A Psicologia do Desenvolvimento humano

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2. MÉTODOS

A) Sujeito

A criança que observamos para desenvolver este trabalho está compreendido na faixa entre 03 anos e 03 anos e 11meses, portanto, é uma criança que está na segunda infância. Nossa criança é um menino de 03 anos e 9meses.Têm um irmão mais velho (07anos), frequenta uma escola particular e mora num condomínio de apartamento de classe média em Ribeirão Preto com os pais e o irmão.

b) Instrumento

O nosso instrumento de observação foi a “observação no ambiente natural” ou seja, a criança brincando em seu ambiente natural, no caso, o parquinho que fica na área de lazer do condomínio onde mora.

c) Aparato de pesquisa

Usamos apenas a observação da criança brincando livremente no parquinho.

d) Procedimentos

Inicialmente contatamos os pais, esclarecemos sobre o trabalho, entregamos em mãos um texto com a explicação sobre a observação e o termo de consentimento. Os pais leram sobre a pesquisa e assinaram o termo de consentimento conjuntamente. Só após a assinatura dos pais é que pedimos a própria criança a permissão de acompanha-la no parquinho para vê-la brincar. A observação começou no final da tarde, por volta das 18horas, quando ele chegou da escola. Ficamos 30 minutos observando a criança.

3. Resultados

A criança que observamos é um menino de 03 anos e 09 meses. Mora com os pais e o irmão mais velho num condomínio de apartamentos de classe média e estuda numa escola particular no período da tarde. Todos os dias assim que chega da escola desce para o playground do condomínio para brincar. Por isso, escolhemos marcar o nosso encontro nesse playground às 18:00hs. Assim que ele chegou fomos ao seu encontro e disse que ficaríamos ali ao lado vendo ele brincar. O playground é um espaço quadrado delimitado por pequeno meio-fio e tendo uma área de aproxidamente 20 metros com areia, uma casinha de madeira colorida com balanços laterais, escorregador e e uma gangorra embaixo da casinha. No canto um gira-gira e quatro bancos de madeira coloridos. Ele assim que chegou ainda com roupa de uniforme da escola sentou-se no chão ao lado de uma outra criança menor que ele que estava brincando com uma baldinho e pazinhas próprias para a brincadeira de areia. Nenhum momento me perguntou sobre o que eu iria observa-lo. No início até parecia que nem sabia da minha existência ali. Um tempo depois levantou, foi em direção a casinha de madeira, subiu com facilidade a escada e desceu pelo escorregador. fez isso umas 04 ou 05 vezes cada vez mais rápido e sempre mostrando intensa alegria. Nesse momento para minha surpresa me Chamou para vê-lo descer o escorregador. Levantei e ficamos em pé perto do escorregador por um tempo acompanhando sua descida. Depois outras crianças chegaram no parquinho ele se uniu a elas. Os maiores ficaram conversando entre si e ele ao lado tentando participar do grupo, imitando os mais velhos. De repente todos começaram a correr, brincando de pega-pega. Correram por algum tempo. Alguns segundos depois o irmão mais velho parou de correr e começou a brincar com areia e ele também parou de correr e foi brincar com o irmão. Claramente mostrando que o irmão era a referência para ele. E, por fim começou a jogar areia para cima tentando atingir o irmão. A mãe que estava por perto o repreendeu. Passado alguns segundo terminou o nosso período de observação. A mãe avisou que eu não precisava mais vê-lo e se ele continuasse jogando areia no irmão teria que sair do parquinho e ir para casa. Eu me despedi avisando que gostei de vê-lo brincando e que ele era bem rápido para descer no escorregador. Me olhou brevemente com um sorriso como se estivesse se despendindo também. Soube pela mãe que ele adora super heróis. Esta característica é própria do mundo de fantasia dessa faixa etária. A mãe relatou que seu super herói preferido é o homem aranha.

4. Discussão

A observação permitiu compreender melhor sobre o desenvolvimento na chamada segunda infância ou estágio pré-operatório, principalmente o desenvolvimento motor, cognitivo e social. Observamos que a criança explorou o ambiente em que encontrava (playground) com independência e autonomia. Sentou-se no chão, levantou, correu, pulou, mudou de brincadeira, de cenário, de colegas na brincadeira.O playground é um espaço apropriado para crianças de 03 anos explorarem todas as sua habilidades motoras e as habilidades de relacionar-se socialmente com outras crianças. Essa criança como já referimos mora em apartamento e nessa fase os pais precisam proporcionar o contato da criança com espaços abertos, amplos e com diferentes possibilidades de exploração corporal. Nesse sentido, o sorriso estampado no rosto da criança denota que descer para brincar no playground do condomínio é um momento de muita alegria. Vimos, que através da brincadeira a criança organizar metalmente o aprendizado, incorpora regras e estabelece relações. CÓRIA-SABINI (1997) aponta que a criança na fase pré-operatória na maioria das atividades lúdicas predomina a fantasia e, que ao se reunirem há o predomínio dos jogos paralelos, ou seja, emboram estejam próximas cada uma desenvolve uma atividade independente. E, que também nessa faixa etária elas gostam de participar dos jogos dos mais velhos. Por imitação, começa a querer participar de acordo com o modelo oferecido por eles. E, que o dialógo que predomina entre crianças da mesma idade durante as brincadeiras são monólogos e quando interage com crianças mais velhas ela se limita a solicita alguma coisa ou receber ordens. Podemos afirmar que essas características estavam presentes na forma como ele se relacionou com as outras crianças no plauground. Primeiro, sentou-se ao lado de menina pequena que brincava com o baldinho de areia e usando os objetos que estavam ali soltos pela areia, começou a brincar. Só depois de um tempo falou uma ou duas palavras apenas para trocar a pazinha por outra. Mas tarde, quando viu os maiores brincando levantou e se juntou ao grupo para participar da brincadeira numa tentativa imitar os maiores. Segundo DAVIDOFF (2001) crianças entre 03 a 05 anos interagem com outras crianças como parceiros físicos momentâneos. Como a atividade em comum tendem a ser importante as crianças são atraidas por outras que têm interesses semelhante. Mais que o objeto em si, o baldinho na areia, por exemplo, a escolha da brincadeira passa pelas crianças e seus comportamentos semelhante, por isso mudou tanto de