O Relatório de estagio supervisionado tem como seu objetivo que foram realizadas pelo estudante
Por: Hugo.bassi • 24/4/2018 • 1.729 Palavras (7 Páginas) • 328 Visualizações
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No escritório analisei varias planilhas orçamentárias antigas e atuais consegui identificar valores quantidades e materiais que estavam descritos nas planilhas, meu supervisor técnico mostrou como eram feitas algumas licitações e como atualizavam as planilhas para manter o controle das atividades e evitar desperdícios de matérias e controle total da obra visando também economia, por que hoje na construção civil o controle de gastos e de suma importância e depois analisamos algumas planilhas de AutoCAD 3D, e 2D.
Quanto ao canteiro de obras, este apresentou as seguintes instalações: área para preparo da argamassa, área para corte e dobra do ferro, deposito de agregados, deposito fechado para cimento e demais materiais utilizados na obra. Não havia alojamento, pois nenhum funcionário dormia na obra. Todo canteiro de obra foi fechado com tapumes de compensado. Foram alocados na obra os seguintes equipamentos: serra circular de mesa e betoneira além de ferramentas manuais.
O aterro das casas foi mecanizado, sendo que nos fundos do terreno houve a maior profundidade com 1,30m e foi reduzindo até chegar a 0,30 m na frente do terreno, a perfuração das estacas principais e intermediarias também foi mecanizada, foram utilizadas brocas de 25 cm de diâmetro com profundidade de 5m onde o aterro foi mais volumoso, de 4m onde o aterro foi menos volumoso, as estacas intermediárias foram perfuradas com 2,5m em todo o terreno, o cimento utilizado para o enchimento das estadas foi o CPII-Z-32 que é o mais indicado para a função estrutural, o proprietário afirma que “ sempre utilizou o z-32 para a parte estrutural e o f-32 para o assentamento dos blocos e reboco das paredes” , detalhe importante que na maioria das obras não é levado em consideração pelos responsáveis pela execução.
A brita utilizada foi a n° 2, a areia foi a de media granulometria, a água foi dosada conforme o pedreiro misturava os materiais na betoneira, ou seja, sem nenhum controle. Os outros materiais tinham algum controle pois se utilizaram de padiola para medição dos volumes dos mesmos. As ferragens das estacas e do baldrame foram todas armadas in loco, pelos próprios pedreiros, todas as estacas principais continham estribos na sua armadura espaçados a cada 30 cm, nas 7 armaduras do baldrame os estribos foram espaçados a cada 15 cm. Toda madeira utilizada no baldrame era nova e em quantidade suficiente para duas casas, assim sendo necessário fazer rodízio da madeira para as outras duas casas.
Durante a execução dos serviços foi possível verificar que os funcionários estavam bastante preocupados com o desperdício de materiais no canteiro de obras, onde tudo era reaproveitado, sempre procurando fazer os trabalhos com medidas corretas de materiais, talvez pelo fato de a maioria dos trabalhos serem efetuados por pedreiros mesmo e não por serventes. Além das padiolas para medir a areia e o cimento, a obra não contava com nenhum tipo de controle tecnológico do concreto, como por exemplo, a coleta de corpos de prova para verificar a resistência do concreto através de ensaios em laboratório o que é indicado para as obras. Como a dosagem de água foi feita visualmente, e não por calculo da relação água/cimento, não foi possível especificar a resistência do concreto utilizado na fundação das casas.
Quanto à segurança no trabalho, pode se verificar o total descaso com relação a esse item tão importante para a boa pratica do trabalho no canteiro de obras, por mais que se trabalhe com profissionais como era o caso, eles inventam as mais variadas desculpas para o não uso dos equipamentos de proteção individual e coletivo, “o capacete fica caindo, ou a aranha aperta muito a cabeça, a luva sua demais as mãos, o bico de ferro da bota machuca os dedos, os óculos embaçam muito”, e por ai vai a infinidade de argumentos contra esses equipamentos, tudo o que dizem é verdade mas o não uso pode causar sérios acidentes, que poderiam ser evitados.
Na obra em questão, como eles não eram cobrados e nem obrigados por nenhum tipo de supervisor ou encarregado, os trabalhadores não utilizavam nenhum tipo de EPI, ficando expostos a todos os riscos presentes na obra. A organização e limpeza do canteiro de obras também deixaram a desejar, por falta de tempo, como eles mesmos disseram se deixava muita coisa jogada, não organizavam o deposito de materiais com a freqüência necessária. Além do sanitário com lavatório, o canteiro não contava com nenhum outro tipo de área de vivencia, não é o correto, mas é o mais comum se tratando desse porte de obra em Campo Mourão. A obra contava com instalações provisórias de luz e água, sendo que instalação de luz era trifásica, pois era necessário para a máquina que fez a perfuração das estacas, e para a betoneira.
Sendo o estágio uma preparação para o mercado de trabalho, pois apresenta a realidade da atuação do engenheiro civil, de forma geral, consideramos que o mesmo caracterizou-se produtivamente.
As atividades desenvolvidas foram acompanhadas por profissionais atuantes, aptos e responsáveis, prontos a esclarecer dúvidas e questionamentos a cerca das atividades desenvolvidas em campo.
A vivência contribuiu para uma maior familiarização com o processo construtivo e as várias etapas que o compõem, auxiliando na interpretação e entendimento da sequência correta de execução. Também foram detectadas algumas dificuldades e necessidade de melhoria nos mecanismos de comunicação entre os colaboradores no canteiro da obra, bem como a imensa dificuldade em se conseguir mão de obra qualificada e constante em tal tipo de empreendimento.
Ressalta-se a importância da figura do coordenador de estágio, pois o mesmo contribui de forma significativa, emprestando sua experiência e profissionalismo à esta ferramenta de aprendizagem. O acompanhamento do professor orientador foi dado por encontros semanais no sábado na Universidade CEUMA para esclarecer todas as dificuldades e orientação quanto as atividades dos estágios.
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