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Fichamento História da Arquitetura e da Cidade

Por:   •  7/5/2018  •  1.635 Palavras (7 Páginas)  •  465 Visualizações

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precisamente, das artes, se inserem no contexto cultural contemporâneo dominado pela ciência, na medida em que são sustentados por uma ciência da arte (que, no fundo, é história da arte). ” (p. 85 - 86)

“A passagem do estágio da fruição imediata ao da fruição mediada de maneira “científica” implica precisamente uma “crise” [...]” (p. 86)

“Essa crise concretiza-se na dificuldade objetiva de conciliar a presença dos produtos de uma cultura estruturalmente artística com os de uma cultura estruturalmente científica e tecnológica. ” (p. 86)

“ Na verdade, está claro que a sobrevivência do patrimônio artístico não implica apenas questões de gosto, mas também de coexistência e de co-funcionalidade.” (p. 86)

“A luta não é entre cultura e incultura, mas ente duas culturas, a segunda das quais tem como meta a destruição da primeira, tida como oposta e como obstáculo a seu desenvolvimento. ” (p. 85)

“O critério de qualidade instaurado pela estética idealista com a definição da arte [...]. ” (p. 87)

“Devemos a este absurdo critério seletivo a destruição de conjuntos urbanos inteiros, só porque não eram “monumentais”, a dispersão de grandes mestres, a irremediável perda de quase toda a produção do artesanato, porque considerada “menor”. (p. 87)

“Não se pode pretender que o ambiente da vida contemporânea permaneça idêntico ao do passado, nem tampouco que se bloqueie o processo naturalidade envelhecimento e desagregação das coisas. ” (p. 88)

“A proteção dos patrimônios culturais deve certamente ser conservacionista, mas não conservadora. ” (p. 88)

“Mas cada época avalia segundo seus próprios conceitos de valor, e a nossa nega a identificação da obra artística com o bem privado. ” (p. 88)

“Dente os casos de destruição voluntária do legado que a história nos deixou, o mais macroscópico é o da cidade. ” (p. 88)

“O que se delineia no presente e no futuro imediato não é de maneira alguma uma oposição entre uma vontade de conservação e uma vontade de renovação.” (p. 89)

“Todavia, o novo deve produzir-se segundo metodologias científicas e o velho deve ser conservado segundo metodologias científicas. ” (p. 89)

“Em altos brados pedimos que a gestão do patrimônio cultural seja tirada das mãos dos burocratas e confiada aos especialistas [...]” (p. 89)

“Teremos, portanto, imaginem só, o especialista em bens imóveis e ambientais; a arqueologia formará uma só coisa com a arquitetura e o ambiente. ” (p. 90)

O significado da cúpula (p. 95 - 103). 4º capítulo.

ARGAN, G. C. História da arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999

“Vassari foi o primeiro a observar que a cúpula de Santa Maria del Fiore não devia ser relacionada apenas ao espaço catedral e respectivos volumes, mas ao espaço de toda a cidade [...]” (p. 95)

“[...]Alberti deu uma descrição interpretativa surpreendente da grande calota que havia aparecido (quase que por milagre, mas por um milagre da inteligência humana) no céu de Florença. “ (p. 95)

“A cúpula é uma representação porque visualiza o espaço, que por certo é real ainda que não seja visível; mas ela é justamente a representação do espaço em sua totalidade e não de algo que acontece numa porção de espaço. ”

(p. 96)

“Como objeto arquitetônico, a cúpula não tem um interesse particular, segundo Alberti, que sequer diz que se trata da catedral florentina e de seu acabamento – e que, para dizer “cúpula”, diz, ao contrário, estrutura. ” (p. 96)

“Aquela primeiríssima utilização da palavra “estrutura” para dizer arquitetura completa refere-se decerto à eliminação daquela mistura de elementos decorativos góticos que o próprio Alberti condenará em De re aedificatoria, mas implica também uma experiência bastante aprofundada da arquitetura gótica – e talvez, não só da italiana, em que a estrutura portante, com seu jogo de tensões e de impulsos, é claramente visível. ” (p. 97)

“A estrutura da cúpula, todavia, é manifestante uma estrutura não apenas portante, mas perspéctica ou representativa, cujas nervuras convergem para um ponto. Esse ponto é representativo do infinito, de modo que a estrutura arquitetônica é a própria estrutura do espaço. A cúpula, em certo sentido, pode ser considerada como um aparato perspéctico e experimental [...]” (p. 98)

“A qualidade estrutural que Alberti sublinha não está relacionada apenas à famosa solução técnica da construção sem armações. ” (p. 98)

“Uma cúpula que tivesse crescido sobre poderosos suportes desde o chão não iria ser, como ele queria, magnifica e “inchante”, um particípio que, empregado pelo próprio Brunelleschi em sua planta de trabalho, demonstra claramente que a estrutura devia equilibrar-se, não pesar e ser animada por um impulso expansivo. ” (p. 98)

“Conquanto não haja dúvida de que a cúpula externa tivesse uma função de cobertura e de proteção em relação à interna, e de que as duas cúpulas fossem diferenciadas em relação ao espaço fechado da igreja e ao espaço aberto [...]” (p. 99)

“O organismo se insere no espaço com força plástica acentuada pela decoração densa e pesada, ressentindo-se claramente da pressão atmosférica a que resiste, mas deformando-se.”

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