Resenha critica do livro O que é sociologia de Carlos Benedito Martins
Por: Sara • 28/1/2018 • 1.133 Palavras (5 Páginas) • 1.719 Visualizações
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De fato, foi o socialismo que despertou a vocação crítica da sociologia, unindo a explicação e alteração da sociedade, e ligando-a aos movimentos de transformação da ordem existente, já o positivismo, procurou elaborar uma ciência social supostamente “neutra” e “imparcial”.
O autor cita Weber, Marx, Durkheim, Comte, Tocqueville, Le Play, Toennies, Spencer, dentre outros pensadores. Suas obras constituíram um momento decisivo na formação da sociologia, estruturando de certa forma as bases dos pensamento sociológico.
DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento desta ciência denominada “sociologia” tem como pano de fundo a existência de uma burguesia que se distanciara de seu projeto de igualdade e fraternidade, e que, crescentemente, se comportava no plano político de forma menos liberal e mais conservadora. Em boa medida, a sociologia passou a ser empregada como técnica de manutenção das relações dominantes, tendo suas inúmeras pesquisas incorporadas à cultura e à pratica das grandes empresas, do Estado moderno, dos partidos Políticos, à luta cotidiana pela preservação das estruturas econômicas, políticas e culturais do capitalismo moderno.
Nesse período, a sociologia conheceu uma de suas fases mais ricas em termos de pesquisa, onde a pesquisa de campo firmou-se nesta disciplina, proporcionando o levantamento de informações originais para a reflexão. Vários estudiosos buscaram formular e classificar os diferentes tipos de relações sociais que ocorrem em todas as sociedades, independente de tempo e lugar. Estes trabalhos proporcionaram a elaboração de vários conceitos fundamentais da sociologia.
Na segunda metade do século, o desenvolvimento da sociologia foi profundamente afetado pela eclosão de duas guerras mundiais. O ocorrido quebrou a continuidade dos trabalhos que vinham sendo efetuados, interrompendo drasticamente o intercâmbio de conhecimentos entre as nações.
A partir dos anos cinquenta, a sociologia seria arrastada e envolvida na luta pela contenção da expansão do socialismo pela neutralização dos movimentos de libertação das nações subjugadas pelas potências imperialistas e pela manutenção da dependência econômica e financeira.
Fatores como a ruptura de algumas tendências significativas da sociologia contemporânea, o reformismo conservador preocupado com os problemas dos "desajustes sociais”, e da a adoção de uma ética positivista que pressupunha uma separação entre os julgamentos de fato e os julgamentos de valor, possibilitou à sociologia se firmar como ciência de uma prática conservadora. A partir dai, surge a figura do sociólogo profissional, que passa a desenvolver as suas atividades de correção da ordem, adotando uma atitude científica "neutra" e “objetiva”.
Por fim, o autor encerra a discussão dizendo que a função do sociólogo de nossos dias é liberar sua ciência do aprisionamento que o poder burguês lhe impôs e transformar a sociologia em um instrumento de transformação social, colocando-a ao lado dos interesses daqueles que se encontram expropriados material e culturalmente, para junto deles construir uma sociedade mais justa e mais igualitária do que a presente.
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