CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA: PROPRIEDADES DO SOLO

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Há diferentes maneiras de se classificar os solos, como pela origem, pela sua evolução, pela presença ou não de matéria orgânica, pela estrutura, pelo preenchimento dos vazios, etc. De acordo com o seu processo geológico de formação os solos podem ser classificados em três grupos principais: residuais e sedimentares, a depender da existência ou não de um agente de transporte na sua formação, ou ainda orgânicos. O solo de estudo trata-se de solo residual;

SOLOS RESIDUAIS: Solos residuais são os solos que permanecem no local de decomposição da rocha que lhes deu origem. Para a sua ocorrência é necessário que a velocidade de remoção do solo seja menor que a velocidade de decomposição da rocha. A velocidade de decomposição depende de vários fatores, entre os quais a temperatura, o regime de chuvas e a vegetação. As condições existentes nas regiões tropicais são favoráveis a degradações mais rápidas da rocha, razão pela qual há uma predominância de solos residuais nestas regiões (centro sul do Brasil, por exemplo). Como a ação das intempéries se dá, em geral, de cima para baixo, as camadas superiores são, via de regra, mais trabalhadas que as inferiores. Este fato nos permite visualizar todo o processo evolutivo do solo, de modo que passamos de uma condição de rocha sã, para profundidades maiores, até uma condição de solo residual maduro, em superfície.

4 PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO

Após coleta do solo, foram realizados diversos ensaios no laboratório da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, para obtenção de parâmetros e dados que possibilitem o pleno conhecimento do solo presente. O conhecimento destes dados traz uma leitura perfeita em relação ao tipo de solo, e aprofundando o estudo, é possível definir as cargas que ele suporta, aplicando diretamente em obras de infraestrutura.

4.1 DENSIDADES E PESOS DO SOLO:

A amostra do solo coletada no terreno apresentou uma densidade de 1.965 g/cm³ este resultado foi obtido pela razão entre massa e volume da amostra. Já no cálculo da densidade real, pelo método do picnômetro, a densidade registrada foi de 1,881 g/cm³. O peso específico natural do solo é de 1,965kg/m³

Após pesar o solo, aquecer até que a umidade evapore e pesar novamente, chegou-se a conclusão de que o percentual de água, umidade, presente na amostra é de 11,03%

TABELA DE DENSIDADE

Picnômetro nº

E1

E2

Picnômetro Vazio e Seco

P1

30,22

46,01

Peso Picnômetro + Amostra

P2

50,22

66,01

Peso Picnômetro + Amostra + Água

P3

91,97

157,24

Peso Picnômetro + Água

P4

81,25

148,48

Temperatura T1

P3

24,00

24,00

Temperatura T2

P4

23,00

23,00

Densidade

2,155

1,779

Média

1,965

g/cm³

4.2 GRANULOMETRIA

O ensaio de granulometria é o processo utilizado para a determinação da percentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de partículas representa na massa total ensaiada. Através dos resultados obtidos desse ensaio é possível a construção da curva de distribuição granulométrica, tão importante para a classificação dos solos bem como a estimativa de parâmetros para filtros, bases estabilizadas, permeabilidade, capilaridade, entre outros fatores.

[pic 5]

DADOS DO ENSAIO

PORCENTAGEM

PENEIRAMENTO

FRAÇÃO GROSSA

Peneira

Peso da Peneira

Peneira + Material

Material Retido

RETIDA

PASSANTE

Fração Fina

Fração Grossa

Acumulada

Fração Fina

Fração Grossa

Nº

mm

( g )

( g )

( g )

3"

76,2

0,00

0,00%

0,00%

100,00%

2"

50,8

0,00

0,00%

0,00%

100,00%

1,5

38,1

0,00

0,00%

0,00%

100,00%