AS TEORIAS URBANAS
Por: Carolina234 • 4/11/2018 • 1.111 Palavras (5 Páginas) • 340 Visualizações
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Na terceira fase começam a ser pensadas não só os aspectos físico-territoriais mas também aspectos econômicos e sociais, por exemplo. Começa-se a perceber que o Urbanismo tem um nível de complexidade muito amplo, uma vez que todos os planos pensados até agora não são viáveis, por uma série de fatores, para uma implementação. Por fim, devido a um, não esperado, péssimo resultado a todo o planejamento feito até o momento, passam a ser idealizado uma cidade, sem diagnósticos técnicos e até mesmo mapas apresentando propostas. Isso tudo se dá a falta de tempo, depois de perceber que planejamento urbano vai muito além de um simples embelezamento. Quanto mais complexos e abrangentes tornavam-se os planos, mais crescia a variedade de problemas sociais nos quais se envolviam e com isso mais se afastavam dos interesses reais da classe dominante e portanto das suas possibilidades de aplicação. (VILLAÇA, 1999, p.214)
O plano mais significativo da época é o Plano Doxiadis para o Rio de Janeiro em 1965, que possuía quase quinhentas páginas de estudos técnicos. Propõe uma série de diretrizes necessárias para implementa-lo, partindo de um modelo ideal de diferentes tamanhos e hierarquias.
Uma nova, e última fase, da evolução do urbanismo teve que ser feita, desenvolvendo o planejamento urbano sob um Estatuto da Cidade, tendo como exemplo os espaços urbanos contemporâneos no mundo. A partir dessa fase são elaboradas leis federais que para uniformizar todos os municípios, e leis municipais, como a de uso e ocupação do solo, cada qual com suas especificações cabíveis de acordo com o planejamento de cada cidade. A lei de Uso e Ocupação do Solo se dá aos zoneamentos e loteamentos das cidades e o Estatuto da Cidade estabelece direitos e deveres para as autoridades que ali competem, e para todos os cidadãos que ali residem. O espaço urbano contemporâneo surge com inúmeras variáveis de vários aspectos afim de servir como base para o surgimento de Leis e Estatutos. “Nos anos de 1970, os planos passam da complexidade, do rebuscamento técnico e da sofisticação intelectual para o plano singelo, simples – na verdade, simplório – feito pelos próprios técnicos ou com diagnósticos reduzidos se confrontados com os de dez anos antes”. (VILLAÇA, 1999, p.221)
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