FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS (Diretas ou rasas)
Por: eduardamaia17 • 13/3/2018 • 5.676 Palavras (23 Páginas) • 359 Visualizações
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3.1.2 RESISTÊNCIA DE ATRITO LATERAL OU DE FUSTE ...................................................................................... 22
3.2 CARGA ADMISSSÍVEL - COEFICIENTE DE SEGURANÇA..................................................................................... 24
3.3 MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS............................................................................................................................ 25
3.3.1 MÉTODOS BASEADOS NO SPT .................................................................................................................. 25
ANEXO 01 - PARÂMETROS GEOTÉCNICOS A PARTIR DE SONDAGENS A PERCUSSAO........................................... 27
PUCPR – ESCOLA POLITÉCNICA – ENGENHARIA GEOTÉCNICA VI
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1. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS (Diretas ou rasas)
1.1 DEFINIÇÕES
Uma fundação é dita superficial quando:
a) a carga da estrutura P é transmitida ao terreno adjacente pela pressão considerada uniformemente
distribuída q sob a base da fundação;
Figura 1 – Definição de fundação superficial
b) a profundidade de assentamento Df em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor
dimensão B da fundação.
Figura 2 – Definição de fundação superficial
1.2 EMPREGO
As fundações superficiais são empregadas quando a resistência do solo na superfície é compatível com as
cargas aplicadas pelas estruturas e quando o custo da fundação superficial é mais econômico que a solução em
fundações profundas.
1.3 PRINCIPAIS TIPOS
1.3.1 BLOCOS
Elemento de fundação superficial executado em concreto, dimensionado de modo que as tensões de tração
sejam resistidas pelo concreto sem necessidade de armadura. Pode ter suas faces verticais, inclinadas ou
escalonadas e apresentar, em planta, seção quadrada ou retangular.
P
q
N
B
q
P
Df
Df 2 x B
NT
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Figura 3 – Bloco superficial
1.3.2 SAPATAS
Elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele
produzidas sejam resistidas pelo concreto com auxílio de uso de armadura.
Figura 4 – Sapata isolada
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1.4 DIMENSIONAMENTO
1.4.1 BLOCO SUPERFICIAL NÃO ARMADO
Deverá ter área da base (a x b) tal que as pressões transmitidas ao solo sejam compatíveis com a pressão
admissível ou taxa de trabalho q do terreno de fundação.
Deverá ter inclinação tal que as tensões de tração sejam absorvidas pelo próprio concreto. Desta forma é
necessário atender a equação
Sendo que deve ser expresso em radianos e fct é a tensão de tração no concreto expressa por
onde f
ctk é a resistência característica à tração do concreto cujo valor pode ser obtido a partir da resistência
característica à compressão fck pelas equações:
Tabela 1 – Determinação da inclinação do bloco superficial
(o) tg/ (o) tg/
50 1,365649 66 1,949825
52 1,410293 68 2,085471
54 1,460387 70 2,248841
56 1,516866 72 2,449143
58 1,580904 74 2,700191
60 1,653987 76 3,023695
62 1,738027 78 3,455839
64 1,835527 80 4,061756
Como o bloco superficial possui grande rigidez pode acontecer que seu peso próprio G influa no
dimensionamento da fundação. Assim a verificação final deverá atender a:
OBS.: O volume V de um tronco de pirâmide de área da base maior A (base do bloco), área da base menor a
(seção do pilar) e altura h é dado pela expressão:
O peso do tronco de pirâmide (bloco superficial) será: G = c x V
P q
A ab
1
fct
tg q
fct m fck 3 fctk ,inf fct ,m fctk ,sup fct ,m
2
,
0,3 0,7 1,3
fct 0,4 fctk 0,8MPa
q
P G
ab
V h A a A a
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PUCPR
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