O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE NA ADOLESCÊNCIA
Por: Evandro.2016 • 19/5/2018 • 1.620 Palavras (7 Páginas) • 388 Visualizações
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sadia e madura.
A adolescência e a cristalização da identidade: o adolescente trata de definir de maneira explícita, o que ele é. Tenta defini-lo através de suas atividades, suas inclinações, suas aspirações e principalmente, seus amores. Faz apaixonadas tentativas para conseguir definir a própria identidade, projetando sobre o outro – o ente querido- sua própria imagem, para vê-la refletida e gradualmente esclarecida em uma paixão, que em grande parte, consiste justamente na conversação sobre quem sou eu e quem és tu.
A vida adulta, além da identidade: cada uma das fases da identidade colhe, na imagem de Erikson, a “glória” das etapas anteriores: cada um contribui com uma cota específica para um afã humano principal, que vai continuar existindo até a morte. Essas etapas permanecem na adolescência e também na idade adulta. Na idade adulta, há uma transcendência da problemática da identidade adolescente, desenvolvida ainda em etapas, em três momentos diferentes, que superam progressivamente a etapa adolescente.
Primeiro momento adulto – aquisição da intimidade: é a superação do “eu sou”, próprio das etapas anteriores, em um “nós somos”, arriscando a própria identidade individual na aventura de compartilhá-la com outro (a), em uma autêntica intimidade.
A criatividade: característica de quem é capaz de ampliar seu próprio eu, ao gerar realidades objetivas em torno de si, como resultado de sua ação. Como uma extensão de si mesmo, seja em filhos ou em obras de criação, em atos que deixam marcas e isto em oposição ao estancamento e à esterilidade da própria existência.
A integridade: é a aceitação do caráter único e exclusivo do próprio ciclo vital, sendo assim como sua limitação, e não uma limitação temporal, da morte inevitável, mas também uma limitação das experiências e das opções, da relatividade das normas morais e dos estilos de vida.
A ENCRUZILHADA ADOLESCENTE
A adolescência é um momento evolutivo de busca da identidade do indivíduo. Resulta da sedimentação de todas as identidades passadas que o adolescente viveu com outras pessoas em sua vida infantil, porém não se reduz à soma ou acúmulo das identificações infantis. O sucesso evolutivo individual depende, fundamentalmente, de circunstâncias sociais e históricas, podendo facilitar ou dificultar a adesão a determinados estilos de vida e identidade pessoal.
O adolescente nem sempre consegue uma identidade concluída. Frequentemente, a crise adolescente se resolve – ou permanece durante algum tempo – no fracasso. Existem várias formas desse fracasso: a mais grave – confusão da própria identidade e a mais benigna – difusão da identidade.
O CONCEITO DE SI MESMO
São conjuntos de conceitos, e representações, de juízos descritivos e valorativos a respeito do sujeito. Esse conjunto se refere a si mesmo sob diferentes aspectos: o próprio corpo, comportamento, situação e relações sociais.
As funções deste conjunto de representações, que constituem o autoconceito, são as mesmas de outros esquemas cognitivos, são funções de recepção, processamento e utilização do fluxo de informação, neste caso, da informação disponível ao próprio sujeito a respeito de si mesmo.
No que diz respeito à imagem corporal, a puberdade, com as mudanças fisiológicas, vão desde o tamanho do corpo e força física, até as novas energias e capacidades sexuais, exigem uma reconstrução da imagem do próprio corpo. A adolescência é uma etapa na qual a preocupação com o próprio físico passa ao primeiro plano.
As mulheres costuma relacionar-se com o atrativo físico, enquanto os homens, com as habilidades, as capacidades físicas e a destrezas nos esportes, competições e outras atividades semelhantes.
COMPORTAMENTO DE TRANSIÇÃO: A CONDUTA SEXUAL
O comportamento sexual representa um âmbito onde costuma se manifestar com maior clareza o caráter problemático da adolescência. Antes da adolescência, os meninos e meninas realizam muitas atividades que são consideradas sexuais, porém, com o desenvolvimento na puberdade, começou a capacidade sexual própria do organismo humano maduro. Essa fase inaugura a possibilidade de determinados comportamentos e experiências associadas à relação sexual e ao orgasmo, bem como às consequências desses comportamentos – a capacidade de ter filhos – que não tiveram equivalente na vida infantil.
Nos adolescentes, a atividade heterossexual mais característica é a da carícia íntima, sem chegar à relação sexual propriamente dita. A carícia íntima ocorre no encontro com um par de outro sexo, inicialmente no âmbito de outra atividade social – ir a uma festa, sair em excursão, ou participar de qualquer atividade comum – onde começa a se desenvolver diferentes sentimentos e comportamentos: desde a simples simpatia e amizade ocasionalmente carregada de atração erótica recíproca, até o enamora mento propriamente dito, desde os beijos e roçamentos até o “fazer amor”.
As relações sexuais não completas dos adolescentes não costumam ser consideradas problemáticas. Porém, espera-se que não tenham filhos, assim como nos adultos, ainda se condena e se reprime a homossexualidade.
Outros comportamentos sexuais que são problemáticos, como a curiosidade sexual mórbida (voyeurismo), ou todo tipo de conduta violenta vinculada ao sexo, não são exclusivos da adolescência, sendo também frequentes na idade adulta, sobretudo nos homens.
NO ASPECTO PSICOLOGICO
O adolescente nesta etapa vive no seu mundo interior. Para conhecer a própria personalidade, as suas ideias e ideais, compara-se com o mundo dos outro, dando a impressão de apatia devido à preocupação reflexiva pelos próprios estados anímicos.
Esta interiorização abrange também as esferas intelectuais, filosóficas e estéticas, enchendo a sua vida com estas teorias. As características mais próprias deste período, são:
- Crescente consciência e conhecimento do “eu”.
- Nascimento da independência.
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