SUSTENTABILIDADE E COMPETITIVIDADE: A AGENDA HEGEMÔNICA PARA AS CIDADES DO SÉCULO XXI

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O discurso de sustentabilidade apresentado por Fernando Rojas é basicamente o mesmo veiculado pelo marketing do planejamento estratégico de cidades, principalmente por se tratar da nova gestão urbana, ainda afirmando que as cidades são mais bem entendidas na perspectiva dos prefeitos, cujo desafio seria promover uma visão estratégica capaz de agregar recursos e interesses individuais diferentes.

Essa nova gestão implicaria na institucionalização de mecanismos que estimulem a construção crescente de consensos e a tomada conjunta de decisão nos temas de desenvolvimento local, na promoção e articulação dos interesses das cidades e a expansão da articulação com investidores internacionais, formando assim alianças capazes de combater a pobreza assim como a marginalidade social, política e econômica.

Rojas faz recomendações sobre os processos de participação popular, como evitar a ingerência de partidos políticos na tomada de decisões e as audiências públicas que ser prestariam ao controle e manipulação dos membros mais poderosos das comunidades.

O paradigma da adaptabilidade ao competitivo mundo globalizado e aos limites da natureza física impõe o limite e o tempo para a realização da política.

A visão institucional do Banco Mundial

As tendências desde o fim da década de 80 apontariam para descentralização e a realização de políticas publica-privadas, indicando a necessidade de um enfoque no desenvolvimento urbano, a partir de quatro dimensões das cidades tidas como sustentáveis:

- Livability: é a dimensão relacionada a qualidade de vida e do ambiente urbano;

- Competitividade: Relaciona-se a criação de bases para o crescimento de emprego, renda e investimento;

- Boa Governança e Gestão: Implica na inclusão e representação de todos os grupos na sociedade urbana, assim como integridade e transparência nas ações do governo;

- Bancability: Implicaria em um sistema financeiro local sustentável. Alguns dos principais elementos que justificam a necessidade de planejamento estratégico são: a representação do ambiente adequado para o desenvolvimento urbano, mercados competitivos, identificação de forças, fraquezas, ameaças e oportunidades e planejamento estratégico de cidades.