A Diversidade de gênero no mercado de trabalho
Por: Lidieisa • 13/12/2018 • 3.363 Palavras (14 Páginas) • 380 Visualizações
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Mas isso só começou a ter lugar com os povos indianos com a invasão de seu território pelos povos indo-europeus. Essa preponderância dos homens em relação a quesitos religiosos, que excluía totalmente as mulheres, igualmente vingou na Grécia e em Roma, também civilizações da mesma origem étnica. No Brasil, até o século XIX, tiveram vários testemunhos do que as mulheres sofriam com a dominação do homem. Durante a Colônia e o império, as mulheres, por causa da herança, eram internadas forçadamente pelo pai ou irmão em conventos, e mesmo com toda essa situação a igreja ficava do lado do poder patriarcal.
Desde a antiguidade até o fim do século XVIII, a mulher ficou limitada às atividades domésticas e ao trabalho no campo.
A revolução industrial e o trabalho das mulheres
No Brasil, quando se deu o início de processo de colonização por Portugal, as mulheres permaneciam presas dentro de casa, somente podendo sair nas ruas com a companhia dos seus maridos ou pais. Em meados do século XIX, muitas mulheres ainda não podiam estudar, pois os patriarcas achavam que essa prática seria perigosa, e até mesmo desnecessária. Mas, isso só valia para mulheres de classes privilegiadas, as escravas e mulheres do povo eram submetidas a realizar trabalho pesado.
Com o surgimento da produção fabril, por conta da ganância, os burgueses começaram a levar para as linhas de produção crianças e mulheres. O trabalho nas indústrias tornou necessários algum nível de instrução simples, com isso, as meninas foram aceitas nas escolas, porém, os métodos que eles usavam era de educação separada por sexo.
Quando as mulheres tiveram acesso à educação, mesmo que precária, aconteceu o que os homens e patriarcas mais temiam: elas começaram a ter consciência da sua importância na sociedade e passaram a reivindicar seus direitos. No século XX, assistiu-se o desenvolvimento da consciência feminina à par da valorização do seu trabalho.
Com a utilização de novas formas de trabalho a produção teve um aumento considerável e o aperfeiçoamento das mesmas através de aplicação de novas tecnologias. Com a utilização da força do vapor e da energia elétrica toda a sociedade se beneficiou, pois, o adiantamento urbano logo se fez, onde as pessoas saíram do campo para irem procurar empregos em fábricas. E como já foi dito, as indústrias tinham de ter níveis básicos de aprendizado, com isso, aumentaram-se o número de escolas que visavam a educação básica. E a mulher, que antes era oculta na sociedade, foi substituída por outra que trabalhava fora de casa e ajudava o marido no sustento da família.
A mulher trabalhadora
Foi a partir do século XIX que a mulher passou a ser observada, descrita e documentada com uma atenção sem precedentes. Os contemporâneos da época passaram a debater a conveniência, a moralidade e até a legalidade da mulher no mercado de trabalho.
A mulher trabalhadora foi produto da revolução industrial pois a partir dela, se tornou uma figura visível e perturbadora. Sua visibilidade, resultado de sua percepção como um problema, fizeram com que duas justificativas marcantes e notáveis na época eclodissem.
A primeira alegava que fazer da mulher uma trabalhadora implicaria negativamente em suas obrigações com o lar, o marido e os filhos. O legislador Jules Simon chegou a dizer em 1860 que “uma mulher que se torna trabalhadora deixa de ser mulher”.
A outra justificativa, resultado de estudos de médicos, legisladores e estatísticos, tornavam “naturais” os fatos que diziam que a mulher tinha mais baixo valor produtivo que o homem, fazendo com que a voz feminina fosse calada cada vez com mais força.
A economia política e a mulher operária
Apesar das diferenças nacionais, assim como diferentes escolas de economia política dentro do mesmo país, alguns princípios básicos sempre eram os mesmos. Dentre eles, a noção de que o salário de um homem tinha de ser suficiente não somente para sua subsistência, mas também para manter uma família.
Mas, em contradição à isso, o salário da uma esposa, “tendo em conta a atenção que necessariamente tinha que dar aos filhos, não se esperava mais do o que suficiente para seu próprio sustento”. Ou seja, ao propor duas “leis” diferentes para o salário, os economistas distinguiam a força de trabalho segundo o sexo.
Além disso, em sua maioria, os sindicalistas procuravam proteger seus empregos e salários mantendo as mulheres afastadas das suas profissões e a longo prazo, afastadas do mercado de trabalho.
Entretanto, a nova função e voz feminina, como agente produtivo, levou-a a lutar pela aquisição de seus direitos. Atualmente, contrariando a legislação e segundo pesquisas, a mulher recebe menos que o homem no exercício de funções idênticas, porém, no Brasil contemporâneo já exercem cargos até então reservados somente aos homens, mostrando o quanto são igualmente capazes.
A sociedade industrial burguesa
A Revolução Feminina, iniciada no século XIX, foi de grande intensidade. Trata-se de um dos movimentos sociais mais marcantes que esteve ligado à Revolução Industrial. Esta teve um grande significado, alterando a estrutura do corpo social, firmou-se uma nova forma de família, com suas diferentes classes: proletária, classe média e a dos abastados. Todas elas caracterizam-se por serem nucleares.
A mulher que era isolada do convívio social, sem acesso a instrução, passa a ser tida como consumidora e não como agente produtivo. Este novo cenário irá permitir o acesso à instrução e vai descobrir os direitos que teve e que lhe foram tirados pelo patriarcalismo.
A emancipação progressiva da mulher brasileira
Durante muito tempo, a brasileira sofreu no isolamento interiorano das grandes casas, ocupada somente com os afazeres domésticos.
Nas fazendas, paradoxalmente, possuía maior liberdade de ação. Nas cidades, entretanto, sair à rua somente acompanhada do pai ou do marido, em um tipo de procissão doméstica.
Quanto ao ingresso da mesma no mercado de trabalho, isso teve lugar desde cedo, entre os grupos desprotegidos da sociedade: escravos, forros e libertos. Nesta época as escravas, no meio urbano, trabalhavam como “negras de ganho”, vendendo frutas, doces, etc.
As primeiras décadas do século XX assistiram as
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