Tratamento de Resíduos Sólidos e Técnicas para Tratamento de Solos Contaminados

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O principal problema ambiental da incineração é a poluição do ar, por conta dos gases e partículas liberados na atmosfera. Outro produto perigoso da incineração são os resíduos sólidos que se formam após esse processo, chamados de cinza de fundo e cinzas volantes, que são especialmente perigosos, pois são bastante tóxicas e podem lixiviar-se.

Os controles das emissões dos incinerados de lixo sólido municipal não controlam grande parte dos gases liberados. Os controles comuns incluem filtros de mangas, que são sacos de tecido, usados para retenção de partículas de 0,5 presentes no fluxo de gases efluentes. E também é comum uso de lavadores de gás.[pic 1]

Incineradores que trabalham como resíduos perigosos são mais elaborados do que os que queimam lixo municipal, pois os materiais precisam ser destruídos de maneira mais completa e as emissões de gases mais controladas. Os dois tipos mais comuns de incineradores de resíduos tóxicos são o incinerador de forno rotatório e o de injeção de líquidos.

Todos os processos acima fazem o uso da oxidação como meio para a destruição de resíduos perigosos. O Processo de Redução Química é um processo com reciclagem total, que não libera emissões descontroladas e emprega uma atmosfera redutora, em vez de oxidante, para destruir resíduos perigosos.

Reciclagem de Lixo Doméstico e Comercial

Nos últimos anos, vem crescendo a pressão nos países desenvolvidos com relação à reciclagem, descarte correto de materiais e descarte de materiais após um único uso. Este último, principalmente devido o fato da grande quantidade de materiais descartados em aterros sanitários e que poderiam ser reutilizados. Para isso, foi desenvolvida a filosofia de gerenciamento de resíduos empregando os “quatro Rs” que tem o propósito de reduzir a quantidade de materiais usados, reutilizar os materiais uma vez formulados, reciclar materiais mediante processos de refabricação e recuperar o conteúdo energético dos materiais caso não possam ser reutilizados ou reciclados.

Em contrapartida, existe grande resistência à reciclagem de alguns materiais, como o papel, vidro e plásticos, pois não gera ganhos econômicos tão favoráveis quanto a reciclagem do metal. O papel, por exemplo, sua reciclagem apresenta mais ou menos a mesma quantidade de energia utilizada ao se comparar com a sua produção, sendo que a produção do papel a partir de matéria virgem é eficiente que a sua recuperação, e ele têm um número limitado de reciclagens.

Portanto, ao pensar em reciclagem, deve-se levar em consideração o benefício ambiental, pois economicamente por algumas vezes, a reciclagem não é favorável.

Solos e Sedimentos:

A maioria dos solos é composta principalmente por partículas pequenas provenientes das rochas expostas ao intemperismo, que são os silicatos minerais. Com o tempo, o intemperismo dos silicatos minerais pode envolver reações químicas com água com ácidos em que ocorre a substituição de íons. Essas reações formam substancias muito importantes presentes no solo chamadas de minerais de argila. Além dos minerais, outros componentes constituem o solo, como matéria orgânica, água e ar. A proporção de cada um varia de um tipo de solo para outro.

A cor escura do solo vem da matéria orgânica constituída por um material chamado húmus, que deriva de plantas que realizam a fotossíntese e da composição efetuada por organismos vivos.

Sedimentos são camadas de partículas minerais e orgânicas, que se encontram em contato com a parte inferior dos corpos de água natural como lagos, rios e oceanos. Os sedimentos são o local onde se depositam muito produtos químicos, especialmente metais pesados e compostos orgânicos como pesticidas. Por conta disso, produtos tóxicos podem ser transferidos para organismos vivos que habitam essa região.

A Fixação de Metais Pesados aos Solos e Sedimentos:

O destino final dos metais pesados e de compostos orgânicos tóxicos é sua decomposição e soterramento em solos e sedimentos, sendo acessíveis para raízes de plantas cultivadas em plantações. Tanto os solos como os sedimentos atuam como reservatórios na retenção de metais pesados.

Remediação de Solos Contaminados:

Mesmo as regiões mais afastadas podem apresentar áreas de solo contaminado. Isso se deve a atividades em escala industrial que acabam por contaminar toda a área ao seu redor.

Solos contaminados são encontrados com maior frequência próximos a locais de descarte de lixo, indústrias, oleodutos e postos de gasolina.

As tecnologias usadas para remediação podem ser in situ, ou seja, no local da contaminação, ou ex situ, removendo a matéria contaminada para outro local.

As remediações podem ser de três formas: retenção ou imobilização, mobilização e destruição.

A retenção consiste em, quando in situ, cobrir o local contaminado com argila ou com muros de retenção de baixa permeabilidade que impeçam que os contaminantes se espalhem. E quando feitas ex situ, o solo é escavado e colocado em um aterro especial.

Imobilização: solidificar e estabilizar os resíduos. Por meio dessa técnica, a solubilidade e a mobilidade dos contaminantes são diminuídas.

Mobilização: lavagem do solo e extração dos vapores contaminantes, aquecimento do solo e abertura de poços para a injeção de ar para remover os vapores, os contaminantes são removidos com o auxílio de poços perfurados no solo, aplicando a extração a vácuo. Fluidos são injetados por cavidades no solo para retirar os contaminantes.

Destruição: É a única técnica que elimina os contaminantes perigosos permanentemente, porque transforma os contaminantes por via química ou bioquímica.

Para remediar os solos, também são usadas técnicas eletroquímicas, que consiste na colocação de eletrodos no solo contaminados e a aplicação de uma voltagem entre eles, utilizando a água do solo como eletrólito.

A Análise e a Remediação de Solos e Sedimentos Contaminados:

Vários tipos de remediação têm sidos usados para a descontaminação de sedimentos altamente contaminados. Uma maneira simples consiste em cobrir tais sedimentos com solo ou sedimentos limpos, colocando uma barreira entre poluentes e o sistema aquático. Outros métodos químicos e biológicos