. Pombal “estrangeira-se” nas suas missões diplomáticas na Áustria e na Inglaterra. A paixão maior de Pombal foi o ódio aos Jesuítas.

No capítulo I da terceira época, é aborda a adaptação do liberalismo ao comunitarismo tradicional, conforme Sérgio, a independência do Brasil, foi um ato profundamente revolucionário. Agora, ou voltava o Brasil a ser uma colônia novamente, para alimentar a metrópole com suas riquezas, ou a metrópole tinha de se organizar para ser auto-suficiente, para isso, tenta-se modificar profundamente as condições juridas da produção. A adaptação da cidade ao novo regime social-econômico, para que fora obrigada encaminhar-se pela indepedência do Brail, não se podia fazer de maneira súbita. De 1834 a 1850 vêem-se motins e contramotins, revoluções e contra-revoluções, que denunciam a dificuldade de converter em estrutura particularista, de punjante iniciativa na metrópole, uma estrutura heterónima e comunitária, consolidade em quatro século de história ultramarina. O comunitarismo de Estado seduzia a todos, mas, para estabilizar o comunitarismo, seria necessário encontrar um substituto do Brasil, que alimentasse o Tesouro Público.

No capítulo II o autor explica o “insurreccionismo” e a sua obra, Herculano teria sido o homem representativo da atitude de protesto contra a adaptação do liberalismo à estrutura histórica comunitária, e contra a oligarquia dos barões. Herculano não é apenas um grande escritor, com a sua história e os seus Opúsculos, dera a Portugal uma literatura crítica, uma literatura de pensamento. A maior parte dos

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