Metodologia Científica - Pré Sal
Por: eduardamaia17 • 26/4/2018 • 1.590 Palavras (7 Páginas) • 339 Visualizações
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4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
PRÉ-SAL: Desafios científicos e ambientais
Modernas tecnologias levaram a descoberta de imensas reservas de petróleo no Brasil e no resto do mundo; extrair óleo e gás de grandes profundidades é uma difícil missão para geólogos e engenheiros e um dilema para um planeta em mudança climática (Christante, 2009, p. 26).
De acordo com Christante (2009, p. 26), no ano de 1970 a 1980, era muito comum escutar que o petróleo iria se esgotar por volta da década de XX, o Pró-Álcool, por exemplo, que hoje coloca o país em posição em destaque na corrida mundial por biocombustíveis, foi fortemente motivado por essa promessa que hoje se mostra muito equivocada. A descoberta de imensas reservas de óleo e gás na Bacia de Santos, em profundidades que vão até 7 km abaixo da superfície da água, o chamado pré-sal.
Quem apostava que o petróleo iria se esgotar não contava com vários avanços tecnológicos que viriam mais a frente, graças a esses avanços foi permitido enxergar mais nitidamente as partes menos acessíveis da litosfera (seu principio é semelhante a uma maquina de ultrassom na medicina).
Formado no curso de geologia da UNESP em Rio Claro, Moraes se especializou em geofísica e foi responsável pela interpretação dos dados sísmicos que levou à descoberta de Tupi na Bacia de Santos e o primeiro a entrar em fase experimental de produção. Embora só tenha sido divulgada em junho de 2006 sua existência o potencial de Tupi já era conhecido pela empresa desde 1990.
Desafio Carbonático
De acordo com Christante (2009), o grande objetivo primeiramente é vencer a camada de salina (que se deforma à medida que é perfurada) e de fato é um dos grandes desafios, mas não o maior que consiste em conhecer as características das rochas carbonáticas microbianas onde o petróleo do pré-sal esta alocado, pois a crosta brasileira é o único lugar pelo menos até o momento em que esse tipo de rocha guarda hidrocarbonetos, logo nem as grandes empresas como Petrobras, nem ninguém, tem experiência no assunto.
Porém as demais reservas brasileiras de petróleo têm outra origem geológica, bem mais recente que se localizam acima da cama de sal, e os hidrocarbonetos, na forma de óleo ou gás estão instalados em arenitos turbíditicos (um tipo de rocha formada pelo movimento intenso de águas turvas, carregadas de areia e lama.
Porém as demais reservas brasileiras de petróleo têm outra origem geológica, bem mais recente que se localizam acima da cama de sal, e os hidrocarbonetos, na forma de óleo ou gás estão instalados em arenitos turbíditicos (um tipo de rocha formada pelo movimento intenso de águas turvas, carregadas de areia e lama).
Os Hidrocarbonetos são compostos que apresentam em sua composição átomos de Carbono e Hidrogênio.
Alcanos: são hidrocarbonetos alifáticos saturados, isto é, apresentam cadeia aberta com simples ligações apenas.
Alcenos: ou olefinas, são hidrocarbonetos alifáticos insaturados que apresentam uma dupla ligação.
Alcinos: são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma tripla ligação.
Alcadienos: são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por duas ligações duplas.
Cicloalcanos: apresentam cadeia fechada com apenas simples ligações.
Cicloalcenos: são hidrocarbonetos cíclicos insaturados por uma dupla ligação.
Aromáticos: ou Arenos, são hidrocarbonetos em cuja estrutura existe pelo menos um anel benzênico (aromático).
Efeito do Clima
Segundo Christante (2009), além das rochas já citadas acima, temos mais duas características, uma boa e outra ruim, que torna o petróleo do pré-sal especial. A boa se trata de ser melhor qualidade que os da reserva, uma vez que possui um teor maior de hidrocarbonetos mais leves, mais valorizados pela indústria petroquímica que dão origem a vários derivados mais nobres, graças à profundidade das rochas carbonáticas e da presença de sal que impede a penetração de bactérias que degradam as frações voláteis dos hidrocarbonetos. A má noticia, é com os hidrocarbonetos que tem um alto teor de gás carbônico (CO²) no pré-sal, em tempos de aquecimento global é visto como um grande problema que é o principal gás do efeito estufa.
Tecnologias para melhorar o processo de separação de óleo, gás e água
Conforme Cesário, Santos, Souza (2012), os esforços mais definidos atualmente, pelo menos, é diminuir o tamanho das plataformas diminuindo o custo, trocando por sistemas mais compactos, e esses projetos estão sendo feitos no Programa de Engenharia Mecânica da Coppe, por uma equipe comandada pelo professor Atila Freire, da área de Mecânica de Fluidos.
Três laboratórios de 6 mil metros quadrados, estão sendo construídos com recursos da Petrobras para auxiliar a melhorar as diversas tecnologias de separação de elevação do petróleo e do gás natural e como diminuir como citado acima por Christante a grande quantidade de CO² que além do efeito estufa também interfere em formar padrões de escoamento que aumentam a perda de carga, requerendo um aumento da pressão que faz o fluido escoar pela tubulação.
Tecnologia nacional para extração de petróleo e gás do pré-sal
O petróleo existente na camada do pré-sal não é de fácil extração, inclusive em sua descoberta envolveu grandes esforços significativos. Em virtude dos avanços na área sísmica de reflexão, foi possível detectar jazidas abaixo de uma camada salina que chega a 2 mil metros de espessura e com temperaturas muito elevadas.
Atualmente, a geofísica é capaz de oferecer novas tecnologias capazes de melhorar o imageamento dos dados em profundidade, como fontes acústicas com maior potência, coletas repetitivas em 4D e técnicas wide azimuth para ter uma melhor resolução do sinal sísmico no reservatório, especialmente no Golfo do México.(GOUVEIA, 2010)
5 – METODOLOGIA
Com todo esse contexto analisado, o que mais se destaca é o que diz a respeito sobre as rochas carbônicas, segundo a autora Christante (2009, p.29-30) diz que ‘’a crosta brasileira é o
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