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BLOQUEIO DE NERVO PERIFÉRICO NO CONTROLE DA DOR CRÔNICA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: REVISÃO DE LITERATURA

Por:   •  18/12/2018  •  2.586 Palavras (11 Páginas)  •  436 Visualizações

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BLOQUEIO DO PLEXO CELÍACO

O bloqueio do plexo celíaco feito por neurólise é muito utilizado como cuidado paliativo para alívio da dor abdominal em cânceres de vísceras abdominais superiores, principalmente no câncer de pâncreas. ( THAPA, D. et al, 2011; GEBHARDT R.; WU K., 2013) Uma variedade de abordagens foram descritas, de forma que quando alia-se o método da endoscopia guiada pelo ultrassom (sigla em inglês EUS) há um aumento na eficácia do tratamento da dor em 73% dos pacientes com câncer de pâncreas devido a melhor visualização do gânglio a ser atingido pelo bloqueio.( KAUFMAN, M. et al.2010) A seleção da técnica utilizada deve considerar a instalação existente e a extensão da malignidade. ( THAPA, D. et al, 2011;) A localização do tumor pancreático influi na eficácia do alívio da dor, sendo mais eficiente quando o tumor está no corpo ou cauda do pâncreas. (KAUFMAN, M. et al.2010).Embora haja pouco impacto na sobrevida do paciente, devido a curta duração do bloqueio de 4 semanas, há uma diminuição no uso de opióides e consequentemente da constipação melhorando a qualidade de vida do paciente ( KAUFMAN, M. et al.2010; THAPA, D. et al, 2011, RANA, M. V. et al. 2014)

BLOQUEIO DO PLEXO HIPOGÁSTRICO SUPERIOR

A dor pélvica, perianal ou pelviperineal relacionada ao câncer pode ser aliviada por meio da neurólise do plexo hipogástrico superior (GEBHARDT R.; WU K., 2013; MOHAMED S.A-E, 2013) O alívio desta comorbidade foi observado em 69% a 79% dos pacientes além de reduzir entre 43% a 72% o consumo de opióides após o bloqueio do plexo. ( THAPA, D. et al, 2011; MISHRA, S. et al.2013). A técnica tradicional de bloqueio anterior pode acarretar em perfuração de vísceras que estão acima do plexo como bexiga e intestino, de forma que, se ocorrer perfuração deste último há um risco de infecção. (MISHRA, S. et al.2013; MOHAMED S.A-E,2013) O bloqueio hipogástrico inferior é mais seguro porque elimina o risco de ferir tais estruturas (MOHAMED S.A-E,2013) A técnica celíaca e o bloqueio do plexo hipogástrico superior guiada por ultrassonografia é uma técnica segura, menos demorada e pode ser feito no leito do paciente (MISHRA, S. et al.2013)

BLOQUEIO DO GÂNGLIO ÍMPAR

O Gânglio ímpar é um gânglio solitário não-pareado retroperitoneal de duas cadeias simpáticas no corpo se juntam à junção sacro-coccígea e está associado com dor visceral de neoplasias perineais. (THAPA, D. et al, 2011) Sendo utilizado para alívio da dor pelvica e perineal. (MOHAMED S.A-E,2013) As queixas apresentadas para o uso desta técnica são descritas como queimação e urgência provenientes de dor vaga e mal localizada. (THAPA, D. et al, 2011)

BLOQUEIO NEUROLÉTICO PRÉ-SACRAL

Este bloqueio é realizado com uma abordagem lateral guiada por TC para o tratamento de dor pélvica e perineal não aliviada em câncer avançado. (THAPA, D. et al,2011)

BLOQUEIO PARAVERTEBRAL TORÁCICO

O bloqueio paravertebral torácico (TPVB) é uma técnica de injeção de anestésico local adjacente à vértebra torácica, próximo ao local onde os nervos espinhais emergem do forame intervertebral. (MOŜAńSKI, M. et al., 2014) Ele pode ser de injeção única ou contínuo e quando usado em conjunto com a anestesia geral reduz a dor após cirurgia de retirada da mama, além de quanto ao consumo analgésicos nessas pacientes, os dados atuais também sugerem que diminui a prevalência e a gravidade da dor crônica. (KARMAKAR, M. K. et al., 2014) O bloqueio paravertebral pode ter um papel importante na diminuição da dor pós-operatória e do uso de analgésicos opióides em pacientes que desejam ter reconstrução mamária imediata com expansores de tecido. (AUFFORTH, R. et al., 2011)

Essa técnica causa muito efeito de alívio da dor e também excelente preservação da função pulmonar, bem como grande estabilidade hemodinâmica. (MOŜAńSKI, M. et al., 2014) Os efeitos colaterais relatados por Mosaἠki, M. et al. (2014) hipotensão; Punção vascular; Punção pleural e Pneumotórax; além de distúrbios da coagulação serem contra-indicações relativas a essa técnica. E Aufforth, R. et al. (2011) demonstra efeitos como náuseas e vômitos em pacientes submetidos a cirurgia de câncer de mama que fizeram uso de bloqueio paravertebral.

Uma outra alternativa é o bloqueio do nervo supra-escapular, aplicado no tratamento de dor aguda, e crônica, bem como para o diagnóstico de neuropatia supraescapular. Segundo Chan et al. (2011), os métodos mais utilizados incluem anestésico local, esteróides, radiofrequencia pulsada e neurolise química. Estes podem ser utilizados isoladamente ou em combinação . Nesse contexto, Chan et al (2011) também avalia a bupivacaína como o agente anestésico local mais popular, na concentração de 0,25% 12,38,41 ou 0,5% descrita na literatura e a adrenalina como agente comumente adicionado à solução anestésica local para aumentar a duração da ação. Em um caso de câncer, a analgesia prolongada da dor devida à metástase da escápula foi obtida por injeção repetida através de cateter peridural, que foi avançado para o espaço supraescapular (CHAN et al,2011).

Entre as complicações desse procedimento encontram-se pneumotórax, injeção intravascular, bloqueio motor residual e trauma local. (CHAN et al,2011). Contudo, o bloqueio de nervo supra-escapular é considerada uma técnica segura e eficaz na analgesia para as dores dos pacientes oncológicos.

Sendo a dor um sintoma comum de câncer que causa cargas físicas e psicossociais significativas, à medida que a doença progride e a carga tumoral aumenta, os pacientes relatam frequentemente aumentos da dor com subsequente diminuição da qualidade de vida. Destarte, os Cuidados Paliativos atua na intenção de gerenciar a dor, aliviando esse sintoma através da implementação das diretrizes nas etapas da Organização Mundial da Saúde. Quando essa alternativa não é eficaz, o uso procedimentos intervencionistas é uma opção. Analgésicos intratecal, bloqueios regionais, estimulação da medula espinhal e bloqueios neurolíticos são freqüentemente consideradas para esses pacientes (GEBHARDT; WU, 2013).[a][b]

Quando as medidas mais simples de controle de dor nos pacientes oncológicos não manejam o sintoma adequadamente, medidas intervencionistas podem ser levadas em consideração pelos profissionais. Embora o prognóstico desses pacientes seja muitas vezes muito limitado, o benefício que podem obter desses procedimentos é extremamente valioso. Por outro lado,

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