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ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA.

Por:   •  3/11/2018  •  4.024 Palavras (17 Páginas)  •  423 Visualizações

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Existem algumas alterações hemodinâmicas encontradas na insuficiência cardíaca congestiva que são características intimamente relacionadas a patologia, sendo elas: resposta inadequada do debito cardíaco e elevações das pressões pulmonar e venosa sistêmica. Há uma inapropriada perfusão tecidual devido ao baixo debito cardíaco, no início da doença as manifestações se dão apenas com os esforços, mas gradativamente eles aparecerão até mesmo com o paciente em repouso (SMELTZER, 2010).

Visa de forma primordial o reestabelecimento do inotropismo e cronotropismo cardíaco e a eliminação do excesso de líquido acumulado no organismo, o paciente com ICC consiste essencialmente em modificações terapêuticas no estilo e vida, restrição hídrica, dieta hipossódica, oxigênio terapia e terapia farmacológica (SMELTZER, 2010).

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para alterar o prognóstico da doença, de acordo com evidencias cientificas, os tratamentos medicamentosos que possuem maior eficácia na redução de mortalidade inclui os reguladores do sistema renina-angiotensina-aldosterona e os bloqueadores do sistema beta adrenérgico, para redução dos sintomas também foram utilizados os diuréticos (MIZZACIL, 2017).

Dentro do enfoque do tratamento não farmacológico das insuficiências cardíacas congestivas se destacam os profissionais enfermeiros, nos quais de maneira educativa prolongam a vida dos pacientes diminuindo o stress ocasionado pelas internações, dentro desse aspecto vale ressaltar que os custos hospitalares são diminuídos, decorrentes das ações tomadas pelos enfermeiros, outra vertente dessas ações é a melhora da qualidade de vida com a estimulação do autocuidado (FERREIRA et al, 2005).

Um dos campos dos profissionais de enfermagem para o cuidado dos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva é o ambulatório de insuficiência cardíaca que possibilita ao profissional a prática paralela ao ensino aprendizagem visto que essa é uma área nova para a enfermagem e seus fundamentos teóricos (SILVEIRA, 2005).

O trabalho que o enfermeiro desenvolve tem ganhado destaque nos últimos anos mesmo com todos os avanços terapêuticos farmacológicos disponíveis, o tratamento não farmacológico da ICC tem sido cada vez mais importante, em que o enfermeiro atua no desenvolvimento direto das clínicas para tratamentos envolvendo todas as ações não farmacológicas (RABELO, 2007).

Justifica-se que as doenças cardíacas principalmente a ICC cresce de maneira alarmante nos países em desenvolvimento, sendo assim a pesquisa tem como objetivo demonstrar a atuação do enfermeiro em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva através de revisões bibliográficas.

Revisão Bibliográfica.

O coração

É composto por quatro câmara, pelas câmaras esquerdas circulam o sangue rico em oxigênio e pelas câmaras direitas o sangue rico em dióxido de carbono, pelas câmaras direitas o sangue vindo de todo o corpo circula até chegar ao pulmão saindo do ventrículo direito e pelas artérias pulmonares (AIRES et al, 2008).

Como o coração o principal órgão do sistema circulatório, é necessário entender seu ciclo de ejeção sanguínea que se dá pelo enchimento e esvaziamento de suas câmaras entende-se que a distensão do músculo cardíaco é chamada de diástole e o processo de esvaziamento e chamado de sístole (AIRES et al, 2008)

O coração está localizado no tórax, e essa localidade pode ser dividida em duas cavidades pleurais (local onde se encontra os lobos pulmonares) e o mediastino, sendo formado por outras três partes, superior( região acima do pericárdio), médio (região onde se localiza o coração) propriamente dito, e posterior ( local onde passa o esôfago e a artéria aorta), com isso podemos concluir que o coração está localizado na região do mediastino médio, ficando inferior à veia cava superior, posterior ao esterno, superior ao diafragma e medialmente aos pulmões, sendo ele também lateralizado suavemente a esquerda do plano medial ( NETTER , 2011).

Tem-se um envolto ao redor do coração chamada de pericárdio, esta é uma camada de tecido fibroserosa, dívida anatomicamente em pericárdio seroso e pericárdio fibroso, que é dividido em pericárdio parietal e pericárdio visceral, entre o pericárdio parietal e visceral há um espaço chamado de cavidade pericárdica, nela existe um liquido que possui a função de diminuir o átrito aplicado por qualquer pressão vinda do meio externo (NETTER, 2011).

O coração é dividido em três camadas, endocárdio, miocárdio e epicárdico, o endocárdio é a camada mais interna ficando em contato direto com o sangue, o miocárdio é a camada mais espessa do coração responsável pelas ações inotrópicas e inerentes ao órgão, e o epicárdico é a camada mais externa ficando em contato com pericárdio visceral (MOORE, 2011).

O sistema de condução elétrica do coração permite a propagação elétrica dos impulsos de maneira organizada para que aja uma correta relação de enchimento das cavidades concomitante a organização sequencial dos movimentos durante o ciclo cardíaco, e esses impulsos permitem e fisiologicamente a ejeção ventricular de forma adequada inibindo arritmias subsequentes (BERNE, 2009).

A insuficiência cardíaca congestiva.

Trata-se de uma condição onde o coração não consegue bombear sangue o suficiente para as demandas metabólicas de todo o corpo, se desenvolve progressivamente após uma lesão no coração, essas lesões são oriundas de fatores diversos como: doença arterial coronariana, diabetes, hipertensão, doenças congênitas, doença de valvas cardíacas, infecções no coração, cardiomiopatias e ataque cardíaco (LATADO et al, 2006).

Insuficiência cardíaca congestiva se caracteriza pela incapacidade do músculo cardíaco impulsionar proporcionalmente o sangue para as necessidades metabólicas, ou só consegue fazê-lo com uma pressão muito elevada de ejeção (BRAUNWALD, 2003).

Os pacientes acometidos de insuficiência cardíaca congestiva possuem sinais prodômicos que podem ser indicativos para que a mesma ocorra, sendo esses sinais classificados como maiores e menores (MARTINS, 2013).

Sinais maiores são: dispneia paroxística, turgência de jugular, estertores pulmonares, cardiomegalia, edema agudo de pulmão, galope de B3, pressão venosa central aumentada, refluxo hepatojugular, edema pulmonar, perda de peso maior que 4,5 kg em cinco dias. Os sinais menores:

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