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Resumo da Introdução do livro "Um toque de Mestres"

Por:   •  2/4/2018  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  481 Visualizações

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utilizaria da razão a fim de progredir. Advogar que os seres humanos, com base na razão, podiam melhorar sua condição gerou o grande interesse em certos setores da sociedade visando divulgar os conhecimentos científicos e práticos. Tinha início, então, um período no qual mestre e empresários se tornaram parte da camada social dominante, sendo eles os responsáveis invenções e descobertas que modificaram a face do planeta. Essas invenções e descobertas geraram um grande desenvolvimento industrial que aumentou a produção, gerando maior demanda por novos mercados e matérias-primas. Com esse processo, o comércio internacional se intensificou e instalava-se, então, o novo modo de produzir, acabando com a sociedade feudal e suas instituições.

PRIMEIRAS SOCIOLOGIAS: ORDEM, CAOS, CONTRADIÇÕES, EVOLUÇÕES

A Revolução Francesa e o Iluminismo geraram também uma reação conservadora e retrógrada no pensamento social, o que refletiu nas produções francesa e inglesa, em relação à preeminência da sociedade sobre o indivíduo e às críticas às mazelas da sociedade moderna. Os chamados "profetas do passado" desejavam uma sociedade estável, hierarquizada, com base em valores familiares, religiosos e comunitários, como também na ordem, na coesão e na autoridade. Esses pensadores afirmam que o caos e a falta de moral e solidariedade que as sociedades oriundas das duas grandes revoluções são frutos do enfraquecimento das antigas instituições protetoras que garantiam ou expressavam a estabilidade e coesão social anteriores. Essa percepção causa forte impacto na produção sociológica, mas, apesar disso, a Sociologia assume um caráter decididamente moderno, crendo no progresso como tendência inexorável.

A teoria social avança na França com a obra de Saint-Simon (1760-1825), que foi um dos primeiros a se dar conta da inutilidade da aristocracia na nova sociedade que estava surgindo. Um fundamento de sua análise sociológica é a existência de classes sociais com interesses conflitantes. Para ele, a característica fundamental da sociedade moderna era, como, também, para os iluministas, o progresso. Segundo ele, a base da sociedade seria a produção material, a divisão do trabalho e a propriedade. As vidas individuais, as engrenagens principais que contribuem para o progresso da civilização. Para ele, a luta entre as classes militares ou feudais e a classe industrial, resultaria na vitória desta última, o que geraria uma sociedade de trabalhadores. Mais tarde, porém, ele modificará sua visão e passará a criticar os patrões que exploram os operários. Suas ideias tiveram forte impacto sobre as obras de Marx, Engels e Durkheim.

Auguste Comte (1798-1857), secretário de Saint-Simon, por algum tempo, foi o responsável por cunhar o termo "Sociologia", que logo se generalizou, o que fez com que alguns o considerasse como o fundador dessa ciência. Uma de suas grandes preocupações era a crise de sua época, causada, de acordo com ele, pela desordem social, moral e de ideias. A solução para isso seria a constituição de uma teoria apropriada, que seria capaz de extinguir a anarquia científica vigente, que originava todo esse mal. Ele negava a concepção de que a sociedade é formada de indivíduos, dando mais ênfase no coletivo, não no individual. Contrário ao iluminismo e racionalismo em relação ao direito individual, Comte cria que nenhum indivíduo possui o direito senão de cumprir sempre o que se deve. Rejeitava, também, as revoluções por promover o progresso às expensas da ordem.

Buscando constituir uma Sociologia científica com objeto e método definidos, diversas hipóteses foram propostas visando explicar a natureza da vida social e das possíveis leis de sua evolução, emulando modelos de investigação e demonstração já consagrados. Nesse sentido, a teoria da evolução exerceu grande atração sobre a Sociologia e Antropologia, estimulando o uso de analogias entre a sociedade e os organismos. Herbert Spencer (1820-1903) foi o sociólogo com maior representatividade nessa corrente. Ele difundiu o chamado darwinismo social, uma teoria com base no evolucionismo biológico aplicada à compreensão dos fenômenos e das desigualdades sociais, através de conceitos como: evolução, seleção natural, luta, sobrevivência, entre outros. Segundo ele, a sociedade nada mais é do que um nome coletivo usado para designar determinado número de indivíduos e a permanência das relações existentes entre as partes construtivas que faz a individualidade de um todo e que a distingue da individualidade das partes.

Embora sua obra não seja considerada estritamente sociológica, Karl Marx (1818-1883) lançou as bases visando explicar a vida social a partir do modo como os homens produzem socialmente sua existência por meio do trabalho e de seu papel de agentes formadores da sociedade, o que trouxe de volta ao centro os debates a respeito da desigualdade social, vinculando-a a processos histórico-sociais.

A Sociologia, enquanto disciplina, se consolidou e passou a inspirar rigorosos métodos de pesquisa a partir das reflexões de Emile Durkheim (1858-1917) e Max Weber (1864-1920).

Durkheim estava disposto a dar continuidade aos ideais revolucionários de 1789. Assim, levou à frente a ideia de Comte a fim de instituir uma religião de cunho secular, que poderia revigorar a sociedade moderna. O positivismo foi a corrente de pensamento com maior influência sobre o método de investigação eleito por ele como o mais correto para coleta de dados.

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