A História do Urbanismo

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E por fim após anunciado o projeto vencedor, houve muita crítica tanto a forma como foram julgadas as propostas, quanto a escolha do plano piloto de Lúcio Costa que possuía a apresentação mais rasa e sumária, com croquis feitos a mão e textos datilografados enquanto outras propostas continham uma infinidade de pranchas e inclusive maquetes. Haviam críticas também a respeito do curto prazo para análise e decisão do projeto vencedor, além de todos os envolvidos possuírem sempre alguma ligação com Oscar Niemeyer e, o fato de Paulo Antunes Ribeiro ter abandonado o júri, apenas fomentou mais as dúvidas quanto a seriedade deste concurso e aumentou o número de críticas. Enfim, com o passar do tempo, as críticas foram diminuindo e restaram apenas matérias que elogiavam a proposta escolhida.

Analisando melhor, percebe-se que a escolha dos vencedores foi feita baseada nos critérios modernistas, onde haviam sempre características estritamente racionais, zoneamento funcional, circulação e monofuncionalidade, dessa forma, para o júri fica claro que o fator de maior relevância foi a arquitetura da cidade e não as questões realmente urbanísticas, seus instrumentos e resultados. Por final, apesar de polêmico todo este processo do concurso de Brasília, hoje a cidade está em pleno funcionamento e, com seu tempo de vida é possível analisar melhora as características da proposta de Lúcio Costa, além de ver as consequências das decisões projetuais, observando o que realmente funcionou e o que gerou uma série de problemas e críticas para a cidade.

A proposta de Lucio Costa com Brasília ultrapassava os campos práticos de se construir um setor administrativo para o pais, a nova capital era uma síntese do Brasil moderno das autoestradas e industrias, afirmando a relevância do pais em um contexto internacional. “Brasília se comprova o que vem ocorrendo em vários setores das nossas atividades: já não exportamos apenas café, açúcar, cacau – damos também um pouco de comer à cultura universal”

O plano piloto de Lucio Costa foi escolhido com muito clamor do júri, que destacaram que a proposta do vencedor havia o espirito do século XX era novo, leve e aberto. Toda descrição feita pelo urbanista soa como uma poesia, destacando a acessibilidade e a dignidade que o design da cidade fornecia.