A Escola, estado e sociedade – Quadro teórico de Barbara Freitag

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No entanto, as teorias educacionais analisadas deixam a desejar por seu alto grau de generalidade e formalidade, pois referem-se a indivíduos com características universais, o que não compreende a individualidade de cada um. Tanto Durkein quanto Parsons negam a dimensão histórica, a possibilidade de mudança desse contexto e os interesses dos indivíduos para os quais este conhecimento de geração para geração é passado. Contrariando estes dois autores, Dewey e Mannheim postulam a educação como um instrumento de mudança social, em suas teorias está implícito a concepção de sociedades imperfeitas, contraditórias e conflituosas.

Divergem dessa teoria, autores como Passeron e Bourdieu partem de uma análise crítica da sociedade capitalista, cuja característica fundamental é a estrutura de classes. Ambos entendem o sistema educacional como uma instituição com a função de reproduzir a cultura e a estrutura de classes. O sistema educacional tradicional dividia as escolas em duas, as escolas da classe dominante e as escolas "para o povo", o que ainda é visto no sistema moderno (escolas públicas e particulares), porém de forma mais unificada.

Althusser, Poulantzas e Establet são os autores que analisaram de forma critica as funções da educação para além de reproduzir a cultura e a estrutura de classes, mas buscaram chegar a essência do fenômeno através de uma análise crítica da sociedade como um todo e a escola foi denominada como aparelho ideológico do estado.

Chagando ao sistema educacional moderno onde as escolas são transformadas em centros de qualificação de força de trabalho, em que o estado busca ativar as forças produtivas em nome do desenvolvimento da sociedade global, porém no interesse dos detentores dos meios de produção. O Estado se torna ator e causa central do funcionamento do sistema educacional moderno capitalista através de sua política educacional e seu papel é de mediador dos interesses da classe dominante.