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RELAÇÕES TRABALHISTAS – AS TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO MOVIMENTO SINDICAL

Por:   •  29/9/2018  •  1.058 Palavras (5 Páginas)  •  322 Visualizações

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Os sindicatos deixaram de lado as teorias revolucionárias, perderam a força de pressão que tinham sobre o poder econômico e não foram capazes de se adaptar à economia aberta, a nova década radicalizou alguns problemas e dificuldades para trabalhadores e sindicatos.

Logo nos anos 90, com a primeira eleição direta, elegendo Fernando Collor de Melo, a economia passa por grandes ajustes, com privatizações, chegada de novos padrões tecnológicos, entre outros. Há um processo de reestruturação produtiva: fechamento de fábricas, terceirização, subcontratação, entre outros, visando à racionalização dos custos de trabalho.

Com todas essas mudanças, mais de um 1 milhão de trabalhadores ficaram desempregados, e, por conta da flexibilização das leis trabalhistas, interferindo no contrato de trabalho por tempo determinado, a suspensão temporária do contrato de trabalho por motivos econômicos, significava um retrocesso no espaço conquistado pelos sindicatos.

Essa flexibilização aumenta a quantidade de empregos informais, fazendo com que muitos trabalhadores não sejam regidos pela CLT tenham carteira de trabalho e qualquer relação com os sindicatos. O fato de muitos trabalhadores migrarem do setor industrial, mais organizado em sindicatos e relação de trabalho formal, para o setor de serviços, mais heterogêneo com relações de trabalho mais precárias e baixa organização sindical, contribuíram contribuiu para o baixo poder dos sindicatos.

O sindicalismo, entre nós, é um movimento fortemente institucionalizado. A lei prevê tudo, regula tudo e o preço do comportamento não institucional é muito alto: é visto pela opinião pública, pelos partidos, pela imprensa e, mesmo, por parte dos trabalhadores como irregular, perigoso, ilegal e até subversivo. Assim, a luta pela unidade, pela organicidade e pela autonomia é como que forçada a se travar no contexto institucional vigente, onde adquire as características apontadas (ANDRADE, 1984, p. 4).

Vemos também que:

Ao mesmo tempo que subordina o movimento sindical, o arranjo institucional lhe oferece garantias, vantagens e compensações. Os dirigentes sindicais, em sua ação reformadora, procuram livrar-se das desvantagens e manter as vantagens da ordem. Aferrando-se a elas, o movimento sucumbe à lógica institucional de fragmentação e de subordinação (ANDRADE, 1984, p. 3).

Portanto, os atuais sindicatos precisam resgatar o verdadeiro motivo que deu início a todo o movimento. Mesmo diante das constantes mudanças, precisam lembrar que a solidariedade, a luta pelos direitos e a força para reivindicar foram pontos fundamentais para o M movimento se estabilizar e ter poder. Independente das atuais vantagens que o Estado lhe traz, o sindicato precisa lembrar da de que a união dos trabalhadores que lhe fez surgir nascer, por isso, a necessidade de lutar pelos direitos deles, contribuindo para a igualdade social e econômica, não se acomodando.

Referencias Bibliográficas

-COSTA, M. S. Reestruturação produtiva, sindicatos e a flexibilização das relações de trabalho no Brasil. RAE eletrônica, São Paulo, v. 2, n. 2, jul-dez. 2003. Disponível em: . Acessado em: 07 maio. 2017.

-ANDRADE, R. C. Por que os sindicatos são fracos no Brasil? Lua nova, São Paulo, p.3-4, jun. 1984.

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