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Método de Revestimento Para Controle de Corrosão Muito Utilizado na Indústria Química

Por:   •  25/6/2018  •  4.900 Palavras (20 Páginas)  •  421 Visualizações

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O preenchimento da folga entre os materiais de base depende de a capacidade do metal de adição fundido molhar o material de base, essa capacidade de uma fase liquida espalhar-se sobre um sólido chama-se molhabilidade. De acordo com Machado (1996) a brasagem só ocorre devido a existência dos fenômenos da molhabilidade e capilaridade. A brasagem pode ser realizada por diversos meios de aquecimento, entre as mais utilizadas estão a brasagem com maçarico, em forno, por indução, por resistência elétrica, por resistência e por imersão, na tabela abaixo pode ser visto na figura abaixo pode ser visto os principais metais de adição e os métodos de aquecimento que podem ser utilizados para o determinado metal de base.

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Fig x – Comparação de seleção do processo de soldagem

8.1.1 Brasagem por maçarico

Na brasagem por maçarico é empregado como fonte de calor um maçarico, que queima uma mistura de um gás combustível, normalmente acetileno, propano, GLP ou gás natural com um comburente, geralmente oxigênio, segundo Machado (1996) a seleção da combinação mais conveniente depende da quantidade de calor e temperatura necessárias para a operação. O método de brasagem por maçarico é realizado de forma manual, parcialmente automatizada, sendo utilizado geralmente sobre aços ao carbono, baixa liga e inoxidáveis, além de ligas de alumínio, cobre e magnésio.

Deve ser aplicado o fluxo sobre a superfície limpa da junta, já que o metal de adição de acordo com Wainer (1992) só conseguirá se espalhar pelas superfícies da peça, se não houver presença de óleos, graxas, óxidos, resíduos de tintas e outras sujidades. O fluxo deve ser aplicado abundantemente na forma de pó ou pasta e possuem composição que permita dissolver as películas de óxidos formadas no metal de base sem provocar excessiva corrosão, o fluxo deve fluir pela região de brasagem e protegê-la da ação atmosférica ambiente durante o ciclo de aquecimento, sua composição vai depender principalmente da natureza do metal de adição utilizado, devido a influência da temperatura de aquecimento.

Após a aplicação do fluxo, é realizado o aquecimento do metal de base fazendo uso de um maçarico normalmente utilizando uma chama oxiacetilênica, o aspecto do fluxo no aquecimento pode ser um bom indicador de que se atingiu a temperatura ideal para a aplicação do metal de adição, onde o aparecimento de estrias pretas é sinal de superaquecimento. O metal de adição na forma de vareta ou arame então é depositado na superfície da peça, como a superfície da peça está aquecida, o metal de adição flui, preenchendo a região entre elas ou sendo utilizado como revestimento, os metais de adição devem ser pré-colocados ou aplicado antes do aquecimento.

8.1.2 Brasagem por forno

Outro tipo de aquecimento para o processo de brasagem é o por forno, sendo utilizado fornos a gás, óleo ou elétricos. Esse método segundo Wayner (1992) é utilizado geralmente para a produção em massa, para peças relativamente pequenas, já que os tamanhos das peças podem impossibilitar o transporte do material para o forno, além da dificuldade no manuseio dentro do forno. O procedimento é basicamente o mesmo do processo por maçarico, onde é realizado a limpeza, montagem, fixação, brasagem (por forno) e resfriamento, como o operador não tem acesso ao interior do forno, o material de adição é pré-colocado e então a peça é posicionada no interior do forno. Uma das diferenças e vantagens desse tipo de aquecimento para os outros é que esse método utiliza atmosferas protetoras que livram as peças da oxidação e da descarbonetação para o caso dos aços, onde para atuar de forma protetora e permitir que o metal de adição molhe o metal de base, é necessário que ela seja redutora, com a presença dessa atmosfera não é obrigatório a utilização de fluxo. As atmosferas podem ter diversas naturezas, podendo ser classificadas em atmosfera exotérmica rica (12,5 a 15% de hidrogênio e 11% de CO), Atmosfera rica em nitrogênio, atmosfera de amônia dissociada e atmosfera de vácuo que é adequado para a brasagem de materiais que tenham óxidos de difícil remoção, como níquel e superligas, o baixo vácuo é indicado quando o metal de base ou de adição são voláteis na temperatura de brasagem. A temperatura de aquecimento irá depender da natureza do metal de adição e do material de base, estando ela acima do ponto de fusão do material de adição e abaixo do material de base, sendo outra vantagem desse processo a precisão do nível da temperatura além de maior uniformidade de sua distribuição quando comparada ao aquecimento por maçarico. As peças são resfriadas em uma câmara adjacente ao forno, onde também se utiliza uma atmosfera protetora. Uma das desvantagens do processo é que a atmosfera de proteção possui componentes tóxicos e gases combustíveis que podem gerar incêndios e explosões.

8.1.3 Brasagem por imersão

Outro tipo de aquecimento para brasagem, é o por imersão, onde pode ser visto na obra de Wainer (1992) como sendo um método que utiliza um banho de sal ou metal fundido e protetor para receber as peças a serem brasadas, onde esse banho gera aquecimento suficiente para fundir o metal de adição e criar uma ação fluxante na superfície das peças. Esse método é o mais eficiente para uma produção em massa, já que requer um menor tempo de aquecimento. Para o caso de revestimento o material de adição é fundido e reveste a superfície da peça.

8.1.4 Brasagem por indução

Mais um tipo de aquecimento para o processo de brasagem é por indução, onde simplesmente uma corrente elétrica alternada é induzida nas peças que serão brasadas através de uma bobina que é conectada a uma fonte de energia elétrica, o calor dissipado faz a brasagem do revestimento na superfície da peça. Segundo Wainer (2012), O aquecimento ele é restrito a uma pequena área, onde posteriormente se propaga ao restante da peça por condução ou pela variação da posição da peça em relação a bobina. O procedimento anterior ao aquecimento é basicamente o mesmo de todos os outros métodos de aquecimento.

8.1.5 Brasagem por resistência

A brasagem por resistência utiliza como fonte de calor a circulação de corrente pelas peças que serão brasadas, o que provoca a fusão apenas do material de adição, e então pode ser realizado o revestimento. A corrente é gerada nas peças através do

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