A Escola e Sociedade

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Martinez (2007) diz que a inclusão constitui hoje um dos temas mais debatidos. A inclusão escolar coloca um conjunto de desafios que devem ser discutidos de forma critica e criativa. Essa inclusão estão liga com crianças que apresenta algum transtorno ou dificuldade na aprendizagem, assim como inclusão de indivíduos menos favorecidos economicamente e de diferentes raças.

Segundo Martinez (2007) ao perceber o espaço escolar como um espaço caracterizado por diferenças, onde as mesmas são aceitas como normal e enxergar o processo como um processo altamente diferenciado, tendo em vista as diferença entre os indivíduos que nele participam, implica e diversas mudanças tanto na representação de escola como no processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Martinez (2007) o psicólogo que trabalha na escola, como qualquer outro profissional, tem limites e possibilidades de ação. A inclusão é um processo comprometido e criativo de ação continua.

A comunidade como um todo se torna necessária para a inclusão e formação do individuo. A educação não se restringe a escola, pois o conhecimento esta em toda a parte e extrapola o universo escolar. Segundo a associação cidade escola criada em 1997 saberes importantes são gerados no cotidiano das pessoas, nas empresas, e das comunidades. Fica claro que a tarefa de educar não é somente da escola.

As famílias esperam que os professores cuidem, disciplinem e preparem seus filhos para a vida, para o mundo do trabalho que te uma demanda a procura de profissionais qualificados. As escolas por sua vez são pressionadas a responder todas as problemáticas, mais muitas vezes não dão conta pelo fato de ter que cumprir outras funções elementares.

Os alunos passam a aprender na comunidade, como por exemplo, física em uma oficina mecânica, literatura na biblioteca do bairro, historia nos museus e monumentos, artes nos teatros e cinemas da cidade e assim em diante.

Segundo a associação cidade escola, a educação comunitária acontece quando os professores extrapolam o contexto escolar e tomam conta das ruas, através de espaços públicos, estabelecimentos comerciais, associações e centros culturais, ou seja, uma invasão na comunidade de forma planejada em uma parceria com toda a população.

Desta forma, a escola deixa de ser o único espaço educativo, para se tornar mais aberta para oportunidades de formação, envolvendo múltiplos espaços e indivíduos.

Segundo a associação cidade escola (1997), a humanidade produz novos conhecimentos em uma velocidade muito grande e impossíveis de serem retidas, mesmo porque estão em constantes evoluções. É necessário a educação capacitar os indevidos não para acumular mais conhecimento, mais sim navegar no conhecimento, criando redes de aprendizagem que lhes permita entrar em contato com novos e distintos conteúdos, promovendo a experimentação a fim de que vivencie a descoberta do conhecimento, desenvolvendo assim a liberdade, autonomia e responsabilidade para que saibam fazer as escolhas.

A educação se torna comunitária, ou seja a comunidade se torna educadora. as ações pedagógicas transformam o cotidiano e são incorporadas pela comunidade.

Segundo Sisto (1996), a interação acontece de diversas maneiras, isso porque cada participante tem um modo de fazer acontecer, tem sua identidade. Os temas que mobilizam a comunidade transformam o currículo e tornam-se objeto de estudo na sala de aula. Todo esse processo pode ser comparado com um mosaico, onde cada peça tem seu valor e importância.

Projeto

É um projeto que gera autonomia, cooperação e contribuições significativas para o desenvolvimento tanto da comunidade como dos alunos que participam, uma vez que fortalece e estreita os vínculos entre escola e comunidade.

Será realizado na escola Santa Terezinha com o ensino fundamental, onde o diretor indicará a sala com maior carecimento. Onde terá duração durante todo o ano letivo e a cada bimestre um novo tema será trabalhado conforme a demanda buscada pelos alunos.

Primeiramente será realizada uma conversa aberta com a escola e comunidade sobre o projeto, para que estejam cientes da proposta e de como irá ocorrer. Na escola será realiza uma conversa com professores, diretores e toda a equipe escolar, explicando cada passo e tirando as dúvidas tendo em vista que os professores tem um grande participação, pois as demandas deveram ser trabalhadas em sala de aula de forma multidisciplinar.

Para os alunos também haverá uma conversa para que os mesmos se sintam integrados com o projeto. Já na comunidade, terá como objetivo abranger o maior número de pessoas. Será realizado visita nas casas, levando as informações através de folhetos e uma breve conversa, essa é uma forma de ter o primeiro contato com a comunidade deixando preparados para a vinda dos alunos. Esses folhetos também serão distribuídos em pontos estratégicos para o maior alcance da população, pois a mesma precisa ser mobilizada para compreender, desejar e participar dessa interação.

O segundo passo é a busca pelas parcerias, nessa etapa será feita um levantamento das possíveis parcerias encontradas no bairro Santa Terezinha, serão realizadas visitas nas empresas, cinemas, estabelecimentos, museus, profissionais de saúde, representantes de bairro entre outros para falar do projeto e saber se os mesmos aderem a idéia.

Também serão realizadas parcerias com guardas de transito com o intuito dos mesmo acompanharem os alunos quando estiverem fora da escola. As parcerias tem como objetivo a disponibilização de espaços, monitores, instrutores recursos materiais e ate mesmo financeiro para a execução do projeto. Os parceiros são todos aqueles que oferecem tempo, conhecimento, habilidades, trabalho, espaços e oportunidades para ampliar as vivencias educativas.

É necessário uma rede de parcerias fixa e diversificada e um processo de gestão transparente e participativo para que a iniciativa tenha qualidade, sustentabilidade e continuidade, tendo em vista que isso enriquece o conjunto de oportunidades oferecidas.

Toda comunidade possui inúmeros potenciais educativos, nessa próxima etapa será realizado um mapeamento do bairro, tornando visível as atividades associadas e os locais públicos. Serão pontuadas duas formas de locais nessa etapa a cor VERDE representarão os lugares onde as parcerias já foram realizadas como bibliotecas, museus, teatros, empresas e com a cor VERMELHA serão identificados pontos do bairro onde existe uma possibilidade de os alunos renovarem o espaço, como por exemplo, praças