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Resumo do Livro Cultura um Conceito Antropológico LARAIA

Por:   •  8/2/2018  •  3.397 Palavras (14 Páginas)  •  850 Visualizações

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Edward Taylor (1.832-1.971) definiu por cultura todo o conhecimento e habilidade adquiridos pelo homem, inserindo a palavra Culture no vocábulo inglês.

Com essa definição de conceito de cultura ele formaliza o que John Locke (1.632-1.704), já havia defendido em 1.690 quando escreveu Ensaio acerca do entretenimento humano, defendendo a ideia de que a mente humana nascia sem nenhum tipo de conhecimento, mas com ampla e ilimitada capacidade de aprendizado.

Em 1.696 o antropólogo Marvin Harris defende a ideia de que “uma mudança no ambiente resulta numa mudança no comportamento”.

Jacques Turgot (1.727-1781) ao escrever Plano para dois discursos sobre a história universal, afirma que todo homem é capaz de guardar suas ideias e passá-las adiante criando uma herança sempre crescente.

Jean Jacques Rousseau (1.712-1.778) em seu discurso sobre a origem e o estabelecimento da desigualdade entre os homens, seguindo das afirmações de Turgot e Locke ele acredita na transição entre o macaco e o homem.

Após as definições de Taylor surgiram muitas outras que causavam mais confusão do que esclarecimentos, notando isso Geertz em 1.973 declarou ser muito importante contrair a definição do conceito de cultura para que pudesse fazer parte de uma perspectiva antropológica.

Em 1.871 Taylor desvincula Cultura de Transmissão Genética.

Kroeber em 1.917 separa Natural e Biológico em seu artigo “O Superorgânico”.

Completando assim o processo de Lineu, retirando o homem da posição de sobrenatural e classificando como ordem de natureza, afastando o cultural e o natural.

Quando as definições seguintes a de Taylor surgiram acabando com a simplicidade de sua definição de cultura a reconstrução dessa definição foi uma das tarefas mais importantes da antropologia moderna.

No Campo da Antropologia, a primeira definição de cultura com Edward Tylor. Tylor tenta nos mostrar que cultura pode ser estudada sistematicamente, pois é natural e têm suas causas e suas regularidades, concebendo assim análises que vão proporcionar leis sobre os mais diversos processos de evoluções naturais.

Tylor afirma que os mais diversos graus nas civilizações são seus estágios de desenvolvimentos, ou melhor, evolução. Para o Autor, culturas são fenômenos naturais, por este motivo, suas pesquisas vão ter como base as Ciências naturais.

Tylor acredita que a História da Humanidade é parte da História da natureza, pois nossas ações, desejos e pensamentos, são semelhantes ás leis que regem a natureza, ambas agindo em torno de alguma razão.

Tylor cria novos obstáculos para o estudo do comportamento Humano, surge aí a metafísica e a teologia, pois nesta área, podemos notar que alguns comportamentos do ser Humano, são realizados sem causa alguma (livre árbitrio), e para ele essa ação anômica é incompatível com argumentos científicos. Cada Homem conhece pela sua consciência causas naturais e definidas que vão determinar suas ações. Existem semelhanças em diversas sociedades do mundo, podendo ser estudadas com precisão.

A Diversidade cultural é resultado das desigualdades nos processos de evolução. Por este motivo a antropologia busca criar uma escala de civilização, colocando os Europeus em uma ponta, e as demais sociedades em outra ponta.

Mercier, um outro grande antropólogo, mostra que Tylor via na população global uma certa uniformidade, sendo um pouco diferenciadas uma das outras somente pelas raças e línguas, mas que de certo modo são semelhantes, sejam eles bárbaros, civilizados, entre outros grupos sociais.

Os conceitos de Tylor são influenciados pelo momento da Europa, numa época em que a obra “ A origem das Espécies” de Darwin, impactava o continente, fazendo com que a Antropologia fosse dominada pela perspectiva do evolucionismo unilinear. Na década de 60, diversos estudiosos, tentam sob esse prisma buscar explicações para os procedimentos sociais daquela atualidade.

Com a conclusão de que as sociedades possuem diversos pontos em comum, ficou fácil elaborar uma tabela evolutiva dos grupos sociais.

Um dos principais erros de Tylor foi o de não reconhecer os múltiplos caminhos da cultura, com isso ganhou críticas e elogios sobre seu trabalho. Mas por outro lado foi um grande crítico dos relatos dos viajantes coloniais, isso fez com que seu trabalho superasse o trabalho de outros pesquisadores. Tylor sempre questionou a veracidade dos relatos.

Outro grande Antropólogo importante foi Franz Boas, um grande crítico do evolucionismo. Para ele a Antropologia tinha 2 tarefas: A de reconstruir a História de povos e a de comparar a vida social de diferentes povos, tentando identificar uma única lei que regia o desenvolvimento dos mais diversos grupos sociais.

Para Boas, o que descobre as origens dos traços culturais são as investigações Históricas, ele afirma que cada cultura segue seus próprios caminhos em função dos acontecimentos históricos passados.

Outro destaque no campo no campo da Antropologia foi Alfred Kroeber, americano que procurou mostrar a forma que a cultura atua sobre o Homem, e ao mesmo tempo contrariava diversas crenças existentes. Ele afirma que graças a cultura, a Humanidade se diferencia dos animais.

Kroeber se preocupa também em não confundir as transformações orgânicas e as transformações culturais do Homem. Ele tenta provar que o Homem precisa tanto do Equipamento Biológico, quanto do Equipamento social, para se manter vivo. Kroeber afirma também tanto os animais, quanto os Homens, se evoluem, a diferença é que os animais se evoluem geneticamente enquanto o Homem evolue socialmente falando.

Nos trabalhos de Kroeber, podemos ver que o Homem cria seu próprio processo evolutivo com suas ferramentas culturais. Não tendo que submeter ás mais diversas modificações Biológicas.

Temos em (1835-1901), Césare Lombroso, criminalista italiano que relacionava em suas teorias a aparência física do Homem com seus comportamentos. Tal teoria ganhou uma excelente recepção popular. Mas esta Teoria é perigosa, pois abre brechas para associar discriminações sociais a uma atitude natural do Homem.

Com base nos mais diversos conceitos de cultura que vimos até agora, podemos resumir:

- Cultura além de Herança Genética, justifica as realizações do Homem.

- O Homem age de acordo com seus padrões naturais.

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