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CUIDADOS DO ENFERMEIRO PARA COM O PACIENTE PORTADOR DE ANOREXIA ALCOÓLICA

Por:   •  28/6/2018  •  2.315 Palavras (10 Páginas)  •  591 Visualizações

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Os estudos epidemiológicos apresentam algumas dificuldades relacionadas ao correto diagnóstico da Anorexia: a recusa do paciente em procurar ajuda profissional e a chegada para tratamento apenas dos casos de maior gravidade, o que pode implicar incidência e prevalência subestimadas.

Os principais sintomas do paciente portador de anorexia alcoólica é a falta de apetite, emagrecimento, agressividade, mudanças de comportamento em geral, vômitos, diarréia, tremores, formigamentos nos dedos das mãos e dos pés, anemia, pancreatite.

Embora a AN comece preferencialmente na adolescência, casos com início na infância e após 40 anos têm sido observados. Cerca de 90% dos pacientes são do sexo feminino. Já em relação aos pacientes do sexo masculino, parece haver elevado número de homossexuais, embora sem confirmação epidemiológica. Sabe-se ainda que existe prevalência em grupos como modelos, bailarinas e atletas.

A restrição alimentar tem início na adolescência, normalmente em resposta a não aceitação das mudanças corporais, principalmente no peso, já que é nesta fase que se tornam mais evidentes as mudanças corporais com um maior acúmulo de gordura, principalmente nas mulheres. Geralmente a Anorexia Nervosa tem início com uma simples dieta, que torna-se um jejum progressivo onde terá início a eliminação de alimentos considerados calóricos, posteriormente passando a outros grupos, até evoluir para um rígido controle de todos os alimentos.

Suspeita-se de uma Anorexia Nervosa a partir da confluência de quatro fatores: adolescência, conduta alimentar restritiva, emagrecimento e amenorreia. Mesmo após a síndrome já estar em curso, durante algum tempo ela consegue ser dissimulada por trás de justificativas que não despertam tanta atenção.

Até que se instale uma carência protéica importante, o emagrecimento é relativamente bem suportado e permite, durante um longo tempo, o prosseguimento de uma atividade frequentemente excessiva. Enquanto isso, as relações sociais tendem a se reduzir, as fantasias empobrecem ou se mostram estereotipadamente centradas no ideal ascético que a anoréxica se impõe; tudo o que se relaciona, ainda que remotamente com a genitalidade ou gravidez é ignorado ou repelido. Compreensivelmente, seus vínculos mais íntimos se restringem a outras anoréxicas de quem ela aceita a assessoria através de sites dedicados às orientações "técnicas" acerca da meta comum.

Mesmo após um extremo emagrecimento, a preocupação com o peso continua sendo motivo de grande sofrimento, este sofrimento pode até mesmo se agravar depois do emagrecimento. O peso corporal é extremamente valorizado e a perda de peso é comemorada como uma demonstração de força e autocontrole.

As taxas de recuperação são variáveis. Estima-se, que em torno de 30 a 40% dos pacientes tenham recuperação, não voltando a apresentar outros episódios da doença. Outros 30 a 40% têm uma evolução mediana, oscilando entre períodos de melhora e de recidiva da doença, podendo evoluir para Bulimia Nervosa. O restante tem um curso grave, com complicações físicas e patológicas mais sérias.

O índice de mortalidade pode chegar a 20%, em razão das complicações decorrentes da própria doença e suicídio.

Alguns fatores são preditivos de uma evolução ruim da Anorexia, como peso muito baixo no início do tratamento, aparecimento tardio da doença, demora em procurar ajuda médica, presença de práticas purgativas, relações familiares comprometidas e comorbidade psiquiátrica. (CORDÁS T. A. 2004).

O tratamento para Anorexia Alcoólica inclui terapia para acabar com a dependência nas bebidas alcoólicas e para melhorar o comportamento em relação à alimentação e à aceitação do corpo. Em alguns casos, pode também ser necessária a ingestão de suplementos alimentares para suprir a carência de nutrientes do corpo.

Além disso, é também muitas vezes necessário fazer um tratamento da depressão e ansiedade, que podem também estar presentes.

Em casos mais graves, a doença evolui pode evoluir para anoxia grave ou bulimia, e nestes casos o tratamento pode ter de ser realizado em hospital ou clínicas especializadas em transtornos alimentares, pois é necessário o internamento para que um acompanhamento médico 24 horas por dia.

O tratamento deve sempre ser complementado com sessões de terapia com um psicólogo ou psiquiatra, pois apenas com essa ajuda é que pessoa consegue curar esta síndrome, aprendendo a gostar da sua aparência e a ver o seu corpo como ele realmente é.

Durante esta etapa, o apoio de familiares e amigos é muito importante, pois o tratamento desta doença pode durar meses ou anos, sendo muitas vezes recomendada a integração em grupos de apoio como os Alcoólicos Anônimos por exemplo.

Os cuidados da equipe de enfermagem para com o paciente portador de anorexia alcoólica hospitalizado pode contar com a implantação de sérios cuidados de enfermagem e administração de dieta hipercalórica, mesmo contra a vontade da paciente, caso se faça necessário. Técnicas comportamentais têm sido implantadas na rotina de muitos pacientes anoréxicos. Psicoterapia individual: uma abordagem psicoterápica mais ativa, incluindo aspectos educacionais e uma postura mais direta deve ser empregada, ao invés da psicoterapia clássica interpretativa.

Psicoterapia familiar para indivíduos que ainda vivem em um núcleo familiar e cujos conflitos familiares sejam um importante fator principiante.

Para pacientes casadas esse recurso é obrigatório, pois são supostamente mais velhas, o que piora o prognóstico.

Segundo ARAÚJO (2011) a literatura a respeito do papel do profissional de enfermagem no tratamento dos transtornos alimentares evidência a importância da atuação da enfermagem e destaca que é de fundamental importância estudos e pesquisas que discutam sobre a qualidade da assistência de enfermagem e sobre o seu papel no tratamento desses pacientes, a fim de se ampliar as dimensões do cuidar, amenizando o sofrimento e a dor dessas pessoas e dos seus familiares.

No geral, a maioria dos estudos sobre o papel da enfermagem frente os transtornos alimentares do tipo anorexia destacam a atuação do profissional em nível hospitalar .

Referencial teórico: Segundo aos autores supra- citados os cuidados de enfermagem requerem o desenvolvimento de habilidades para assistir tanto aos doentes quanto aos seus familiares, podendo citar como os principais:

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