A Prevalência em alunos da área de saúde
Por: YdecRupolo • 20/12/2018 • 2.743 Palavras (11 Páginas) • 365 Visualizações
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Vivendo num país onde há um sistema de saúde muitas vezes insatisfatório, a automedicação assume um papel central na resolução de um problema. Com o auxílio de uma propaganda massiva e a facilidade de adquirir medicamentos em farmácias, tem se a ideia de que são produtos livres de riscos à saúde, estimulando o uso indiscriminado, o que nem sempre resulta nos efeitos desejados, expondo o indivíduo a reações adversas.(NASCIMENTO, 2003)
Os médicos também são alvos dessa indústria, tornando-se alvos promocionais, pois, a escolha do medicamento depende fundamentalmente deles, e suas escolhas influenciam até mesmo o consumo por automedicação, usando de argumentos como eficácia, segurança, comodidade, rapidez na ação, motivando o indivíduo a se automedicar.(NASCIMENTO , 2003)
Objetivo:
Este trabalho tem como objetivo avaliar a prevalência de automedicação e os fatores associados a esta prática entre os estudantes dos cursos da área da saúde do Centro Universitário Amparense – UNIFIA, Amparo – SP, na faixa etária mínima de 18 anos, tendo em vista que a automedicação é um problema de Saúde Pública.
Método:
Delineamento do estudo e local de realização:
Este estudo possui um delineamento transversal utilizando a técnica de preenchimento de questionário.
A população estudada envolve universitários de uma instituição de ensino superior do interior do Estado de São Paulo, localizado na Rodovia "João Beira" SP95 - Km 46,5
Bairro Modelo, na cidade de Amparo - SP, o Centro Universitário Amparense - UNIFIA atende alunos de 11 cursos de Bacharelado, 05 cursos de Licenciatura, e 08 cursos de Formação Tecnológica.
Resultados:
Participaram do estudo 150 alunos, sendo eles estudantes do Centro Universitário Amparense (UNIFIA), dos seguintes cursos: Biomedicina, Nutrição e Enfermagem. O sexo feminino foi predominante, com (79%) e o sexo masculino com (21%). (gráfico 1)[pic 4]
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Observa-se no (gráfico2) que (95%) já fizeram ou fazem o uso de medicamentos sem prescrição medica e apenas (5%) disseram nunca ter feito o uso de medicamentos sem receita.[pic 6][pic 7]
Quando se perguntou como souberam da possível eficácia do medicamento as respostas foram variadas, (52%) relataram ter sido por indicação de conhecidos, (14%) disseram que pela internet, (13%) através de comerciais, (1%) pelas revistas e (20%) relataram outros lugares, sendo os mais citados a indicação farmacêutica e o deposito desses fármacos feito em casa. (gráfico 3).[pic 8][pic 9]
O gráfico 4 relata os medicamentos mais utilizados entre os entrevistados, dentre eles estão os analgésicos com (22%), os antinflamatórios com (20%), antitérmico (16%), antialérgico (14%), antibiótico (10%),antiarreico (6%), antimicótico/antifúngico (5%), antitussígeno (4%), antidepressivo (2%) e outros (1%). Dentre esses outros o mais citado foi o anticoncepcional.
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Quanto ao resultado que eles obtiveram após o uso do medicamento (97%) disseram ter obtido resultados positivos e (3%) resultados negativos. (gráfico 5)[pic 12][pic 13]
Dos estudantes, (11%) disseram ter obtido algum tipo de reação adversa após se automedicar e (89%) disseram não ter apresentado nenhum sintoma diferente do esperado. (gráfico 6).
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Discussão
A automedicação mostra-se como a forma mais simples de aliviar aquele sintoma com praticidade e rapidez. A necessidade de alivio rápido e o impacto negativo que a dor causa na qualidade de vida fazem supor que o índice de automedicação seja grande. (MARTINEZ, 2014).
A automedicação é ainda favorecida pela indisponibilidade de atendimento médico e pela falta de medicamentos básicos nos serviços de saúde. (GOULART,2012).
A evolução das medicações trás muitos benefícios, porem, trás também a praticidade na hora de escolher um medicamento sem prescrição médica, podendo criar uma resposta reversa ao sintoma como intoxicações, reações alérgicas, interações medicamentosas e também pode retardar o diagnostico de alguma patologia. (TELLES,2013).
Nossos achados apontam que (5%) dos alunos entrevistados não praticam a automedicação e (95%) já fizeram ou fazem o uso de medicamentos sem prescrição medica, sendo maior o grupo feminino (79%). Isto pode ser explicado em parte pela maior exposição das mulheres à medicalização em todas as fases de sua vida. (AQUINO, 2010).
Quando se perguntou como eles tiveram acesso ao medicamento, as respostas foram variadas, tendo em vista que o que prevaleceu foram as farmácias e o depósito desses fármacos feitos em casa. O conselho de quem trabalha nessa área farmacêutica e esses estoques domésticos, são motivadores frequentes para a automedicação. (CORRÊA,2014).
Em relação a como obtiveram o conhecimento da possível eficácia desses medicamentos o que prevaleceu foram à indicação de conhecidos (52%), internet (14%), revistas (1%), comerciais (13%) e outros (20%). Dentre esses outros foram citados principalmente a indicação farmacêutica, com isso percebe-se que a organização dos serviços de assistência farmacêutica ainda é deficiente e falta uma reorientação para essa área da saúde. (SCHMID,2010).
Entre os medicamentos mais utilizados pelos estudantes estão os analgésicos (22%). Os analgésicos são medicamentos que podem causar dependência química, e seu uso abusivo também pode causar efeitos colaterais. Tal achado tem sido destacado desde a década de 80 no Brasil e em estudos internacionais como uma das classes de maior consumo da população. (OLIVEIRA,2012.). Em seguida vêm os antiinflamatórios com (20%), antitérmicos (16%), antialérgicos (14%), antibióticos (10%), antidiarreicos (6%), antimicótico/antifúngico (5%), antitussígenos (4%), antidepressivos (2%) e outros (1%). Vemos que o uso de antibiótico sem prescrição ainda é grande (10%), embora o seu comércio só possa ser feito através de receita médica podemos observar que ainda são vendidos livremente. O seu uso de forma inadequada contribui para o mecanismo de resistência bacteriana, sendo um problema de saúde publica mundial. (AQUINO.2010).
Com relação
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