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Resenha Crítica do Livro Sidarta, de Hermann Hesse

Por:   •  20/10/2017  •  842 Palavras (4 Páginas)  •  608 Visualizações

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Levando em conta a experiência do humilde resenhador que vos escreve, Sidarta é um livro incrível e sua leitura é, para aqueles que se interessam na cultura e nas religiões do oriente, indispensável. Após ler Demian, que possui um tom mais sombrio e introspectivo sobre a questão do autoconhecimento e do crescimento espiritual que perpassa a obra de Hesse, Sidarta realmente parece mostrar a evolução de um único personagem atemporal, porém num contexto temporal muito diferente e sobre um tom muito mais leve, que destaca a beleza da natureza e a possível beleza do ser humano.

O vocabulário utilizado e alguns traços de escrita do autor, como o uso da terceira pessoa pelos personagens, em seus diálogos, para referirem-se a si mesmos, e a adjetivação extensa dos elementos da natureza, ajudam o leitor a se localizar no contexto da trama, mesmo com a separação milenar e espacial entre o enredo e a autoria da obra. O ritmo do texto é muito fluido e, mesmo com 175 páginas, sua leitura é rápida e simples, pois o autor não se utiliza de artifícios literários desnecessários em prol de alcançar uma estética “mais romântica”. Os personagens são simples, com exceção do protagonista, mas há uma beleza nesta simplicidade, pois podemos comparar a evolução do personagem principal em meio aos outros que o cercam, absorvendo assim a essência principal do tema do livro, que baseia-se na transcendência do espírito a partir da compreensão e adoração à natureza.

Miguel Serrano, autor chileno, em seu livro O Círculo Hermético, Hermann Hesse a C. G. Jung, no qual troca cartas com estes dois pensadores, consegue a seguinte citação de Hesse: “Você deve se deixar levar, como as nuvens no céu. Não deve resistir. Deus existe em seu destino tanto quanto aquela montanha ou aquele lago. É muito difícil entender isso, pois o homem está cada vez mais se distanciando da Natureza, e, consequentemente, dele mesmo” (tradução do autor). Esta frase pode sintetizar toda a mensagem contida em Sidarta, e, para o crítico que escreve essa resenha, é uma bela e necessária mensagem a ser difundida no mundo atualmente.

Referências:

https://books.google.com.mx/books?id=sQt8bd6wFr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false

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