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Trabalho Tendências Educacionais e Suas Influências no Brasil

Por:   •  7/6/2018  •  1.628 Palavras (7 Páginas)  •  399 Visualizações

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Também temos a linha Piagetiana, de Jean Piaget que teve grande papel na pedagogia brasileira principalmente na época da escola renovada, mas que se estendeu até os dias atuais. Segundo Piaget o processo de aprendizagem consiste em assimilação e acomodação do aluno, resultando em adaptação, ou seja, aprendizado.

Em resumo, entendemos sobre Escola nova ou Escola Renovada um movimento social que pedia pela inclusão de educação para as classes mais baixas e a necessidade com a chegada da democracia de pessoas mais conscientes, ativas e capazes de direcionar suas próprias vidas, nasce o homem moderno. "Do ponto de vista da Escola Nova, os conhecimentos já obtidos pela ciência e acumulados pela humanidade não precisariam ser transmitidos aos alunos, pois acreditava-se que, passando por esses métodos, eles seriam naturalmente encontrados e organizados” (FUSARI e FERRAZ, 1992, p. 28). Essa tendência torna o professor figura secundária e coloca o aluno no centro do processo, dando-o assim autonomia para criar, inventar, descobrir e despertar o interesse em si próprio e o educador irá apenas facilitar esse caminho.

Ao final da década de 60 surge a última ramificação da tendência liberal no Brasil, o Tecnicismo, com uma abordagem quase mecânica de educação autoritária, encabeçado principalmente pelo regime militar. Movimento influenciado pelo Behaviorismo, defendido pelo comportamentista norte-americano Skinner (vale assistir o filme Laranja Mecânica 1973, para entender mais a fundo a sua abordagem). Se aproveitando do golpe os militares refazem o cenário educacional a seu modo, e o seu modo era totalitário e inquestionável. Tinham como principal interesse atender as necessidades da sociedade capitalista e manterem a posição de dominação.

O tecnicismo tinha abordagem sistêmica de educação, extremamente controladora das ações dos alunos e também dos professores, tudo para evitar rebeliões contra o regime, censurando e perseguindo todos que fossem contra. Isso foi um retrocesso para educação que estava tendo como base o pensamento livre e crítico sobre o mundo na tendência anterior. É importante frisar que o tecnicismo tinha a intenção de educar com base na racionalidade, eficiência e produtividade mas não no senso crítico e esse foi o erro, formar robôs para o mercado capitalista e não seres humanos. Essa tendência perdurou durante as décadas de 70 e 80 e marcou fortemente o país e ainda existem resquícios da sua influência nos dias atuais.

Passados os obscuros anos que o regime militar esteve no poder, o tecnicismo caiu e consigo sua filosofia, surgia então o progresso educacional.

Mais uma vez a França influenciando o método de ensino no Brasil, surge a tendência Progressista Libertadora, com ideais pouco populares e tendendo a beneficiar mais uma vez a classe dominante. O seu principal defensor foi o filosofo francês Pierre Bourdieu onde desenvolveu trabalhos sobre educação, entre eles (La Reproduction - 1970) e tentava "legitimar as diversas formas de dominação, as razões do fracasso escolar e a marginalização da classe trabalhadora". Ao final da década de 70 surge uma ramificação da corrente progressista, a Libertária que diferente da sua antecessora tinha uma proposta de inclusão de classes. Havia naquele momento uma intensa mobilização de alunos e professores em busca de uma educação crítica, inclusiva e justa. Esse sentimento era derivado do intenso momento de repressão que o país havia passado pelo autoritarismo e dominação sócio-política do regime.

Dentre os defensores dessa nova pedagogia libertadora está o educador pernambucano Paulo Freire, que lutava por uma escola conscientizadora, onde aluno e professor estão posicionados como sujeitos do ato de conhecer. Devido a sua característica de movimento popular, essa tendência esteve muito presente nas escolas públicas e nas universidades, mais que em escolas particulares. E é compreensível que tenha sido assim, a burguesia não desejava uma equiparação de qualidade de ensino, é perceptível até atualmente que a segregação de classes, e essa é a teoria de escola Dualista (1971), onde a escola seria dividida em duas grandes classes: a escola burguesa e a escola do proletariado.

Por último, mas não menos importante, temos a tendência progressista crítico social. Esta tendência prioriza, na sua concepção pedagógica, o domínio dos conteúdos científicos, a prática de métodos de estudo, a construção de habilidades e raciocínio científico, como modo de formar a consciência crítica para fazer frete à realidade social injusta e desigual. Busca instrumentalizar os sujeitos históricos, aptos a transformar a sociedade e a si próprios. Sua metodologia defende que o ponto de partida no processo formativo do aluno seja a reflexão da prática social, ponto de partida e de chegada, porém, embasada teoricamente.

CONCLUSÃO

O estudo revela que as tendências educacionais divergem entre si, enquanto uma diz que deve-se formar um cidadão crítico e capaz de fazer uma reflexão da sociedade, outra diz que o importante é a transmissão de conteúdos para formar cada vez mais pessoas menos críticas.

Até que ponto podemos aplicar cada tendência dentro da escola para aperfeiçoar o ensino-aprendizagem? Algumas instituições adotam ou uma ou outra tendência sendo que, o que deve ser feito é aliar a forma como as tendências liberais colocam a criticidade dos alunos e a forma como as tendências progressistas visa

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