A Internet na Escola Pública
Por: Lidieisa • 21/2/2018 • 4.353 Palavras (18 Páginas) • 366 Visualizações
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Este artigo mostra a evolução do uso de tecnologias de informação e comunicação na Escola Estadual Antônio Carlos, no município de Juiz de Fora, que foi inserida no Projeto Escolas em Rede em 2006.
Em 2005 a Escola Estadual Antônio Carlos contava com quatro computadores administrativos (direção, secretaria, sala dos professores e biblioteca) e dez computadores no laboratório de informática do projeto ProInfo do Ministério da Educação, sem acesso a internet.
O uso do Laboratório de Informática pelos alunos ocorria apenas pelas turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental com uso de softwares educativos fornecidos pelo MEC. Históricos e declarações eram feitos a mão em formulários padrão comprados em gráficas e os boletins de notas entregues aos pais eram preenchidos pelos funcionários da secretaria a cada bimestre, ainda usando o esquema caneta azul para notas acima da média e vermelha para notas abaixo da média.
Chamava a atenção à necessidade de aperfeiçoar esses procedimentos e estava claro que o uso das tecnologias disponíveis era o melhor caminho.
Preocupava a falta de segurança no acesso aos equipamentos de informática da escola que eram compartilhados por funcionários da secretaria, professores e, em alguns casos, alunos. Como não havia controle de acesso, documentos, como provas de professores, ficavam em pastas no computador da biblioteca e da sala de professores que eram livremente usados por alunos que precisavam digitar ou imprimir trabalhos.
- A PRIMEIRA ESTRUTURA
A partir de 2006 verificou-se a necessidade de ampliar a estrutura administrativa e criar condições para viabilizar o acesso a internet, já que a escola foi incluída no Projeto Escolas Referência da Secretaria Estadual de Educação e diversas atividades de desenvolvimento pedagógico deviam ser respondidas com agilidade por e-mail ou em formulários na página da Secretaria Estadual de Educação. Beneficiada pelo Projeto Escolas em Rede, foi disponibilizada verba para fazer o primeiro contrato de acesso à internet, mas apenas o computador da direção pode ser conectado, pois não havia estrutura de rede para compartilhamento do serviço.
A partir da demanda de professores e funcionários e tendo em vista a demora dos recursos estaduais, decidiu-se usar recursos próprios, oriundos de festas e venda na cantina, para montar uma estrutura de rede que permitisse o acesso à internet nos computadores da administração e, posteriormente, no laboratório de informática. É importante acabar com a “tirania da geografia”, que exigia que dados fossem acessados fisicamente onde eles estavam (TANENBAUM, 2003). Com os computadores ligados em rede esses dados poderiam ser compartilhados localmente e pela internet.
A primeira estrutura de rede montada na escola surgiu da pesquisa e operacionalizações a partir de informações obtidas na internet e em manuais de configuração dos equipamentos.
No mais simples dos termos, é possível imaginar que o sistema de informações de uma empresa consiste em um ou mais bancos de dados e em algum número de funcionários que precisam acessá-los remotamente. Nesse modelo, os dados são armazenados em poderoso s computadores chamados servidores. Com frequência, essas máquinas são instaladas e mantidas em um local central por um administrador de sistemas. Em contraste, os funcionários têm em suas escrivaninhas máquinas mais simples, chamadas clientes, com as quais eles acessam dados remotos, por exemplo, para incluir em planilhas eletrônicas que estão elaborando.
(Tanenbaum , 2003)
Foi montada uma rede LAN (Local Area Network) usando uma estrutura com o padrão IEEE 802.3, mais conhecido como Ethernet, que é uma rede de difusão (broadcasting) de barramento com controle descentralizado, em geral operando em velocidades de 10 Mbps a 10 Gbps. Os computadores em uma rede Ethernet podem transmitir sempre que desejam; se dois ou mais pacotes colidirem, cada computador aguardará um tempo aleatório e fará uma nova tentativa mais tarde (TANENBAUM 2003).
Usando o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) o roteador da operadora permitia que as máquinas compartilhassem a internet através do uso de IP falso na rede interna que era mascarado na hora de acessar a rede externa via NAT (Network Address Translation).
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Figura 01 – Primeira estrutura de rede da escola.
Essa estrutura funcionou de forma satisfatória no primeiro ano, com correções de problemas locais à medida que apareciam.
Apesar de funcional, limitações para acesso de dispositivos móveis, problemas de segurança, tanto nos clientes como no tipo informação que trafegava na rede e a necessidade de ampliar o acesso à internet para o Laboratório de Informática foram fatores determinantes na decisão de repensar a estrutura de rede da escola.
- SERVIDOR DE DOMÍNIO
Na segunda montagem decidiu-se por uma estrutura Ethernet com o adicional de um servidor de domínio. Os computadores do Laboratório de informática e da administração usavam o sistema operacional Windows XP (OEM), mas a limitação do hardware disponível na escola e a necessidade de priorizar o uso de software livre por determinação do Governo Federal levou a montagem de um computador com sistema operacional Linux (na época usando Mandriva, atualmente Ubuntu) e usar o SAMBA para controlar um domínio privado.
O SAMBA é um conjunto de aplicações que permitem o compartilhamento de pastas e impressoras usando o protocolo SMB (Server Message Block) para comunicação de dados de baixo nível entre clientes Windows e servidores Unix numa rede TCP/IP (ECKSTEIN, 2003). O protocolo SMB foi criado numa ação conjunta entre a Microsoft e a IBM e implementado desde a versão 3.0 do DOS, sendo nativo de praticamente todas as versões do Windows.
O SAMBA tem várias funcionalidades que permitem aproveitar melhor a ligação dos computadores por rede.
Além da função de servidor de arquivos, o Samba pode ser usando também como Controlador de Domínio ou DC (Domain Controller), também conhecido como Controlador de Domínio Primário ou PDC (Primary Domain Controller). O Controlador de Domínio é responsável por fornecer autenticação para os clientes, sejam sistemas Linux ou Windows. Ou seja, apenas centraliza contas de usuários e fornece recursos voltados para a administração de usuários,
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