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TEMAS EM PSICOLOGIA SOCIAL

Por:   •  30/10/2018  •  1.435 Palavras (6 Páginas)  •  454 Visualizações

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FATORES QUE FACILITAM / DIFICULTAM O COMPROMETIMENTO

Os principais fatores que facilitam uma atitude de comprometimento com o trabalho dizem respeito a identificação com o trabalho, as características de personalidade e valores éticos – morais. Por outro, para haver comprometimento é preciso que a instituição ofereça boas condições de trabalho, tais como espaço e recursos materiais suficientes e adequados . Quando aos fatores que dificultam o CT, todos os profissionais identificaram os baixos salários recebidos na saúde publica como aquele mais significativo. Isto faz com que os profissionais tenham que buscar outros vínculos empregatícios para manter um padrão de renda compatível com suas necessidades. Em seguida identificam na má gerencia institucional e administrativa outro fator decisivo para que haja um descompromisso com o trabalho . Nota se também que, para esses profissionais, a falta de reconhecimento por parte da instituição e dos próprios usuários interfere na questão do envolvimento com o trabalho, pois os profissionais sentem que o seu trabalho não tem a devida relevância social.

A progressiva e permanente transformação do SUS e a pratica requerida aos psicólogos nesse setor permitiram significativos avanços no desenvolvimento de uma atuação mais pertinente e resolutiva por parte dos psicólogos; entretanto, como mostra parte da literatura recente, ainda há muito a ser revisto. Temos um cenário que aponta a importância da ampliação da ações no trabalho dos psicólogos na saúde mental, ampliando não somente a clinica mas também as intervenções extra clinicas. Nessas direção, vale ressaltar o impacto da implantação da saúde de família como principal estratégia para reorientação do modelo assistencial de atenção à saúde (Brasil. 2004). Entre outros resultados, essa estratégia tem se mostrado um elemento promotor de integração entre a atuação específica das equipes de saúde mental e as ações da equipes de saúde da família. A ligação entre a ESF e as ESM no apoio matricial tem permitido uma integração das ações de saúde mental e de saúde geral, cujos efeitos ainda estão por ser adequadamente avaliados em pesquisas futuras.

CONCLUSÃO

O estudo apresenta um levantamento da produção cientifica concernente á atuação do psicólogo no sistema Único de Saúde. Pela análise de artigos científicos, foram destacadas temas como a formação acadêmicas, as atribuição do psicólogo no campo da saúde, a inserção deste profissional nos diversos cenários da saúde publica e, principalmente, a critica ás praticas existentes nesse contexto. É percebida a necessidade de revisão da formação acadêmica do profissional de psicologia, fornecendo subsídios para sua atuação, observando a realidade dos usuários dos serviços de saúde.

Os impasses na atuação dos psicólogos na saúde publica surge na confluência de diversas vetores, dos quais dois destacados e discutidos por isso este trabalho. O primeiro seria a tradição da formação em psicólogo no Brasil calcada em modelo clássico de clinica, liberal, privada, curativa e individual, inspirado na clinica medica; o segundo, a porta de entrada preferencial dos profissionais contratados na publica na saúde mental, na esteira do movimento da reforma psiquiátrica. Como vimos, essa dupla ocorrência gerou sintomas inibidores no trabalhos, em que as ações profissionais tendiam a reforçar um modelo de identidade clássico e individualista, ao invés de uma inserção mais inventiva no conjunto saúde.

Do ponto de vista do processo de trabalho, entendemos que os psicólogos precisam incorporar uma nova concepção de pratica profissional, associada ao processo de cidadanização, de construção de sujeitos com capacidade de ação e de proposição. Isso implica em romper o corporativismo, as praticas isoladas e a identidade profissional hegemônica vinculada a do psicoterapeuta. Notamos que o modelo clinico da psicoterapia individual ainda é a forma de trabalho predominante entre os profissionais no setor publico, predominância muitas vezes atribuídas ao desejo da clientela ou da instituição.

Observamos que a procura do psicólogo que trabalha na saúde coletiva ainda não vem sendo devidamente questionada dentro da própria categoria em termos da sua adequação e efetividade social. De um acordo geral, percebe se que ser comprometido, para os psicólogos entrevistados, restringe se ao cumprimento de tarefas que consolidam o modelo de identidade clássico. No panorama atual da saúde coletiva, o compromisso profissional não é uma questão burocráticas, mas especialmente, o desenvolvimento de ações / reflexões cuja intencionalidade pratica e politica e produzir cidadania ativa, sociabilidade e novas subjetividades.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

- Artigo Scielo – Psicol. Cienc. Vol.30 nº 2 Brasília 2010

- Brasil. Ministério da Saúde. ( 2004b). Saúde mental no SUS; os centros de atenção psicossocial. Recuperado em 20 de fevereiro de 2006.

- DIMENSTEIN,M.O psicólogo e o compromisso social ou contexto da saúde coletiva.

- SPIKC, M.J e MATTA, G.C. A pratica profissional psi na saúde publica

- DIMENSTEIN, M. A Pratica dos psicólogos no Sistema Único de Saude / SUS

- CARVALHO, J.E.C. ESPOSITO, F.C.F Desafios nas ações de atenção primaria;

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