Resenha: Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo: Confronto de Paradigmas? Psicologia: Teoria e Pesquisa

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serão ou não confirmadas ao decorrer do processo, revelando uma concepção do paradigma quantitativo. Outro ponto que também atendem aos requisitos das abordagens quantitativas por possuírem padronização são os testes psicológicos e por fim, o Psicodiagnóstico Tradicional também se assemelha das abordagens quantitativas por possuir a separação entre investigação e intervenção.

Já o Psicodiagnóstico Interventivo, segundo a autora, se assemelha da perspectiva qualitativa. Uma dessas semelhanças é o que se refere ao processo de avaliação e intervenção, no qual o conhecimento é construído junto com o profissional/pesquisador e o paciente/participante, com o primeiro fazendo a interpretação dos dados colhidos do segundo, que aceita, rejeita ou modifica o que foi dito pelo psicólogo, sendo assim, o participante/paciente possui uma participação ativa.

Uma das diferenças entre o Psicodiagnóstico Interventivo e o Psicodiagnóstico Tradicional é que o primeiro não tem apego as hipóteses necessariamente durante ao processo todo, visto que estas são colocadas a prova desde o momento do seu surgimento. Sendo assim, não é estabelecido passos sistemáticos a serem seguidos e o número de sessões não é definido logo após a primeira entrevista. Esta diferença se assemelha da perspectiva qualitativa da quantitativa também.

Outra diferença é que no Psicodiagnóstico Interventivo as devolutivas não possuem apenas o intuito de informar o paciente, mas de oferecer uma experiência transformadora por meio do vínculo com o profissional. Diferente do Psicodiagnóstico Tradicional, no qual não deve ser realizado intervenções, pois a devolutiva tem a função meramente de fornecer informação.

Por fim, pode se concluir que o Psicodiagnóstico Interventivo se baseia na perspectiva qualitativa, como exposto acima, optando por instrumentos poucos estruturados, no qual objetivos científicos e éticos se encontram, fornecendo também fundamentos para a construção de uma identidade profissional mais solida que o Psicodiagnóstico Tradicional.